................................................................................................... Só conto o milagre (magrinho que só...) " Ih, agora a sideshow bob sobrou mais que pão doce em churrasco." (um milagre de uma sequência...rs!) " Minha premissa alimentar básica é a seguinte: só como o que eu não tenho por dentro." " Olha que delícia, agora vai ter um monte de gente naturalmente falando mal de mim!" " senti o crima perigoso dele daqui." ("crima" foi ótimo...hehehe) " beijomatuteiro, floriza." =) .................................................................................................
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Amada Blogosfera "Na derrota , somos todos iguais é verdade, a mais absoluta verdade: o brasileiro não suporta o sucesso alheio. Basta alguém ficar famoso, ganhar dinheiro, mostrar-se bom em algo, e os ressentidos começam a torcer contra, a urubuzar.
eis um exemplo revelador.
sábado (21/04), o Barcelona, o melhor time de futebol do planeta na atualidade, perdeu para o Real Madrid. Lendo os comentários dos leitores sobre a derrota da equipe catalã, percebe-se nitidamente aquela dor de cotovelo típica dos invejosos. “Esse time é uma farsa”, escreveu um. “Cadê o Messi e os intragáveis catalães?”, perguntou outro.
ora, Messi é “só” três vezes consecutivas eleito o melhor jogador do mundo e “os intragáveis catalães” são os atuais campeões mundiais.
perder faz parte. E não é uma ou duas ou três derrotas que vai anular o futebol bonito praticado pelo Barcelona. mas, no Brasil, como bem disse Tom Jobim, “o sucesso é ofensa pessoal”. E sentindo-se ofendidos pelo sucesso dos outros, os ressentidos babam de ódio e, em vez de reconhecer e admirar os melhores, preferem vê-los derrotados.
é aquela história: se eu não posso, você também não; se eu sou um fracassado, você também deve ser; se o mundo foi injusto comigo, que seja injusto com todos.
afinal, na derrota, somos todos iguais. E podemos dormir tranquilos, abraçados à nossa mediocridade, sem um Barcelona para nos lembrar que podíamos ser melhores." Marcos Guinoza (aqui) .................................................................................................. Fatia de Carta Brasília, 10/04/2012 No carro, voltando pra casa, senti de repente e do nada um cheiro de mamão. O cheiro de quando se abre o mamão, sabe? Aquele cheiro macio. (...) ................................................................................................. repete e ponto. =)
Vizinhança Curvas cheias de carros, gramado, "é proibido moradores de outros prédios jogarem lixo nessa lixeira" (hein?), morrinho de raiz e barro, faixa, frutas expostas na calçada, duas fazendo escova no cabelo de uma no salão, cachorros em gaiolas no Pet, gente em prosa na frente da padoca, gente outra em caféquasealmoço na outra padoca, balança na farmácia, cadê o banco que tava aqui?, fumaça com cheiro de carne, calçada, passo, sol, sombras, árvores muitas de tamanhos e jeitos todos (inclusive aquela gigante que era marco nos meus doirados tempos de corrida), cachorros e seus donos (nessa ordem de importância), um senhorzinho de camisa social, bermuda, tênis e chapéu da roça conversando com um senhorzinho que vende pano de prato, bicicleta amarela, bebê gana em carrinho e sua mãe com cara de poucos amigos, banca de revista, vento gostoso, o banco enfim, mais uma tentativa frustrada na missão impossível de comprar o papel contact, bolo quentinho (meio limão/meio milho) e você comigo. ................................................................................................... Rádio Plutão comemora (atrasadin, porque foi ontem, né?) o Dia Nacional do Choro com essa que é linda de chorar... AMO. =)
ps: margot, aquele cachorro gana, sai correndo e se esconde no quartinho quando toco chico science e nação zumbi ou david bowie. mas quando o choro rola pelos ares, ela deita pertinho do notebook, com a barriga virada pra cima... ela deixa claro seu gosto... rs!
