sexta-feira, 27 de março de 2015

Hã, Biloute?

arte de duy huynh
 
¨¨ Chuva, vento e trovões assim combinadinhos me dão vontade de abstrair o almoço e ficar quietinha me alimentando de luz e de som. Mas né, dá não.
¨¨ É impressionante a quantidade de sorrisos que o todo mundo precisa de um amiguinho me arranca. Na boa, sinto vontade de entrar nas fotos e gritar iêi. =)
¨¨ Guilherme Antunes disse que "Às vezes mandar alguém pra *puta que pariu* pode ser um ato pedagógico de amor. Seja para conduzir e situar o outro ao seu devido lugar, seja de amor-próprio a nos libertarmos e restabelecermos as coisas devidas. Por vezes cabe praticarmos polêmica compaixão, é revigorante." e eu digo amém. 
¨¨ Bloodline yeah.
¨¨ No início da gravidez eu achava que minha barriga estava enorme e que aquele era o máximo de xixi que alguém poderia fazer por dia. HAHAHA!
¨¨ Tanto pessimismo verborrágico em relação a tudo. Gente, pra quê? Parece que a galera tá aprisionada num plot novelístico/passivo de tensão sem fim. Eu tô com a Ka, usa essa energia pra FAZER alguma coisa, meu amigo. Pequeninos atos de amor e caridade são sempre grandiosos e, se não contibuir pra mudar o outro, pelo menos contribui para a SUA mudança. O que ao meu ver, tá de excelente tamanho.
¨¨ Um fim de semana cheio de leveza a todos. =)
.........................................................................................
Rádio plutão
tocou "down by the river", mesmo que em guitarra imaginária, ganhou pontos comigo. =)
neil young yeah!
 
........................................................................................



quarta-feira, 25 de março de 2015

Pois sim

                                                                        shhhhh....

Diz o dicionário que hibernação "é um mecanismo de sobrevivência utilizado por animais em períodos em que as condições ambientais se encontram bastante adversas" e talvez tenha sido isso. Talvez uma situação adversa tenha desencadeado uma hibernação espontânea no MTA. Cê lá vi.
Pois sim que assédio moral é um troço nada engraçado. A gente sabe que acontece pra caramba, fica revoltado quando rola com alguém conhecido, mas só entende mesmo o quanto pode ser devastador quando sente na pele. É um choque seguido por um desgaste gradativo e constante. Em outras dimensões da vida, penso que a gente normalmente tem a possibilidade de distanciamento imediato se alguém te trata de um jeito que pra você é inaceitável. Você termina o namoro/casamento, se afasta do dito amigo, muda de academia, passa a encontrar só uma vez por ano com aquele parente, nunca mais compra naquela doceria, e por aí vai. No ambiente de trabalho é diferente, especialmente se você é servidor público e não vai abrir mão da vaga que você levou anos para conseguir. Fala sério, né? Depois do choque do evento de assédio em si, você tem que passar 8 horas por dia, 5 vezes por semana contando cada minuto de tensão. Como eu disse: desgaste gradativo e constante. O sentido de segurança desaparece. Porque se seu superior foi capaz de fazer "aquilo" e ele continua sendo o seu superior, nada o impedirá de fazer ainda pior. A qualquer momento. Aí o corpo adoece, a mente começa a adoecer e você sente medo real de estar enlouquecendo. Não posso e não devo entrar em detalhes, mas uma coisa eu tenho que dizer. Pra mim, os assediadores deveriam ser punidos da seguinte forma: a figura ficaria pendurada pelo dedão do pé (oi, fal! =)) em local público, sob sol e chuva, até que ela seja tomada pela convicção genuína (vejam bem, eu disse genuína!) de que aquele nível de escrotidão (perdoem meu francês) é inconcebível, a ponto de nascer a certeza visceral e imutável de que ela nunca mais agirá daquela forma. Seriam dias e dias de reflexão e de dor e do gosto amargo da vergonha na boca e de choro e de sincero arrependimento e de transformação pra vida. Seria bonito. rs. Mas como não tenho poderes para adotar esse tipo de medida, busquei como saída o alívio do distanciamento. Com algum custo, consegui mudar de local de trabalho e voltei a respirar tranquila. E toda essa experiência negativa, além de ter trazido aprendizado e força para encarar as situações ruins que fazem parte da vida, trouxe mais. Me trouxe um presente. =). Explico. Após meses e meses de tentativas, a tão querida gravidez chegou. Justo no mês de estresse cabuloso, em que não teve elixir de inhame, nem cálculo de dias férteis, nem perninha pra cima depois de transar, nada disso. A gravidez chegou. E segue saudável e feliz de lua em lua. Pedro agora segue conosco. =)
................................................................................