terça-feira, 31 de agosto de 2010

Estômago

"Lutei toda a minha vida contra a tendência ao devaneio, sempre sem jamais deixar que ele me levasse até as últimas águas. Mas o esforço de nadar contra a doce corrente tira parte de minha força vital.E,se lutando contra o devaneio, ganho no domínio da ação, perco interiormente uma coisa muito suave de se ser e que nada substitui. Mas um dia ainda hei de ir, sem me importar para onde o ir me levará." Clarice Lispector
ah,o desemplano...

"Sê paciente;
espera que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça. " Eugênio de Andrade

"... experimentou em si o amor de ler o que escreveu, o amor de entender que o mistério é esperar que cada gomo seja suco diferente nos dentes."
Fabrício Carpinejar


"Seu nome é sua casa, sua tatuagem e sua estrada e nada mais. Sabe, o objetivo de quem viaja é deixar um pedaço seu, uma letra de seu nome em cada parada, como um fio de cabelo que embraqueceu. Pois quem percebe sua identidade em cada quilômetro soletrada, colhendo as sílabas nas encruzilhadas, pode lembrar o que perdeu. "
Adolfo Collen

domingo, 29 de agosto de 2010

Para ares
Claro e esguio, pediu permissão para sentar ao meu lado em um espaço rodeado de assentos vazios. Colocou um berrante perfeitamente embalado no colo e olhou para a Clarice deitada no meu. Me preparei para a previsível sequência de perguntas já cansadas de tão maquinalmente repetidas, que só reafirmam a certeza de que responder a todas ou a nenhuma causa em mim o mesmo impacto: nenhum. Mas não. Não perguntou meu nome nem se apresentou. Foi da Clarice a um autor que nunca li e dele à força da escrita e da escrita ao significado puro da arte. Depois falou de um artigo sobre a combinação frutífera de diferentes manisfestações artísticas. Sim,sim. Contei que minha volta à escrita foi motivada pelo desejo simples de palavrar fotos e falei do prazer raro da dança, que é corpo entregue movido por som. Ele falou de pintura na madeira e da música do vento em coisas várias. Fez um comentário simpático sobre a cor das minhas unhas e a altura das minhas botas. Perguntei se o berrante estava indo ou voltando da guerra. Risos. Eu disse que abominava sertanejo e ele soltou um surpreendente "eu também". Aí minha hora chegou com a voz metálica me chamando para ares. Me despedi agradecendo a companhia adorável e ele me beijou o anel e a mão. Segui na ausência feliz de nome, profissão, contato, destino ou motivo da viagem. Segui tomada pela sensação do momento bem vivido e desprendida do valor ansioso da continuidade. Segui sentindo o gosto bom da impermanência. Segui celebrando as impermanências. Celebremos pois.
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Preto, branco e azul

Duas palavrinhas (rs) sobre a torcida do grêmio: SENSACIONAL!!!



O tricolor perdeu o jogo... mas meu coração atleticano ganhou pedacinho azul...
"Grêmio te dou a vida por este campeonato
vou torcer pro Grêmio bebendo vinho
e o mundial é o meu caminho
na radio toca o velho rock n roll
lembro do renato o homem gol
nada mais apaga essa história
Grêmio imortal, macaco chora
vou torcer pro Grêmio bebendo vinho
e o mundial é o meu caminho"

Pra ouvir e cantar junto,vá lá no http://www.ducker.com.br/musicas.htm

sábado, 21 de agosto de 2010

Capitoso som

Laranjado

Sou feita de amores.E todos,até os mais diminutos,são grandes.Tenho um caso de amor nada secreto com o chá de laranja com especiarias.Não sou muito dada a chás.I'm a coffee person sem tirar,pôr ou titubear.Mas o de laranja tem um sentido diferente e impera com seus encantos.Pra mim ele é mais que um chá.Meu primeiro contato com ele foi em um verão ultraquenteúmido em uma terra distante.Uma crise de sinusite sinistra me fez passar noites em claro por causa da tosse seca.Aí eu seguia com a minha grande xícara fumegante para a varanda e ficava lá:cadeira de balanço, chá,"on the road" do Kerouac e mar.Foram madrugadas de mal estar físico combinado com uma solidão gostosa e bem curtida.Parece contraditório,mas não é.Era o equilíbrio encontrando seu lugar.Desde então esse é o gosto que o chá de laranja tem pra mim.De equilíbrio.E nessa tarde de sexta,a água quente que toca a língua vai espalhando cheiro e gosto laranjados por cada um dos meus tantos pedaços.Sei bem o que quero e me entrego ao desemplano. De novo:parece contraditório,mas não é.Equilíbrio.É a chegada da hora laranjada.Seja bem-vinda.Tás em casa.