Solesom Ontem foi dia de encarar o trânsito engasgado e interrompido para fazer parte dos muitos espalhados pela esplanada. A manhã foi azul, quente e ensolarada, e o céu estava coberto de balões gigantes para a alegria dos que estavam lá para correr, protestar ou ouvir música. Eu me juntei à sobrinhada (carolzinha estava vestida de borboleta lilás... quem aguenta?) e fui cantar e dançar no show do Palavra Cantada. Delícia de fluidez, batuques e figurinos festivos! Dá vontade de romper com tudo... de também se encher de som, vestir uma saia toda armada de bolonas com franjas e sair pelo mundo dancing and singing my problems away. =). Posso não, né? Com meu talento musical, certeza que morreria de fome na semana um. rs! Anyways, eles são excelentes. E foi bom ver de perto um grupo voltado para o público infantil que foge à quaseregra de fazer canções pobres de sentido e ricas em repetições idiotas. Eles cantam " brincadeira, choradeira pra quem vive uma vida inteira/ mentirinha, falsidade pra quem vive só pela metade" e eu digo amém! beijos domingueiros a todos! =)
A história era mais ou menos assim: Ulisses cruzava mares guerrilhando batalhas e Penélope, sua fiel esposa, aguardava o retorno do seu bravo guerreiro. Acontece que o pai de Penélope tava nem aí pro amor, meu lindo, e pressionava a pobre a abandonar seus votos e se casar novamente. Ela, com esperteza típica feminina, escapou da pressão paterna dizendo que se casaria assim que terminasse a peça que estava em seu tear. E seguiu assim por muito tempo: tecia de dia e à noite desmanchava o que havia feito, garantindo então a peça inacabada e sua espera por Ulisses.
Pois sim que meu amor, meu homem, meu marido, também partiu para terras distantes e desconhecidas e eu me vi assim, meio Penélope. E já que não sou prendada nas habilidades manuais, construirei meu tecido de espera com palavras, escrevendo cartas te contando daqui, de mim e das bobagens festivas que forem acontecendo durante a sua ausência.
Meses atrás comecei a escrever um conto. Personagem criado como um sopro, primeiro parágrafo escrito em um minuto, sem nem tirar a caneta do papel (uma delícia!), e aí... travou. Nada. Não gostava de nada que escrevia além dali. Até que compartilhei com o amigo Paulo e ele se sentiu livre para dar continuidade ao trem. Ói que gentileza boa. Tá aí então o conto escrito a duas mãos. =)
Pé de Guerra Ele foi o último a nascer de uma ninhada de oito. Não nasceu grande nem pequeno, gordo nem magro, bonito nem feio, manso nem bravo. Nasceu ele. Tinha as orelhas compridas e pelagem malhadovaca. Fazia as coisas que cachorro filhote faz: chorava, dormia, mamava. Abriu os olhos no tempo esperado, ganhou dentes no tempo esperado e no tempo não esperado virou a pá. Passou a morder as tetas da mãe, infernizar a vida dos irmãos e transformar em perdido qualquer objeto achado. E foi daí que nasceu o seu nome: Pé de guerra. Pé de guerra fazia de cada dia uma batalha, de cada outro um inimigo. Era implacável e não conhecia a cor da derrota. Dormia sozinho no canto áspero, longe do aconchego amontoado dos seus e do tapete macio. Tinha pesadelos e acordava quicante em rosnado. Pé de guerra estava sempre preparado. Toda tentativa de adestramento foi vã diante da força daquela natureza. Pé de guerra era um tipo cru assim. Assim era.
Izabela Cosenza
"Passados três meses do nascimentos dos filhotes, o dono resolveu colocá-los a venda. E assim vinham os vizinhos, os amigos, os conhecidos dos conhecidos.
As crianças eram as que mais se encantavam com a possibilidade de ter um novo amiguinho em casa. Bastava fazer uma cara de choro que os pais se derretiam e levavam um novo membro da família para casa. Só Pé de guerra não se importava com as visitas. Ele ficava de longe a assistir seus irmãozinhos serem levados um a um.
