sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Preciso (parte 2)
fazer as sobrancelhas, usar sapatos baixos, explicar a diferença entre "consulta da situação" e "certidão de quitação", não me deixar afetar pelo estresse alheio, ter paciência com quem me enlouquece, falar mais, falar menos, comprar tintas, fazer a feira, contar ovos, responder "não" à pergunta "mas ainda não engravidou de novo?" pelo menos uma vez por dia (sem exagero), ter uma alimentação variada, malhar menos pra não destruir os joelhos, malhar mais pra aumentar a massa muscular, não re-sentir, fechar os olhos pra cantar pra dentro, fazer mais, me pressionar menos, tomar sol, aprender a não ser bem querida, fazer planos, não criar expectativas, aplicar as novas regras de formalização e movimentação de processos a partir de segunda feira, afiar as garras, consolá- la ao telefone, corrigir minha postura, saber sofrer, ficar bem, ser mais grata, ser mais grata, ser mais grata.
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domingo, 26 de janeiro de 2014

Quem mesmo?
Algo de muito bizarro tem acontecido com a passagem do tempo. Pegue o hoje como exemplo. Acordamos galinaceamente (rs) às 6 e 30, ficamos o que pareceu um instantinho de aconchego na nuvem e BAM!: já era 8 e 30. Aí tomamos café e fomos ao parque. Ele ficou lendo jornal ao sol, eu em caminhada tagarelante com Helô e BAM!: já eram 12 e 30. Fomos ao supermercado, cozinhamos rapidinho, almoçamos gostoso, encostamos no sofá pra assistir a um Breaking Bad  e BAM!: já eram 17. Eu quero é saber quem é o encarregado de controlar o tempo nesses turnos de fim de semana! Nome, cpf e telefones, please. Porque, na boa, tá passando ridiculamente rápido. Ou então tá tudo normal e fica comprovada minha teoria de que tempo que quase não passa, que vai pingado em gotas sem pressa alguma, é tempo ruim. A teoria de que tempo bom desliza macio. Tempo bom.

Vida longa ao tempo bom e à maciez que lhe é característica. =)

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Pois sim
Pensa-se, imagina-se. Mas é na experiência que, de fato, se sabe.

Hoje eu entendo na pele. Aprendi, sei e sinto.

Sinto muito.
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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Viciada em TED
porque né? é viciante ponto.

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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O joio do trigo


Apesar de conhecer a expressão desde sabe-se lá quando e entender perfeitamente seu significado, nunca tinha parado pra pensar no que é, de fato, o joio. Aí fui lá eu procurar o significado do trem. O joio é uma "planta de talo rígido, pode crescer até 1 metro de altura, com inflorescências na espiga e grão de cor violeta", que é comum em áreas produtoras de trigo e é tãotão parecido com ele que é chamado de "falso trigo". Mas o joio não é trigo e pode ser venenoso, comprometendo assim a qualidade da colheita se for colhido junto ao trigo.
Fiquei pensando nisso porque acho que essa dicotomia bem/mal como passíveis de separação que bem se aplica ao trigo/joio não vale da mesma forma pra nós "cerumanos". Penso que por mais trigo que sejamos ou queiramos ser não dá pra não ser joio. Há joio no trigo. Somos joio também. Uns mais, outros menos. Mas o joio está ali esperando por aquele momento em que a guarda baixa, em que o orgulho fala alto, pra tomar as rédeas da vontade e agir (in)feliz. E ontem entrei em contato direto com o joio do trigo. Primeiro no outro, em dose dupla, quando assisti a uma pessoa querida discursar sobre valores machistas (que na minha opinião são causa de violência, opressão e desrespeito a todos nós, mulheres e homens) e, mais tarde, assistir a ela agindo de acordo com esses valores, destratando outra pessoa mais querida ainda. Depois vi o joio em mim mesma, quando ataquei indiretamente alguém que me ataca, com o mesmo intuito negativo que conheço bem e que me faz sofrer na minha rotina de alvo. Veja bem, ser alvo de ataque do outro não é justificativa para que eu faça o mesmo. Ao contrário, é motivo dobrado pra não atacar. E o fato de eu ter agido assim me deixa genuinamente triste.
Triste ver que não dá pra separar o joio do trigo, já que há joio NO trigo. Talvez o grande lance seja o reconhecimento claro do que há de ruim pra que se possa escolher deixá-lo de lado. Talvez esse exercício de reconhecimento nos ajude tanto a julgar menos quanto a agir melhor. Entender o joio pra enriquecer o trigo. Assim espero.
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