quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Pois sim
saber ouvir, saber falar, praticar o não-julgamento genuíno, saber se ouvir, se dar tempo, entender o tempo das coisas, praticar o silêncio (a esquecida arte da quietude consciente), se permitir, permitir ao outro ser quem é sinalizando sempre a linha tênue do respeito próprio, colocar limites, romper com os limites (aquela hora de saltar a cerca e enfrentar os cães), saber agradar, deixar o vício de TER que agradar, saber cuidar, saber ser cuidada, pedir opinião só se realmente quiser opinião, ficar calada se não perguntarem o que você acha, não mimar, não esperar ser mimada, entender o querer do outro, poder ter o seu querer, poder querer, poder querer, poder querer. poder querer junto.

não é fácil ser.
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Rádio Plutão
e a semana 5 a seco. =)

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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Bsb, 15/05/14
Morri dentro da dispensa de uma casa grande, cheia de quartos. Morri no que parecia ser uma festa de família da qual eu parecia fazer parte. Não sei do que morri, mas vi meu corpo caído de bruços no chão e tive a certeza tranquila do desencarne. Aos poucos me entreguei ao não-corpo fora do corpo. Descobri com entusiasmo infantil, na ponta dos dedos, que a porta de vidros coloridos não mais precisava ser aberta e atravessei rindo pro lado de fora da casa. Descobri o mover-se por outros movimentos. E via. E ouvia. O sentido que reinava era o da mais genuína alegria porque eu via mais em cada um dali. Senti algo que não sei o nome por cada um dali. Algo maior. Senti que as crianças e os cachorros me percebiam de alguma forma e me pareceu óbvio. Senti gratidão pela vida vivida e me pareceu óbvio. Entendi. E na maciez do meu entendimento senti que era hora de ir embora, mas não consegui. Não sabia nem como nem pra onde. Aos poucos, da leveza fez-se a agonia e me senti presa, abafada. Abafada. Imaginei que se descobrissem meu corpo eu poderia me desprender e partir. Me concentrei em uma das crianças e pedi que ela repetisse minhas palavras e contasse à mãe sobre a dispensa. Mas ela repetia o que eu sentia e não o que eu falava. Dizia "Tia Iza" e "Abafada". "Abafada".
Morri em sonho e acordei abafada. E chorei abafada e confusa. Me perguntei por que ainda sentia tão vivos, do sonho, a leveza de se deixar ir e o peso abafado de só saber ficar. E acho que entendi.

Quero viver livre de grandes apegos. Quero viver entregue, mas leve.
Quero um viver mais pleno.
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Rádio Plutão
e a semana 5 a seco. no domingo eles estarão aqui. =)!!!!

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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Plantio

Manhãzinha, carro, L2, Gilberto Gil cantando e um céu de azul pleno, pincelado à mão, compondo o cenário sem molduras do caminho para o trabalho. Mais um dia. Tudo de novo, repetido, e ao mesmo tempo tudo de NOVO, sem igual. Porque cada dia é único e traz em si as possibilidades todas de um pensamento e uma ação voltados para o positivo. Cuidar de si, cuidar do outro, investir no que realmente importa, espalhar gentilezas a granel, celebrar o fim de um ciclo difícil, encher o pulmão de ar limpo, encher o peito de claridade, exercitar a gratidão pela vida e levar os medos e tristezas para um banho de luz na manhã que começa. Amarelo. Azul. Cada dia é uma chance para um tipo de passo, a escolher. A escolher. E a escolha de cada dia é que constrói nosso caminho, os frutos que iremos colher no dia novo e nos dias próximos. Hoje eu escolho plantar leveza. E você, o que escolhe plantar?

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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Rádio Plutão
pra começar bem esta quarta linda enSOLarada =)

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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Pois sim
que as escolhas são pessoais e intransferíveis. cada um vai, escolha a escolha, construindo seu caminhar por essa vida de meu deus. que descabido é então pensar que se pode ajudar quem não quer ser ajudado. que arrogância pensar que podemos, mesmo que para o bem, forçar o outro a escolher diferente do que ele escolhe repetidamente para si próprio. como fazer pelo outro se ele não quer fazer por si mesmo? todos temos o livre arbítrio como direito e é pretensão nossa querer interferir no do outro contra a sua vontade. o que nos resta é transformar a nós mesmos, mostrar por meio do exemplo que a mudança é possível. e que o outro continue livre na sua escolha. de permanecer ou mudar.

esse peso não é seu. essa responsabilidade não é sua.
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Rádio Plutão
diz iêi para o presentinho segundeiro!