De vez em quando perguntavam sobre aquele pequeno rebelde que ficava longe da ninhada, ao passo que o dono com ares de experiência prontamente respondia: "este cachorro é cachorro xucro. Não tem remendo. Nasceu ruim, vai morrer ruim."
Enquanto isso Pé de guerra ficava sentado desconfiado, num clima de tensão, como se a ameaça estivesse sempre do seu lado. Rejeitava quem se aproximasse dele, até nas horas das refeições ele ia pra longe, e só voltava minutos depois quando seu prato estivesse sozinho.
Acontece que um dia apareceu um homem grisalho, com seus sessenta anos, de costas ligeiramente curvadas. Suas rugas e seu olhar denunciava sofrimentos e tristezas que sua vida lhe proporcionara. As vozes dos que o viram não se contiveram em sussurrar em tom de fofoca: "Ele saiu de casa!", "Nunca mais o vimos depois que morreu sua esposa meses atrás...".
O dono da ninhada o cumprimentou em tom cordial: "Caro Osvaldo! Que bons ventos o trazem??". - "Vim ver seus cachorros....", e virou-se para os 2 filhotes que sobraram: um deles, simpático, chegou aos pés do senhor grisalho para cheirar, enquanto Pé de Guerra ficava a distância observando a cena.
"E aquele filhote que está longe?", apontou para Pé de Guerra.
"Aquele é um filhote xucro, não quer se relacionar com ninguém, até chamei adestrador, mas ele não quer saber de nada. Nunca vi um filhote tão rebelde. Provavelmente vai ficar isolado pro resto da vida"
"é ele quem eu quero." - e foi andando em direção para Pé de Guerra.
Pé de guerra se colocou em posição de ataque, mas Osvaldo se agacha, o fixa com um olhar penetrante. Embora o cãozinho não tenha se entregue, é abraçado pelo novo dono que dá um sorriso de satisfação.
Osvaldo se despede e vai ante o olhar de espanto dos presentes, pois até onde souberam ele era um homem que nunca teve cachorro.
Meses se passaram... nenhuma notícia do Osvaldo, a não ser de vez em quando um ou outro latido de Pé de Guerra que pode ser ouvido ao longe...
Até que um dia Osvaldo aparece na casa do antigo dono da ninhada, com Pé de Guerra já adulto preso à coleira.
Pé de Guerra conservava a mesma postura de atenção, vendo tudo que estava ao redor. Porém era obediente ao seu dono.
"Boa Tarde, Osvaldo!" - e olhou bem para o cão do lado, sabia que era Pé de Guerra, mas não acreditava na atitude do cão. "O que você fez para domar este bicho?"
Osvaldo respondeu: "Eu gostaria de agradecer por este cão que levei para casa meses atrás. Você sabe, sofri muito pela doença de minha ex-esposa. Após certo tempo, ela começou a agir de forma estranha em casa, não sabia o que estava acontecendo. Com muita dificuldade, a levei para o médico, que diagnosticou uma doença que nunca tinha ouvido falar".
Parou para enxugar as lágrimas. Respirou fundo e continuou: "Mal de Alzheimer. O doutor disse que teria meses de vida, e cada vez menos iria me reconhecer, e recomendou que mandasse internar quando acontecesse isso. Mas eu não tinha condição para mandar para uma clínica particular, ela teria que ir que ir para um manicômio municipal. Inclusive fui lá ver. Quando eu vi as condições daquele lugar, preferi cuidá-la em casa."
As lágrimas engrossaram e a voz começava a embargar, num mostrando o sofrimento que Osvaldo passara: "E assim eu cuidava dela noite e dia, ela parou de me reconhecer, houve momentos que não deixava que eu me aproximasse dela. Xingava, se debatia, batia para se defender de mim, o seu próprio marido". "Cada dia que passava, as coisas pioravam, tive que usar a força para fazê-la comer, levar para o banheiro para fazer as necessidades físicas. Tive que imobilizá-la para dar remédios".
