terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Dia de hein?
Eu ali fazendo uma salada de frutas simpática na tradicional prosa noturna da cozinha e Dani me contou que na Bulgária (terra dela) hoje é dia do vinho. Salve, Baco! (oi Fal =)). e me perguntou se eu iria sair para comemorar saint valentine's day. Eu expliquei que aqui a data "equivalente" é o 12 de junho, que eu não a comemoro ponto e, é claro, rezei meu terço (rs!) daquele jeito... com a fala macia de quem lê um livro que escreveu. Umas 50 páginas de ideologia simples e maisquerevisada com inevitáveis brechas para a hipocrisia. Rs de novo. E como alguns de meus manifestos verbais cansam até a mim mesma (experimenta me falar que acha incrível a frase "a felicidade só é real quando compartilhada" do "natureza selvagem" e verás), deixo que o adorado e genial tom zé fale por mim... =) 
e á, quem não acha no youtube vai de grooveshark. beijoboanoite =)
http://grooveshark.com/#!/s/O+P+o+Nosso+De+Cada+M+s/39SUNi?src=5
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Ei, voltei!
e recomeço bem com o texto abaixo.
beijoscorridos a todos. =)
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Amada Blogosfera
" Quando algo maior fala conosco
Sexta feira fui na casa de um amigo nas Graças, em Recife. Quando ia tocar o interfone um mendigo me abordou.

Gentil, começou a falar de forma delicada, lenta: "não estou pedindo dinheiro, de forma alguma", repetiu.

Vivemos em um mundo de jogos, de artimanhas, de maneirismos e métodos de vitória. Infelizmente isso é verdade e acontece o tempo inteiro. E por vezes, costumo sair de certas abordagens pela tangente, como uma forma de proteção.

Mas não foi o caso.

Algo ali me pareceu precioso, sincero.

Parei, me virei completamente para o mendigo, olhei nos seus olhos e disse: pode falar.

E comecei a ouvir. Ele falou rapidamente de sua história (mas sem muita melancolia) e de sua situação, explicou o que me precisava e teve um ouvinte atento.

Ele não queria dinheiro, é fato. Mas ele precisava de dinheiro, e era óbvio. Dei tudo o que tinha carteira. E a princípio ele não gostou.

- E o que eu vou fazer por você em troca dessa ajuda em dinheiro?, questionou incomodado.

- O senhor vai permitir que o universo me devolva de outra forma. (grifo meu)

- Está certo, está certo, disse tranquilo.

Conversamos um bom tempo e fiquei admirado com o olhar, a lucidez e a gentileza do senhor que já devia passar dos seus 60 anos.

Dei uma camiseta do Bandarra, meu disco solo, e exaltei que o estava presenteando porque ele era uma ótima propaganda, um homem de energia boa. E por fim, ouvi lições preciosas, como se ouvisse direto dos céus, das pedras e do chão saindo da boca daquela figura que ninguém espera muita coisa:

- Carro passa meu filho, ele disse, dinheiro passa, banda passa. Mas mantenha-se na humildade, deixe que seus olhos falem por você. Porque você pode perder tudo e não terá importância, mas não perca sua humildade. (grifo meu)

Ouvi com todo respeito que coube em mim e saí emocionado daquele encontro, certo que conversei com algo maior."
Tibério Azul ( abrindo ares aqui. eu digo amém.)
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