terça-feira, 16 de julho de 2013


Pois sim
Há sentidos que não chegam na hora que chegam. Eles escapolem da estradinha antes de entrar na consciência e muitomuito antes do ponto do impacto. Eles se escondem embaixo de tapetes, acham o ângulo morto nos cantos das portas e ficam ali quietos, em silêncio contumaz. Eles, por serem doídos, se empenham em nada ser. E eles são bons nisso. Tanto que passam tempo vestidos de nada e nada por muito tempo são. Até que algo acontece e uma espécie de estrondo sem barulho faz claro todo esconderijo. Aí sim todos, de uma só vez, se mostram evidentes.

A ficha cai.

E só nessa hora se pode reagir.
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Rádio Plutão
conta histórias. também. 
mas para que o que era não volte. 
para que o mesmo que vire novo.


"Sixteen candles on a birthday cake. 
Don't blow them out, let them burn all the way. 
You gotta learn about your fate, cause we're all going to melt someday. 
I hear it when I crunch the leaves on the ground, 
imagine it's me, once green soon brown
and the wind will howl, but I won't make no sound.

After we pass through this circus, 
after they have swept the floor,
 it will all go back to the way it was before.

I keep myself distracted with a mirrored pen. 
I store the words on paper instead of my head,
 it's like a cold glass of milk 
when me and my stomach ache are stuck in bed. 
What if all the crazys are really sane?
 And they see something that the rest of us can't? 
And they'll never feel the pain of having to fade away?
 
After we pass through this circus, 
after they have swept the floor,
 it will all go back to the way it was before.


I'm fine being by myself. 
I'm not wasting wishes on women when I'm throwing pennies down the well. 
I'm fine being by myself. 
I still got my tongue, don't I? And a story to tell."
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6 comentários:

  1. Ah, esses sentidos subterrâneos
    Por que se desenterram com a surpresa
    Do capim que nasce no lugar da flor esperada?

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  2. e por que somos terreno fértil?
    por que tanto capim?

    perguntinhas sem fim, isa...

    beijogrande procê!

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  3. Acordei bemol
    Tudo estava sustenido

    Sol fazia
    Só não fazia sentido

    (Paulo Leminski)

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    1. ah, felipe... o leminski...
      tanto amo que vivo me arriscando a escrever como ele gosta. =)

      obrigada pelo poema sem mas com sentido.

      beijo!

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  4. Os meus se escondem nas mais fundas frestas! Haha, só pode...

    Adorei aqui, seguindo Iza :)

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    1. que bom que gostou, priscyla.

      seja MUITO bem-vinda! =)

      beijodoce procê!

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