quinta-feira, 31 de maio de 2012


Queísmo
O que te salva?
Respirar fundo, contar até 10, gritar em desabafo?
Um porre, um rompante, um retiro de si?
Um gesto leve, uma ligação, um "eu sei" sincero?
O livro que te envolve, aquele silêncio, um novo vocabulário?
Um flerte "inocente", uma fantasia, uma vaidade?
A poeira pelos cantos, rabiscos desconexos no caderno, os cantos, os cantos?
Um amigo novo, a lembrança velha, o cheiro que acabou de chegar?
A manga doce, o café forte, o choro que escorre pelo chão da cozinha?
Sentir o susto, passar a raiva, pedir ajuda?
Ser mais do bem, dançar até a exaustão, ser toda música?
O elogio, o peito quieto, a paciência sua e do outro?
O dinheiro?
O amor?
O entendimento?
O que te salva?
A palavra, a palavra, a palavra?
E quando o que salva também arrasa?
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Criolo
 inteiro em pedaços palavrados




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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Por que amo a fal

"Baco não foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o pop-rock e o concretismo).


Baco não se divide em dois campos nitidamente diferenciados.


Baco não começou a ser criticado a partir de meados do século XVIII, com a ascensão dos ideais iluministas, neoclássicos e burgueses.


Baco não paga conta de luz.


Quando chegaram ao norte da África, os romanos não chamaram Baco de camelo-leopardo, acreditando que Baquinho era uma mistura de uma fêmea camelo, com um macho leopardo, porque Baco, o cão, nem estava lá. O deus Baco, este sim, estava.


Baco nem sempre soube como rir de seus sonhos e estremecer sua precária autoestima. 


Baco não sabe o Hino da Bandeira de cor.


Baco tem altas teorias sobre a sociedade de mercado e a indústria cultural. Adorno teria adorado Baco.


Baco não bate palma pra urso dançar, porque ele é cheio de qualidades. Não tolerar babaquice (nem a minha) é a maior delas.


Baco não viveu na Ásia e seus fósseis não foram encontrados, pela primeira vez, na China, em 1787.


Baco não sabe usar o abridor de latas.


Baco não curte Beach Boys. Ou melhor, curte se, na madrugada, no meio do plantão paranormal, mamãe dançar que nem uma louca 'Good Vibrations', antes de se acalmar e voltar a trabalhar. Quando mamãe faz isso, Baco dança junto.


Baco não deixou a bicicleta na chuva.


Baco é lindo, peludinho e fofo, mas Baco não tem sotaque mineiro, porque ninguém é perfeito. (grifo meu, é claro. pq, né? =))


Baco não mistura manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais. 


Baco também acha que cortar qualquer tipo de ilusão romântica pela raiz foi o melhor que podia fazer.


Baco, assim como os poetas e os cegos, pode ver na escuridão. Edu Lobo adoraria Baco.


Os objetivos de Baco, enquanto corrente filosófica, não são comportamentais."
Fal Azevedo
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terça-feira, 29 de maio de 2012