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Lembra aquela...
..."deu pra ti baixo astral..." ??
Pois é.Tchau. =)
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Perguntinha
Estará Udia preparada para o combo chef amarela/furacão stein??
Hummm...aguardo manchetes nos jornais...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Never miss a chance to dance"
We do not.Ponto. E como!Como a gente canta e dança e ri. Amo vocês!!E digo com dois dedos que sobem e descem...rs! Ai,esse nosso dicionário...=)...
Lembrem sempre: na dúvida,faça o novo.
AMO!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

verbo passado
sempre saio por aquela porta outra da que entrou
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Palavra roubada
"Não tenho medalhas no peito, não recebo pensão especial do governo, meu olho de vidro e minha perna de pau são imperceptíveis e ninguém faz continência quando eu passo. Minha identidade secreta de sobrevivente da batalha permanece desconhecida do grande público."
Fal Azevedo
indeed...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"hoje é dia de festa..."

Ah,Vá...que alegria esse dia!Que esse mais um ano venha com um pouco de tudo que te faz bem! Textinho ainda no forno...então te deixo aqui esse presente musicado. Lembra que no meu a gente cantou e dançou "quebra lá que eu quebro cá" com ela?Pois que o seu também seja embalado pela energia da grande Elza.Cante com gana!! Escolha a cor que quiser pro dia de hoje e comemore no seu ritmo! Saúde, leveza e tempero p'c,mininex... Beijo amarelo!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Trilhinha terciana
"Dorme, dorme babilônia
Quanto mais quietinha fica
Mais aumenta a insônia e desperta a retina
Mais atiça a procura ao silêncio que inspira
E que pelo ar flutua, sussurrando pr'onde ir
Vou saindo pela rua, deixo o som me conduzir
Saio no cordão da insônia
Num bocejo que faz rir
E que pelo ar flutua, sussurrando pr'onde ir
Vou saindo pela rua, deixo o som me conduzir
Saio no cordão da insônia
Num bocejo que faz rir
Vou sem medo de altura,sem perigo de cair
Dorme, dorme babilônia
Faz meu sonho existir." Céu
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Sim,sim...ela
Ela tem me acompanhado nas últimas semanas. Ela chega com ares soberanos e faz casa em mim. Eu faço o que posso: leio,escrevo,estudo,mudo de travesseiros, mudo de lado da cama, levanto, deito, penso em cheiros que não conheço, sonho acordada... mas às vezes nada disso funciona. Ontem quase troquei de roupa e bati na porta da Coquine para um borasair. Ela me olharia confusa e diria um "peraí, darling, vou pegar minha bolsa"(rs!).Mas não.Ativei o chipin.Cantei em silêncio insone toda a discografia do Chico, desde os idos de "será que cristina volta". E rompi com o sono. Desisti. Cantei Cash e Clara Nunes e Céu e Cartola e CCR e tudo mais que lembrei com C...já tranquila...sem esperanças de dormir.Ela,percebendo que eu genuinamente não ligava mais, se foi. E eu me entreguei a 40 minutos de sono quasebom e musical.
"Hey porter! Hey porter!What time did you say?
How much longer will it be till I can see the light of day?
When we hit Dixie will you tell that engineer to ring his bell?
And ask everybody that ain't asleep to stand right up and yell." Johnny Cash
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IM em: A beleza da dádiva incorporada

Jeann Fabricio B... Psssssiiiiiu
Jeann Fabricio ... :)
Izabela Fernand... =)
Izabela Fernand... tarde tarde!
Jeann Fabricio ... tarde
Jeann Fabricio ... muito ocupada sôa?
Izabela Fernand... tô ouvindo clara nunes
Izabela Fernand... feira de mangaio
Jeann Fabricio ... já chegou no "C"
Jeann Fabricio ... hehehehe
Izabela Fernand... SIM SIM
Jeann Fabricio ... feira do mangaio é linda...sivuca...muito bom... :)
Izabela Fernand... ah não...quero pedir exoneração
Izabela Fernand... afff
Jeann Fabricio ... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Jeann Fabricio ... pra viver de ouvir música?
Izabela Fernand... quero viver de dançar
Jeann Fabricio ... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Izabela Fernand... ME ACABAR!!!!!
Izabela Fernand... rsrsrs
Izabela Fernand... bom demais!!!!
Izabela Fernand... BRIGADA de novo por esse presente raro!
Izabela Fernand... sempre! =)
Jeann Fabricio ... que é isso. No presente, a "dadiva" e o "obrigado" é pra quem recebe
Jeann Fabricio ... obrigado por merecê-lo
Jeann Fabricio ... :)
Izabela Fernand... ai ai...que bonito,jeannjeann... =)

