quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A cor da inteireza
Quando descobrimos que a gestação havia parado de progredir, eu e Fred tivemos que tomar uma decisão: fazer a Aspiração Manual Intrauterina (AMIU), procedimento cirúrgico com anestesia local para limpar o útero, ou esperar por um aborto espontâneo. Escolhemos a segunda possibilidade. Escolhemos esperar pelo natural. A data limite era hoje mas na segunda-feira a espera chegou ao fim. A mãe natureza soprou sua sabedoria e meu corpo entrou em processo abortivo. Alívio e tensão ali misturados. Não vou pintar o dia com cores imaginárias, tentando poetizar aquelas horas carregadas. Foi P U N K. Assim mesmo: com letras cavalares e espaçadas. P U N K. Mas deu tudo certo. Contrações, pânico, vermelho de rio que corre e se espalha sem margens, hospital às pressas, medo, forças e fraquezas todas expostas, mas deu tudo certo. Sem medicamentos nem intervenções. Como a gente queria. Escolhemos certo e nos saímos bem. Saímos mais fortes, mais unidos. Saímos com um certo vazio mas mais inteiros. Inteireza. Inteireza que abre as cortinas e bebe luz. Inteireza que repousa.
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Rádio Plutão
caminha carmim. e acha bonito.


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4 comentários:

  1. quase sempre o caminho mais longo é também o mais transformador, pois é na caminhada que crescemos! pé na estrada e fé na vida, que há muito chão pela frente! bjim no <3

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    1. simsim, taiza!

      e espero que vc saiba o quanto quem você é e o trabalho que você faz são significativos pra quem tem a alegria de te conhecer.

      agradeço mil vezes, querida!

      beijodoce =)

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  2. I still waiting next to F5

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