Hã, Biloute?
arte de jana magalhães
¨¨ Bruno nasceu! iêi! Nasceu cedinho, madrugueiro como a mãe, e é lindo: bochechas vermelhas típicas de quem acabou de chegar, comprido, rosto sereno e mãos branquinhas que só. Segundo meu cunhado, ele deve ter puxado a branqueleza "do pai dele, seja lá quem for".rs! Parece ter chegado bem, o pequeno Bruno grandão. Bonito isso. Mais um Cosenza entre nós. E Lalous tá zerada, com aquela cara de quem já tá pronta pra correr uma maratona. rs! =)
¨¨ Show do Criolo foi sensacional. E a minha impressão de que ele carrega uma energia diferente só se comprovou ali na oportunidade de assisti-lo ao vivo. Sei que pode ser algo planejado e bem executado e coisetal, mas não me importo. Escolho absorver a genuinidade que sinto ali.
¨¨ Tem dia que parece durar meses de tão agoniante e te leva à conclusão de que não há nada mais fértil que uma mente raivosa. Mas na hora que passa... ai, ai.... ave cruz que é um alívio quase sem fim. Ufa ponto.
¨¨ Visita noturna de Harmony hermanita. Bolo de maracujá, prosa e nuvem. Coisa boa.
¨¨ Ver com o coração e amar com a alma. Nada mais.
¨¨ Beijosfrescos a todos. =)
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Estômago
" Sempre surge para todos nós o momento de provar o que somos naquilo que ensinamos."
André Luiz, em "sexo e destino"
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Pedra
Não existem inocentes, é fato. Mas quem dera o saber disso aliviasse a culpa quando ela bate. Não alivia, não há alento, não há escapatória. Você pode até usar de mecanismos pra fugir da culpa e se iludir de que, por não sentir ou fingir que não sente, ela não está ali. Ela está. O efeito do álcool, da relativização excessiva, da ignorância escolhida, do exaltar o lado zen que inexiste em você ou de qualquer outro subterfúgio utilizado vai passar. E ela vai estar ali te esperando para o acerto de contas. Não importa se suas intenções foram vis ou nobres, a fisgada da culpa é democrática e nuncaexcludente. E quanto mais você postergar o cara-a-cara com a culpa, maior será o impacto. A culpa cobra juros de mora cavalares e traz sua boa amiga raiva de braço dado, com a elegância de quem acompanha uma dama. E você fica olhando pra trás e tentando entender quem era aquela pessoa ali muito bem disfarçada de você fazendo coisas que você condenava e condena. Simsim, era você. É chegada a hora então de mergulhar no seu mar de erros e chegar até o ponto em que a culpa te torna um incapaz, genuinamente incapaz. Incapaz de estufar o peito pra lutar, incapaz de vestir o sorriso, incapaz de desistir, incapaz. Porque o entendimento e discernimento (mascarados e já envelhecidos) são tão precários que não se pode nem nada fazer. Você não cabe nem na nãoação. A culpa te anula no espaço.
Nula. Sem espaço.
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sábado, 26 de maio de 2012

Hã, Biloute? (quase de amanhã já...)

bolo pro blog! =)
¨¨ Psiu, alguém ainda aí?
¨¨ Quem estava por aqui era um caminhão barulhento que aparentemente acredita que a melhor hora para passar recolhendo o lixo de todas as caçambas da L2 é agora. Ele passou e deu início aos trabalhos da madrugada. Vamos lá então. =)
¨¨ Neblina densa lá fora (daquela que parece pincelada em volta dos holofotes), friozinho bom, chá na xícara e sons vários na quietude da casa vazia. 
¨¨ É todo um mundo novo aberto diante dos meus olhinhos: o mundo dos números. RMs, processos de papel, processos virtuais, senhas ( muitas senhas), códigos e outras coisas que eu ainda não aprendi a dar nome. Tô reclamando não... é um mundo NOVO e o novo, por si só, sempre normalmente tem lá seu charme. rs. Aí meus dedos vão deslizando ali pelas quatro fileirinhas do canto, antes tão desprezadas no espaço tecladouro. (essa palavra não existe. eu sei. não precisa sublinhar de vermelho). David Bowie canta "changes" e eu digo amém. Amém.
¨¨ Diário de combate às formigas. Dia 1: apliquei o trem que Dona Elzinha, a sábia, me deu cozinha afora. Em dez minutos elas estavam todas fazendo algazarra na linha do trem. Hoje? Nenhuma! Nem uma mísera formiguinha nadasimpática pra fazer discurso de oprimida ou ler manifesto contra extermínio. Yeah, baby. Eu sei, my life is full of excitement.
¨¨ Ufa que Nina lembrou! Dia 20 de maio foi aniversário do blog! iêi! =)! Seguindo a linha do nãopadrão, ano passado rolou preparo, post comemorativo, o maior "só conto o milagre" de todos os tempos, coisaetal e esse ano rolou só atraso mesmo.rs! Mas a alegria é a mesma. MTA: dois anos de fluidez em letra e cor!!! =)
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Vislumbros, Coragens....


"Penso em ficar quieto um pouquinho
Lá no meio do som
Peço salamaleikum, carinho, bênção, axé, shalom
Passo devagarinho o caminho
Que vai de tom a tom
Posso ficar pensando no que é bom
Vejo uma trilha clara pro meu Brasil, apesar da dor
Vertigem visionária que não carece de seguidor
Nu com a minha música, fora isso somente amor
Vislumbro certas coisas de onde estou
Nu com meu violão, madrugada
Nesse quarto de hotel
Logo mais sai o ônibus pela estrada, embaixo do céu
O estado de São Paulo é bonito
Penso em você e eu
Cheio dessa esperança que Deus deu
Quando eu cantar pra turba de Araçatuba, verei você
Já em Barretos eu só via os operários do ABC
Quando chegar em Americana, não sei o que vai ser
Ás vezes é solitário viver
Deixo fluir tranqüilo
Naquilo tudo que não tem fim
Eu que existindo tudo comigo depende só de mim
Vaca, manacá, nuvem, saudade
Cana, café, capim
Coragem grande é poder dizer "sim"."
(e "não" também... =) )
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quinta-feira, 24 de maio de 2012