domingo, 15 de agosto de 2010

Da cabeceira
ontem à noite



"Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante."
Clarice Lispector (Felicidade Clandestina)

sábado, 14 de agosto de 2010

Para Dani
Um presente.Um desejo.
Te espero aqui!Beijo amarelo...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Boris is back!!!

Trilhinha sexteira
"Minha música não quer ser útil
Não quer ser moda, não quer estar certa...
Minha música não quer ser bela, não quer ser má (RÁ!)
Minha música não quer nascer pronta...
Minha música não quer redimir mágoas nem dividir águas
Não quer traduzir, não quer protestar...
Minha música não quer me pertencer, não quer ser sucesso
Não quer ser reflexo, não quer revelar nada...
Minha música não quer ser sujeito, não quer ser história
Não quer ser resposta, não quer perguntar...
Minha música quer estar além do gosto
Não quer ter rosto, não quer ser cultura...
Minha música quer ser de categoria nenhuma
Minha música quer só ser música
Minha música não quer pouco..."
Adriana Calcanhoto
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tateando terrenos fictícios...

Sem saber
Ele sempre a via ali,no ponto. De segunda a sexta,às 5:40 da matina. Quando ele chegava ela já estava lá. O sol nascia de dentro do ônibus. Ele assistia pela janela com inveja boa de um ou outro corredor que passava do lado de fora. O amarelo na pele...o suor nas costas...ele fechava os olhos. Ela lia um livro. Sorria. Às vezes olhava pra ele. Ele batucava com os dedos um sambinha esquecido. Não sabia assoviar. Ela mexia no cabelo. Sorria. E espreguiçava. Sempre. A viagem levava tempo e ele descia primeiro. Todo dia. Certa vez dividiram o mesmo banco e seguiram cada qual com seu ritual:sol, inveja boa, livro, sorriso, olho, batuque, cabelo, espreguiço. E era assim. Assim.
Um dia,antes de descer, ele olhou pra ela com uma firmeza tímida que só ele tinha e entregou um pedaço de papel que dizia:
"A distância que impera é algo já tão arraigado que nem reclamo dela. Ela é gigante mas no fundo não existe. Você sabe,né? Do tempo,eu nada posso falar. Não sei dele. Saber mesmo, na verdade, sei de muito pouco. Sei do seu sorriso, do brilho do seu olho e do seu jeito, que mais te esconde do que te revela pra mim. Sei sobre você mas não sei de você. E será que disso eu quero saber?"
Ela guardou o papel, riu mordendo o cantinho da boca e assoviou, feliz, aquele samba batucado.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sem-par

Afinidade.Sim,sim. Daquelas imediatas. Você troca duas idéias com a pessoa e fica no ar a vontade quasegritante e recíproca de ficar ali. Porque aqueles 5 minutos, normalmente banais, foram carregados de um algo que pede mais. Pede horas de conversa.Horas de assuntos vários e mais riso naquela fluidez natural e pulsante. É o querer conhecer o que já parece ser conhecido mas não é. E dessa descoberta, do familiar no novo, nasce uma energia que mexe comigo. Deixa meus passos mais vivos e escancara meus dentes grandes em sorriso.Mas não se engane.Não falo de intenções outras.Pode até acontecer... vai saber. Mas esse é apenas um de mil caminhos. Porque a afinidade pode te levar a nada disso, a tudo isso ou a muito mais e ser sem-par de qualquer maneira. Pode se resumir a uma simples tarde de prosa leve em companhia deliciosa. Porque às vezes tudo o que se quer é se sentir à vontade.E ali você está.Ali, naquela maciez. Macia é a surpresa rara da afinidade.
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Maggies

Hoje é dia....
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"... o mais certo das horas incertas..."
Claro. O que acontece no primeiro dia do ANO em que eu fujo do almoço pra tratar de assuntos outros?É dia de lasanha. Sean disse que não resistiu,que teve que me ligar pra contar. E mesmo depois d'eu dizer que o odiava e que no dia seguinte o ofenderia com a calma e a propriedade merecidas, ele diz que estava comendo um pedaço pra mim. Ah não... =) ... meus amigos são os melhores do mundo... até na pequenez rotineira...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Que passa