Osvaldo pegou uma cadeira perto, "posso sentar?", olhou para o céu e continuou a história, desabafando tudo que havia passado sozinho:
- Me senti muito mal fazendo isso, principalmente nos momentos em que tive que usar de força para dominá-la. Pedia a Deus para que me ajudasse, pois não sabia fazer diferente, ou melhor, não conseguia fazer diferente. Mas depois de alguns meses não precisei mais fazer isso, pois ela começou a ficar só deitada. Parecia que seu corpo estava se desligando. Cada dia se mexia menos. Daí levaram para o hospital e ela acabou morrendo por lá....
- Osvaldo - disse o vizinho que se emocionava com o que ele passou - Me desculpa, moro tão perto e nem percebi o que você estava passando. Por que você não pediu minha ajuda??
- Você me ajudou - e acaricia Pé de Guerra - Depois que ela morreu eu comecei a beber. Passava o dia bêbado, a vida tinha perdido o sentido para mim. Até que um dia eu vi você vendendo os cachorros. Pensei, pelo menos vou ter um passatempo. Quando cheguei, vi aquele cachorro mais rebelde. E disse para mim mesmo: é este o cachorro.
Neste instante, seus olhos brilharam, como se exprimisse uma sensação de triunfo. Continuou:
- Levei para casa, ele era arredio no início. Dava comida, mas não queria minha presença. Pedi a Deus como eu deveria fazer. E me lembrei da minha falecida esposa, de como eu cuidava dela. Cuidei dele da mesma forma. Fazendo desta forma, Pé de guerra ficou meu amigo. Hoje não consigo mais ver minha vida sem ele.
e suspirou, desta vez falando com uma sensação de alívio:
- Além disso, obtive uma resposta por algo que me culpei durante o período da doença: Depois de tentar de todos os modos, o único modo que funcionou para Pé de guerra me obedecer foi utilizar o método da força igual ao que utilizei com minha esposa. Hoje não preciso mais fazer este método, e principalmente tirei o peso que mais me atormentou desde sua morte.
Osvaldo se levanta, dá um forte abraço ao vizinho. Se despedem prometendo se ver em breve.
Antes de sair do portão, solta a coleira de Pé de guerra. O acaricia e entra na estrada de chão. O cão se senta, assiste Osvaldo se distanciar. Mas não demora muito Pé de guerra o segue correndo...."
A Fal posta conclusão segundeira minha lá no drops e eu fico bobaboba de alegria. =). aqui ó. .............................................................................. Still pois sim. cê lá ví, né não? =)
Amada Blogosfera
"Todo casado por muito tempo é tarado
Quando alguém confessa que está casado há 30 anos, ataco:
– Tarado!
Ele tenta se explicar, logo repito:
– Tarado!
Ele gagueja, e gesticulo com o dedo:
– Tarado!
Ficar com a mesma mulher todo dia é obra de maníaco sexual. Não tem o que acrescentar. É safadeza em demasia. Sério, sem brincadeira, o homem casado é um pervertido. Deveria ser preso por atentado ao pudor. Não poderia sair por aí espalhando o exemplo.
Há a crença equivocada de que o solteiro dispõe de um harém, que pode sair livremente e aproveitar sua sexualidade sem dar satisfação. Que nada. O solteiro não larga a primeira marcha – ao engatar a terceira e correr um pouquinho, já troca de caso e necessita conhecer o percurso inteiro de novo.
O casamento é a porta dos sentidos, a autêntica libertinagem, o elo perdido do Marquês de Sade.
Sabe mais sobre sexo quem transa com a mesma mulher durante décadas do que aquele que tem uma diferente a cada manhã. É como jogador de futebol, que atua muito melhor com a sequência de partidas.
Mulher não é diversidade, é permanência. Ela se solta ao longo da convivência, impõe seu ritmo lentamente, até formar um estilo para se vestir e outro para se despir.
Depende de tempo para expor suas fantasias. Afortunado é o que não se separa antes dos cinco anos.