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terça-feira, 22 de julho de 2014

Quando a brevidade é respeito
Helozitcha fez aniversário e sua família veio passar uns dias aqui em Brasília. Se na quinta eu estava doente e perdi a comemoração de fato, no sábado finalmente tive a oportunidade de conhecer sua irmã, Clarice. Fomos ao mais que excelente show Ellen Oléria + Letícia Fialho + Yusa , depois sentamos num dos barzinhos da oito e ficamos ali em prosa boa e risos muitos. Ontem, quando falei pra Helô do quanto tinha gostado da sua irmã, ela disse que a Clarice também nos adorou e soltou um "Pessoas do bem se atraem, né?". É. E isso não é novidade, todo mundo sabe que as pessoas com energia parecida se atraem, se entendem, se reconhecem com mais facilidade. E também não é novidade que o mesmo vale para o contrário: energias distintas quase dão choque. Sei que é mais do mesmo, não é um insight revelador, mas fiquei pensando nisso depois da frase da Helô. Fiquei pensando no quanto nos faz mal o convívio com aqueles que estão em outra sintonia. É um "forçar a amizade" que, ao meu ver, não é produtivo pra ninguém. Só reforça o desgosto de ambas as partes e abre espaço para julgamentos. É claro não há lado certo ou lado errado e essa diferença de sintonia/atitudes não é, nem de longe, motivo para querer mal, tratar mal. Mas penso que uma "distância de segurança" seja salutar e, no fundo, seja uma forma de respeito próprio e de respeito ao outro. Assim o coração fica leve e aberto para aceitar o diferente sem julgá-lo e, quem sabe, e essa é a beleza do dinamismo da vida, até se alinhar com ele em um momento outro, no nascer de uma vibração coincidente, positiva. Sabe aquela canção do Djavan que fala sobre estar com os afins " e de resto, serei breve."? Pois sim. A brevidade em prol da harmonia. A brevidade em prol do respeito.
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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Hã, Biloute?


¨¨ Cri    cri    cri   ecoa o canto dos sapos. Será que alguém ainda aparece por aqui? Sei que nem eu "pópria" tenho dados as caras, mas sempre há tempo para um retorno quietinho, tímido, quase imperceptível. =)
¨¨ Parece que esse tempo friozinho tem o poder de deixar o céu de Brasília AINDA mais lindo. A gente começa o dia com olhos brilhantes diante de tanta beleza.
¨¨ "Usou “Onde vamos parar?’, em discussão pretensamente séria, volta 20 casas." É por essas e outras que AMO a Falzuquitcha Fal azevedo. =)
¨¨ Minha irmã Lalous foi a um encontro com o Sri Prem Baba no fim do ano passado e ele disse que em 2014 uma quantidade enorme de gente iria desencarnar, que seria um ano de renovação aqui na Terra. Aí vêm aviões abatidos no chão, enchentes, conflitos em Gaza, Joãos e Rubens para comprovar a previsão. Nascer, viver e morrer é a ordem inescapável das coisas. Tem outro jeito não, minha gente. Cabe a nós então fazer o nosso melhor enquanto estivermos por aqui.
¨¨ O primeiro livro do Rubem Alves que li foi esse da imagem. Fiquei tão encantada que saí lendo loucamente tudo dele que me aparecia pela frente. Rubem Alves desencarnou no sábado. Lá foi ele levando sua leveza para inspirar outro plano também. Que ele seja recebido com a alegria tão presente em sua escrita "onde eu não sei, lá onde a lei seja o amor". =)
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Rádio Plutão
Celebra os caminhos.
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terça-feira, 10 de junho de 2014

Pois sim
o que se quer, na hora que se quer, do jeito que se quer. somos todos uns mimados. e confesso que, muitas vezes, minha falta de paciência é tão ridícula que parece mais uma arrogância mal disfarçada. e parece porque é. é. arrogância mal disfarçada.
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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Desabafo
Pois sim que o essencial às vezes passa batido. Nos embaralhamos nas tarefas, nos desejos, nos sonos, nos limites, nos desgostos, nos entusiasmos, e o essencial nos escapa. E quando ele finalmente nos alcança, somos tomados pelo espanto da tempestividade festiva. Aconteceu comigo. E agora, maisquepasma, me pergunto, ora em grito, ora em sussurro ritmado, o que é que eu estava fazendo dessa minha vidinha de meu Deus que ainda não tinha assistido ao "meu malvado favorito". O QUE? O QUE? Putz. Mas que bom que sempre há tempo. Sempre há tempo. E cabe a mim assisti-lo over and over again para colocar em dia essa alegria atrasada de risos e fofuras sem fim. Minions fizeram casa no meu coração, gente, e confesso uma identificação visceral com o jeito cheio de gana- it's-so-fluffy da Agnes. =)



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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Tiete que sou
fico boba bobinha de alegria quando a falzitcha amada posta um trem meu lá no drops.
é todo amor no coração por ela, viu? =)
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Rádio Plutão
paquetando pra lá e pra cá sem sair da cadeira.


