quarta-feira, 25 de março de 2015

Pois sim

                                                                        shhhhh....

Diz o dicionário que hibernação "é um mecanismo de sobrevivência utilizado por animais em períodos em que as condições ambientais se encontram bastante adversas" e talvez tenha sido isso. Talvez uma situação adversa tenha desencadeado uma hibernação espontânea no MTA. Cê lá vi.
Pois sim que assédio moral é um troço nada engraçado. A gente sabe que acontece pra caramba, fica revoltado quando rola com alguém conhecido, mas só entende mesmo o quanto pode ser devastador quando sente na pele. É um choque seguido por um desgaste gradativo e constante. Em outras dimensões da vida, penso que a gente normalmente tem a possibilidade de distanciamento imediato se alguém te trata de um jeito que pra você é inaceitável. Você termina o namoro/casamento, se afasta do dito amigo, muda de academia, passa a encontrar só uma vez por ano com aquele parente, nunca mais compra naquela doceria, e por aí vai. No ambiente de trabalho é diferente, especialmente se você é servidor público e não vai abrir mão da vaga que você levou anos para conseguir. Fala sério, né? Depois do choque do evento de assédio em si, você tem que passar 8 horas por dia, 5 vezes por semana contando cada minuto de tensão. Como eu disse: desgaste gradativo e constante. O sentido de segurança desaparece. Porque se seu superior foi capaz de fazer "aquilo" e ele continua sendo o seu superior, nada o impedirá de fazer ainda pior. A qualquer momento. Aí o corpo adoece, a mente começa a adoecer e você sente medo real de estar enlouquecendo. Não posso e não devo entrar em detalhes, mas uma coisa eu tenho que dizer. Pra mim, os assediadores deveriam ser punidos da seguinte forma: a figura ficaria pendurada pelo dedão do pé (oi, fal! =)) em local público, sob sol e chuva, até que ela seja tomada pela convicção genuína (vejam bem, eu disse genuína!) de que aquele nível de escrotidão (perdoem meu francês) é inconcebível, a ponto de nascer a certeza visceral e imutável de que ela nunca mais agirá daquela forma. Seriam dias e dias de reflexão e de dor e do gosto amargo da vergonha na boca e de choro e de sincero arrependimento e de transformação pra vida. Seria bonito. rs. Mas como não tenho poderes para adotar esse tipo de medida, busquei como saída o alívio do distanciamento. Com algum custo, consegui mudar de local de trabalho e voltei a respirar tranquila. E toda essa experiência negativa, além de ter trazido aprendizado e força para encarar as situações ruins que fazem parte da vida, trouxe mais. Me trouxe um presente. =). Explico. Após meses e meses de tentativas, a tão querida gravidez chegou. Justo no mês de estresse cabuloso, em que não teve elixir de inhame, nem cálculo de dias férteis, nem perninha pra cima depois de transar, nada disso. A gravidez chegou. E segue saudável e feliz de lua em lua. Pedro agora segue conosco. =)
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4 comentários:

  1. gente! vou ignorar toda a parte do chefe e focar no que interessa =. que Pedro tenha toda a saude do mundo!

    feliz por voce, e até te perdoei pelo seu hiato!

    fique bem e parabéns para voces todos

    e que o chefe VTNC

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    1. é o que realmente interessa, não é, ka!

      obrigada pelo carinho e que nossa sintonia boa continue firme! =)

      beijodoce

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  2. Pedro cresça e fique forte que seus pais te acompanham

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