Com a intimidade, sua companhia realiza acrobacias inacreditáveis, transforma as janelas em trapézios; os trapézios, em escadas de incêndio.
Uma mulher devota é capaz das maiores obscenidades. Porque o amor tira a culpa, o amor elimina o preconceito, o amor não sofre de nojo.
Uma mulher devota enlouquece o marido. Cria suspense na hora certa, desarma o ciúme no último minuto. Tem informações privilegiadas sobre a vítima: conhece seus pontos fracos, o lugar do arrepio atrás do ouvido, onde tocar para acelerar ou retardar o prazer, o que falar para enervar o silêncio.
Uma mulher devota é irresistível, rodará a casa por um afago, estará reaproveitando os suspiros do dia nos gemidos de noite.
Uma mulher devota desfruta de segurança no relacionamento para correr riscos no quarto.
Vá se acostumando com a ideia: sua esposa humilha qualquer profissional, pois entra na cama para ganhar, não joga amistoso, não faz cera, não tem interesse a não ser o próprio orgasmo.
Sua esposa que é pornográfica. Ela dedicará absoluta atenção na transa, a atenção cristalina que vem da carência. Nada passará em branco, nada será esquecido.
As insanidades indescritíveis são experimentadas no matrimônio. Os casados são bando de loucos, irresponsáveis, perigosos.
Hã, Biloute? ¨¨ Tempo. "Alguém tem pra vender?" ¨¨ Internet em casa virou um luxo de outros, um sonho mítico e distante. E a galera só vai acumulando os prazos de 48 horas para (não) resolver o problema do sinal que não chega. ¨¨ Acordo de madrugada pra escrever e o que cai são frases esparsas, parágrafos curtos, microtextos. Tudo parece diminuto na hora quieta, darlings. ¨¨ Caos. Caos. Depender de terceiros pra poder fazer seu trabalho é assim: às vezes você fica de mãos atadas no meio da chuva de pepinos. Impotência e frustração ponto. Fico impressionada com o fato de eu não ter ganhado nenhum piti daqueles felpudos ao telefone, pois essa é a quaseregra do caos. Aí lembro que hoje é quinta. Ainda há tempo. ¨¨ Formigas. ¨¨ Sempre antes do passo, o reverso em cagaço. Entendo. Não compartilho, mas entendo. ¨¨ Ontem a última caixa foi vazia pro lixo. iêi! =) ¨¨ Duas semanas seguidas sem episódios inéditos de The Good Wife. WTF? Cê lá ví. ¨¨ A moringa e o vasogarrafa com florzinhas de pano parecem ter achado seu lugar. Falta a opinião do alto comando...hehehe. ¨¨ Tricô com a Lutianita segue em doses homeopáticas, em linha por linha. Sorte minha que ela é uma moçoila compreensiva, de coração doce e me deu prazo de entrega até o fim da semana que vem. Ói que boazinha, essa flor. =) ¨¨ "Não se afobe não que nada é pra já / o amor não tem pressa, ele pode esperar.", canta o Chico pra mim por dentro do foninho. ¨¨ beijosmeus a todos. =) .............................................................................................
Matemática
Perdemos. Ai, como perdemos. Perdemos a oportunidade, o reagir no momento certo, a voz bem na hora que a hora pedia grito. Perdemos amigos e parentes, por que morreram, por que é da vida se perder ou por que escolhemos perdê-los bem ali. Perdemos o pai, mesmo que não tenha morrido, mesmo que nunca nem ganhado. Perdemos com a grosseria gratuita dos inseguros, com o recato enfático dos medrosos, com a exposição exagerada dos confusos. Perdemos a paciência, a graça, o cuidado com nós mesmos. Perdemos o salto afundado no piche entre concretos do estacionamento. Perdemos. E ganhamos. Ganhamos o céu de azul único e de nuvens desenhadas. Ganhamos a alegria da noite bem dormida ou da insônia produtiva. Ganhamos o entender o tempo do outro, o respeitar nosso próprio tempo. Ganhamos um email de desculpas, um sorriso baixo, um pacote de balinhas argentinas. Ganhamos o sacode do amigo, a risada do amigo, o tudoquefor do amigo. Ganhamos força pra colocar limites, pra dizer o não e o sim, pra abrir caixas de desejos. Ganhamos com a riqueza da música, da dança, do cinema, da literatura, da palavra dita, do prescindir da palavra. Ganhamos a sempre e renovada chance de experimentar o novo, de romper com o que engasga, de buscar ares mais leves. Ganhamos com aquela dor, com aquele choro, com as tantas perdas. Ai, ganhamos. Ganhamos mais.