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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Rádio Plutão
porque hoje é quarta.
e porque a vida é boa. =)

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terça-feira, 13 de maio de 2014

Meios
Existe esse período do mês em que minhas orações mudam de cor. Elas não são como as regulares do dormir, do acordar, do evangelho no lar ou das pausas reflexivas que me vêm soltas no andar do dia. Elas não trazem agradecimentos nem pedidos. Elas têm cadência única e terminam em respirar fundo e sorriso. Elas são resignação e querer tranquilos. Nelas eu presto contas. Nelas me declaro pronta.

Aceito e sorrio.
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Poesia 
sobre o ser meio sem ser.
vale a pena assistir.
(há legendas ocultas em português. é só clicar para ativá-las)


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terça-feira, 6 de maio de 2014

Hoje é o dia
gravado dentro da aliança. =)
três anos de um pouco de tudo e muito do que realmente importa.
amo.
arte de eu me chamo antônio
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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Menos
A. B. 
A deveria ser mais como B. 
A é uma pessoa que conheço a fundo, com sua qualidades e defeitos e devo dizer que A é uma pessoa admirável. Admirável mesmo. Mas aí que passo um punhadinho de dias na companhia de B e, ói só, B também é uma pessoa admirável. Como em quase toda breve convivência, as qualidades de B saltam aos olhos já que os defeitos normalmente levam mais tempo para se fazerem presentes. E as qualidades de B, outra pessoa que é, não são as mesmas das de A. E aí fico assim um tequinho desgostosa pensando que A deveria ser mais como B. Não me esqueci das qualidades de A, mas pô, minha vida seria tão mais fácil, eu seria tão mais feliz se A fosse mais como B.

Pergunto eu: A deveria ser mais como B? Mesmo? Na vida, na prática, esse tipo de comparação leva a alguma coisa? Esse tipo de comparação não é uma forma de desmerecer as qualidades de A? Esse tipo de comparação, feita por C, é de alguma forma produtiva para A? A deve ser TUDO TUDÃO? TUDO TUDÃO cabe na beleza da diversidade humana? A precisa ser mais como B? E, mais importante, A quer ser mais como B?

Ninguém é tudo. E que bom que é assim. Senão seríamos todos iguais. Não aprenderíamos nem ensinaríamos coisa alguma. Não haveria nunca um caminho diferente a seguir.

Respeitemos as diferenças pois. Aprendamos com elas.
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Rádio Plutão
anda com fé simsim. dia sim, outro tb. =)

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sexta-feira, 28 de março de 2014

Fss

me dança em verso
me canta em riso
me rega em flor

ele.
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Rádio Plutão
segue tocando lake street dive. incansavelmente. =)



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quarta-feira, 26 de março de 2014

Muito amor
pelo lake street dive.
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terça-feira, 25 de março de 2014

Pois sim
Li esse aqui lá no excelente blog da  isa.
"Agoremos" pois. =)
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quarta-feira, 19 de março de 2014

Pois sim
que tava eu aqui fazendo um limpa na minha caixa de emails e achei esse trecho escrito pelo guilherme . o trecho, mais uma vez, caiu bem. talvez tenha caído bem hoje, especialmente hoje, por ter casado com os fatos dessa manhã. que os gritos e a atitude negativa do outro sirvam para um propósito positivo, de lembrarmos quem somos e sermos quem somos simsim. e hoje, especialmente hoje, eu me lembrei quem sou e agi de acordo com a leveza que escolho carregar em mim. e não me afetei. e sigo tranquila. =)

"Agradeçamos à Vida que nos apresenta o outro como instrumento para nos lembrarmos de quem realmente somos, pela feliz possibilidade de expressarmos a versão mais nobre de nós mesmos e nos determinarmos de acordo com nossas escolhas." 
Guilherme Antunes
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quarta-feira, 12 de março de 2014

Yeah

ted talks - Anne-Marie Slaughter - Can we all have it all?

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