Pra mim já era sexta. Mas todos os calendários passaram o dia me lembrando que ainda era quinta.Fim de tarde, café, Gwyneth Paltrow cantando "bette davis eyes" e gente que passa. Algo me apetece em estar entre gente desconhecida que olha,senta,não demora,levanta e segue. Passa.É confortável ser também desconhecida e poder observar tudo à distância. E devo dizer que, por vezes, o mesmo sentido de conforto nos abraça quando vivemos,também, distanciados de nós mesmos. É o assistir às suas coisinhas, suas atitudes e situações como se elas não te pertencessem. Não é você vivendo aquilo ali. Você olha de fora. E aprende. E se protege. E não escolhe. Sim, é confortável. Mas até certo ponto. Até o ponto em que o conforto vira inércia, a inércia vira incômodo e você precisa voltar pra você. Precisa assumir que está em luto pra poder sair dele. Precisa trocar de casca. Deixar cair, pedaço por pedaço, a invisível armadura escamosa e sem cor que te cobre. Precisa trazer à tona o viço brilhante da pele nova. Voltar pra você e pro seu lugar no mundo.Porque continuar vivendo descolado de si te tira da realidade de forma sutil. É um esconderijo bem disfarçado. E quem só vive escondido só pensa que vive. Não vive. Só passa.
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Sean
Galo canta aqui não.Rá!rs!
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Palavra roubada

"Peguei estrada às 7 da manhã. Novamente o puro autoconhecimento da estrada. Mas sei também que há junto comigo, enormes amigos sobrevoando meus passos . Sempre.Não digo sobre a solidão que existe no coração, quando se apaixona por alguém que não se apaixona por você, ou quando acaba um namoro ou "affair".Nem talvez a solidão dos ônibus coletivos ou metrôs, cercado de pessoas todas imersas em si, evitando encontrões ou disputando bancos e poltronas. Nem mesmo a solidão geográfica do estranhamento ao se deparar numa outra cidade em nova faculdade ou emprego. Digo sobre a transcedental e fantástica solidão ao estar só e ao mesmo tempo confiante e de mãos dadas com o acaso, da permissividade consentida para que o destino aja em sua vida recolhendo as oferendas predispostas na trajetória dos dias. Há de habitar em si o signo da oportunidade e instituir como bandeira, cravada nos ombros, a aritmética imutável do tempo considerando o futuro equação indivizível.
O futuro é sempre 10 dividido por 3. Infinito.
O passado é 2 mais 2. Concreto.
A estrada, portanto, destila sobretudo a máxima... "nada será como antes"."
Robisson Sete
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Sim sim
"Do rio que tudo arrasta se diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem."
Bertold Brecht

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Tempo
"que dure o perfume da flor."
não lembro quem disse,mas digo sim sim.

domingo, 8 de agosto de 2010

Trilha do dia
Nada como a Cristina Buarque pra embalar esse domingo lindo de céu azul e ares leves... pra cantar e dançar miudinho...
Baixe aqui ó http://mercadodepulgas.blogspot.com/2006/06/ganha-se-pouco-mas-divertido-2000.html e ouça do início ao fim...
AMO!!!



quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Hã,biloute?
Rosí e Sil...bom,né? =)
Coquine,minha comentarista maisquefiel, pergunto: quanta saudade é muita saudade?? E ó, vira e mexe ursa maior e bubu estão colados...acho que tá rolando um clima...RS!Que bom que o sharing voltou...
Vá, Belém sempre de bem?Saudadinha...
Jones,corridinha ontem foi daquele jeito...=)...faltou você,seu abominável!
Aos que devo emails...não nego, escrevo assim que der...guentaí...
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"e a mudança levou tempo por ser tão veloz"
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Ah,o desemplano...
reina soberano...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Poeira
A escolha dita o rumo.É assim desde que o mundo é mundo.E não adianta dizer que ela foi forçada ou desatenta.A escolha é pessoal e intransferível.Bem que a gente tenta escapar dessa responsabilidade e espalhar a culpa por aí.É do outro,da chuva,da distância,da posição dos astros,do individualismo que impera,da politicagem,do medo do desconhecido,do carro que te fechou, da falta de fé. Mas no fundo a gente sabe bem que não é. A escolha é sempre nossa. E ela pode te levar pra um caminho colorido. E o caminho colorido pode perder a cor. E as flores podem virar desenho no papel. E a mão que segura a sua pode perder os dedos. E você pode se ver invisível. Tudo pode ficar diferente. Assim. Mas quase nenhuma é definitiva e outro rumo pode ser ditado. Hora de respirar amarelo,tirar a poeira do colo, olhar pra trás com leveza e dar um tchau de miss. Hora de trocar de sapatos e caminhar diferente. Parece difícil e é. Mas não é.
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a palavra