Só conto o milagre " As novatas, se precisarem, podem parar e descansar um pouquinho. As veteranas, se precisarem, descansem em casa." (santo "bonzinho") " Vamo lá que tem gente que dorme assim." (mesmo santo, falando da prancha) " Eu nasci pra ver essa cena." (disse o santo rindo de mim/ pra mim/comigo) " Tô regredindo, Iza. Tenho 15 anos de novo: sem dinheiro, com aparelho nos dentes e batendo uma todo dia porque não pego ninguém." (tadinho. rs!) " Dona aranha subiu pela parede, só que você não vai chegar até o fim." (cantou o santo antes de matar a dita. amo ponto.) " Não vem não que é bullying!" (santo tentando me salvar do inevitável...) " Ai caraio, não me faça chorar que eu tou sendo tombada por um prazo matador, ô coisa. (hehehe) " Você não é meu sonífero. Eu durmo melhor porque você me faz mais feliz." " Só a cara chapulada no asfalto nos salva das ilusões." (hein?) " Que linda sua percepção inconsciente da minha pessoa!" ............................................................................... Amada Blogosfera "Viver é perigoso, seu moço!
temos medo, muito medo, da morte. Mas tememos ainda mais a vida. Ah, essa merda de vida… “Viver é perigoso, seu moço!”, avisa o jagunço Riobaldo em “Grande Sertão Veredas”. Por isso, para escapar do perigo, recorremos ao queijo branco, à vidente, ao pilates, à cabala light da Madonna, ao ansiolítico, às cercas elétricas, ao Dr. Hollywood, ao brócolis.
queremos, enfim, viver “em segurança”.
ora, não há como blindar a vida, seu moço. Quer segurança? Estoure os miolos com um balaço de espingarda ou se jogue do décimo andar de um prédio e “descanse em paz”.
afinal, só os mortos não correm riscos. Seres em movimento, com contas para pagar, filhos para criar e uma existência inteira para suportar, estão sempre sujeitos ao imponderável. “Vai que…”
esse desejo contemporâneo de viver mais e melhor, com “saúde total” e “alma lavada”, não combina com a nossa vontade louca de simplesmente viver. Jimi Hendrix e Janis Joplin viveram apenas 27 anos. Mas, acredito eu, devem ter vivido intensamente. Não tentaram “enganar” a vida com Light Shake.
como você, temo o câncer, temo a bala perdida, temo a fralda geriátrica, temo a morte. Minha grande dúvida é: será que vale a pena “pisar no freio”, abrir mão das coisas gostosas e arriscadas e viver 100 anos?
e se lá na frente eu descobrir que, para escapar do perigo, eu parei de viver aos 20?"
