quinta-feira, 10 de abril de 2014

Menos
A. B. 
A deveria ser mais como B. 
A é uma pessoa que conheço a fundo, com sua qualidades e defeitos e devo dizer que A é uma pessoa admirável. Admirável mesmo. Mas aí que passo um punhadinho de dias na companhia de B e, ói só, B também é uma pessoa admirável. Como em quase toda breve convivência, as qualidades de B saltam aos olhos já que os defeitos normalmente levam mais tempo para se fazerem presentes. E as qualidades de B, outra pessoa que é, não são as mesmas das de A. E aí fico assim um tequinho desgostosa pensando que A deveria ser mais como B. Não me esqueci das qualidades de A, mas pô, minha vida seria tão mais fácil, eu seria tão mais feliz se A fosse mais como B.

Pergunto eu: A deveria ser mais como B? Mesmo? Na vida, na prática, esse tipo de comparação leva a alguma coisa? Esse tipo de comparação não é uma forma de desmerecer as qualidades de A? Esse tipo de comparação, feita por C, é de alguma forma produtiva para A? A deve ser TUDO TUDÃO? TUDO TUDÃO cabe na beleza da diversidade humana? A precisa ser mais como B? E, mais importante, A quer ser mais como B?

Ninguém é tudo. E que bom que é assim. Senão seríamos todos iguais. Não aprenderíamos nem ensinaríamos coisa alguma. Não haveria nunca um caminho diferente a seguir.

Respeitemos as diferenças pois. Aprendamos com elas.
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Rádio Plutão
anda com fé simsim. dia sim, outro tb. =)

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