momento de claridade, de duy huynh
"No sótão, outra vez. Ele não é minha casa. Não tenho mais casa nenhuma. Claro que a peça mobiliada que me foi tirada pelos bombardeios também não era minha. Ainda assim, ao longo de seis anos eu a preenchi com a atmosfera de minha vida e com meus livros e quadros e centenas de coisas que acumulamos em torno de nós. Minha estrela do mar do último verão pacífico em Norderney. A tapeçaria que Gerd me trouxe da Pérsia, o despertador amassado, fotos, cartas antigas, a cítara, minhas moedas de doze países, o tricô começado - todas as recordações, peles, cascas, sedimentos, os cálidos trastes dos anos vividos.
Agora que tudo se foi e só me resta uma mala de mão com roupas, me sinto nua e leve. Por não ter mais nada, tudo me pertence."
Anônima ( em "Anônima, uma mulher em Berlim")
Terça rima com Kerouac: Tristessa. Tentando ler.
ResponderExcluirai nina, kerouac rima com tanta coisa... o primeiro dia dese blog aqui começou com ele! =)
ResponderExcluirnunca li tristessa...depois me conta o que achou??
beijoontheroad =)