me abre os olhos
me muda a voz pro que pouco importa

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Bom sim
Mais um sábado sensacional com o DV na Trilha...asfalto,Jardim dos Cheiros,trilha,quedas várias(rs!), banho em água límpida e gelada e a boa companhia dos que lá estavam...
Roxos pós-trilha são como troféus... e a mistura é o mais precioso presente.
AMO!
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Tanta Coisa
"Tanta coisa que fala no corpo
cala
na pequenina poesia."
Mariana Botelho
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A e B
Boca. Ele era só boca. Tinha algum charme e alguma luz que o destacava. Mas o que tinha mesmo era aquela boca. Boca que calava e falava e mexia se dando conta ou não de que era só boca. Ah, como sorria a boca. E me olhava. Sim, porque boca olha e a dele me olhava. Eu era uma pequena gigante para os olhos da boca. E a boca brincava de tentar não ser só boca.Mas eu sabia. E gostava do que via. Ele era só boca. Boca.
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Palavra Roubada

"Ângela: Pensei sobre a sua pergunta. O que eu seria, se pudesse escolher antes? Eu iria aprender a tocar violão. Teria mais talento e menos vocação. Eu ia ser uma dessas pessoas que não sabem nunca onde estão, que não ligam pro nome da rua nem pro número da casa. Eu ia amar só as pessoas que merecem meu amor. Eu seria dessas pessoas que têm a resposta pronta, na hora, e não daquelas que três dias depois é que se dão conta do que deveriam ter falado(amém,Fal) .Eu nunca ia ter preguiça de raspar a perna. Eu ia ter longas unhas vermelhas e uma cinturinha de pilão, ao invés desse meu look de "cozinheira inglesa" - você sabe, gorda, relaxada e com roupas esquisitas. Eu ia ter um cavalo. Eu ia viver de escrever. E eu ia escrever cousas que deixariam todo mundo admirado com meu talento. Ia ter amigos intelectuais, que teriam conversas interessantes e que viriam à minha casa fumando cachimbos. Eu teria um pai que me amasse. Eu iria dizer “não” com a maior facilidade. E sem ficar culpada depois. E iria ser um desses caras que sabem lidar com dinheiro, que sabem cobrar e sabem se organizar com grana no bolso. Eu jamais guiaria um carro, não ia nem ter carta. Eu teria tempo. Teria cabelos vermelhos. Eu iria me amar mais. Eu iria ser organizada de verdade. Paciente. Eu seria uma dessas pessoas que pensam antes de fazer. Eu usaria chapéus. Saberia usar pronomes. Faria jardinagem ou teria alguma outra atividade aristocrática. Não teria medo de falar em público. Não teria pesadelos. Teria um piano na sala. Não aturaria nenhum medíocre, nunca, nunca. Só usaria salto alto. Faria bolos altos, fofos, daqueles que não solam. Acreditaria em Deus. Acreditaria num mundo melhor, num lugar melhor, numa vida melhor."
Fal Azevedo
Roubado dos arquivos do Drops da Fal...Falsemprebrilhante!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Só conto o milagre
"...continuo seguindo as instruções de um novato em quito: 1) andar despacITO, comer poquITO, dormir solITO."
"Véibói"
"Impressionante,no seu blog eu pareço ser tão legal."
"Além da queda,o coice."
"Você é a primeira a achar ele gatinho.Todo mundo fala que ele é a porta do inferno."
"Iza,vamo pra um samba?Você tem 5 segundos pra decidir.5,4..."
"Na vida a gente pode viver o que escolhe ou o que deixa acontecer."
"Mande-me sempre notícias poéticas e uma letrinha do seu nome."
"A dádiva é marcante."
"Acho que meu melhor lado é o do amor.Por isso fujo tanto dele."
"O que você fez com o seu cabelo...e com você?"(clap,clap,clap!)
"Mas não seja tão pacífica.Unleash hell."
"O parafuso tá frouxo mesmo.Tá dando pra ver daqui.rs!"(dito por um dv)

domingo, 1 de agosto de 2010