Marcos Guinoza ...................................................................................... Rádio Plutão canta o texto do guinoza
....................................................................................... Rádio Plutão 2 em deleite
Hã, Biloute? ¨¨Blog quase abandonado, eu sei. E nãonão, não estava eu em lua de mel mergulhando nas águas azuis da Turquia, tava aqui mesmin, atolada em providências e trabalho e me desdobrando em duas pra dar conta do trem. By the way, nossa lua de mel seguiu a linha muderna do casamento: foi no Pará, em terra de ninguém. E só o noivo foi. Rs cavalar!!! Explico depois. =) ¨¨ A casa nova tá uma dê e só restam duas caixas (minhas, é claro) para a arrumação se dar por completa (ou completo? alguém, please?). Uma das coisas boas de mudança é que nos dá a oportunidade de rever nossos badulaques e perceber o quanto a gente tem coisa que tem só pra ter ou que não mais faz sentido. Roupas, livros, cds foram colocados na caixa intitulada "teve bom" e agora seguem outros rumos. Ambiente mais leve simsim. Muito bom. ¨¨ "Porque não existe nada de mais interessante no mundo do que as pessoas. E, se você inventa um sistema de relações que na verdade é um sistema de não-relações, se priva do que há de melhor na vida.", diz o C. Calligaris, que a Lutianita cita e eu digo amém. ¨¨ "Medianeras"? Excelente, excelente, excelente. Selo recomendo ponto. ¨¨É claro que no dia mais caótico, em que você resolve um pepino por segundo e seu telefone toca sem tréguas, a impressora dá pau e é preciso atravessar o corredor 6537 vezes em um levaetraz de folhas interminável. Eu, que não sou boba e simsim velha e louca, escondi o salto embaixo da mesa e desfilei descalça mesmo pelo chão copoliano. RÁ! ¨¨ Nêgo fica aí me chamando de chorona e eu digo e afirmo que a terapia do choro opera milagres nas horas todas. Alivia tensões e concretiza alegrias. Não abro mão ponto. ¨¨ Rosas vermelhas. Muitas. Lindas. =) ¨¨ E o dia segue claro... .................................................................... O todo de tudo
Ontem me ligaram da livraria avisando que o esperado "sonhei que a neve fervia" havia chegado. Saí direto do trabalho, fui ao balcão de reservas e lá estava ele esperando por mim. Não sei que cara fiz quando o peguei em minhas mãos, mas sei que quando virei para a livreira para agradecer ela me olhava com um sorriso gostoso estampado no rosto. Segui meu ritual: passei a mão pela capa pra perceber possíveis mudanças de texturas e senti, de olhos fechados, o cheiro das páginas correndo de um lado para o outro. Gosto disso, de conhecer o livro primeiro pelo seu movimento.
Mas só mais tarde, depois de passear com Margot, visitar os Cosenzalemos, lavar e guardar roupas, fazer torta de maçã e tomar um banho quasefrio, fui de fato começar a lê-lo. O primeiro texto eu já conhecia (by the way é lindo, lindo) e nele está uma das frases que mais gosto da Fal : " Meu amor por você fala mil idiomas, mas não tem com quem praticar.". Essa fase sempre me toma por completo. Sinto sua beleza simples e sua tristeza genuína espalhadas em mim. Me entrego a essa disparidade visceral e choro. Sempre choro. E segui lendo todo aquele amor, toda aquela dor, aquele todo repleto de tudo.
Não preciso nem gastar palavras aqui para dizer o quanto amo a Fal. Quem me conhece sabe. Amo essa mulher muito pelo o que ela escreve, mas mais ainda pelo que ela é. Do jeito que ela é. E amo por mais: por ela ser detentora de uma coragem que eu desconheço em mim. Certa vez, afogada em tristeza, mandei um email falando para ela, e só para ela, daquela minha dor, da dor de que não falo. Fal, com sua dose característica de delicadeza, respondeu me enchendo de entendimento, conforto e realidade. Lindeza ponto. Nunca consegui passar aquele email a limpo no meu caderno porque as coisas pesam mais para mim quando eu as coloco no papel. São tantas as vezes que fujo, escondo lápis e canetas para não ter que me encarar no papel. E a Fal não foge. Está tudo ali, por mais sofrido que seja, em cada página impressa, em cada carta. Leio o "sonhei" e meu peito se enche ainda mais de admiração por essa mulher e sua coragem. Agradeço pelo fato de poder beber nessa fonte, de poder entrar em contato com essa força em forma de sensibilidade. A Fal é rara. A Fal é brava. A Fal é linda. A Fal é inspiração e aprendizado para mim.