24 de maio. O dia em que você nasceu.
hoje, meu lindo, o blog é só seu.
te amo
=)
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Trechos esparsos sobre o amor (os seus)
Quase tudo que acontece quando com ele é digno de trecho. Mas não escrevo. Não sei se por respeito aos pingos do tempo ou se por simples digestão. Ou talvez seja medo bobo de, escrevendo, assumir pra mim mesma o tamanho que ele tem. É que eu entendo melhor o que sinto na concretude escrita da palavra. E não sei se é hora de entender.


Noite passada um espanto bom me tomava toda vez que eu falava o nome dele. Nome de sonoridade única. Na verdade, ele me parece todo meio único. No jeito, no cheiro, no gosto, na espontaneidade, na energia, no vigor. Ele me deixa à vontade, me enche de vontade e me faz querer ficar. Noite passada eu fiquei. E ele bebeu das minhas costas. Bonito isso, fazer do meu corpo copo pro vinho. E fazer do meu corpo corpo pra tanto. Ele faz.


Ele ligou me convidando para som, cerveja e caldo. E eu, exausta, já estava com o "não" na ponta da língua quando ele disse em tom eufórico que precisava comemorar o que de bom tinha acontecido. Mudei de idéia no mesmo segundo e fui. Para as alegrias genuínas e os sofrimentos urgentes minha resposta é sempre "sim". Sempre. 


Os domingos parecem ser dias especialmente nossos, mesmo sendo domingos. No último, em mesa de almoço longo e tardio, ele falou do descanso que o rosto sente quando fica um tempo sem os óculos. Me aproximei em sorriso e beijei sem pressa cada um dos seus olhos. Foi como um transe. Achei que fosse me esvair em afeto.


Domingo. Meio-dia, café bom, broa de milho, manteiga e joão do vale. Em um movimento maisquenatural a gente levantou e começou a dançar. E dançou forró e carimbó e aquela meio salsa. Fluidez. E eu, que sempre achei que o meu papel único era o da condução, aprendo com ele a delícia entregue do me deixar levar. Ele sabe me levar. E eu deixo. Ele me conduz bem nos passos da dança. E me conduz bem também no todo da vida.
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Presente do Indicativo
(escrito em 17 de julho de 2011)


Amo seus cílios dentro dos óculos. Amo você como céu. Amo os acordares, os cafés, a lua que tanto nos acha. Amo o pé dançado, o pé no chão. Amo. Amo sabendo do meu lado que é mimimi e duro demais ao mesmo tempo e do seu lado impulsivo, destrutivo. Amo mesmo sem saber por que você se estressa tanto, se cobra tanto, se apressa tanto. Amo a proteção do seu peito. Amo te cobrir de palavras, meus pequeninos mimos. Amo seus pés. Amo saber que você pode sair fora a qualquer hora - essa liberdade - e se fica é por que o desejo é genuíno. Amo ter isso também pra mim: esse poder sair, essa liberdade, o escolher ficar. Amo que você me põe em palavras escritas. Amo. Amo o nosso aprender juntos. Amo nossos beijos. E o verbo assim, repetido em frases tantas, pode parecer grande demais, trazer medo. Mas o que importa mesmo não é o que amo e sim "como" amo. E eu amo simples. Amo na simplicidade poética da pequenez das coisas.


Te amo como quem bebe água fresca.

Te amo como quem descasca uma fruta na varanda.

Amor simples. Pleno.
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Rádio Plutão
canta com você. =)


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quarta-feira, 23 de maio de 2012

PSs
O mundo é confuso. São Pedro também. Daí só me resta aderir à confusão já que saio de casa parecendo uma boneca russa e o céu abre um sol ridiculamente quente.
Girls da HBO baixado sem legendas e farinha láctea com leite quente e mel: o jantar dos campeões yeah.
Meditação de minuto = crise de espirros. Nas duas tentativas. Não pergunte.
Você está em casa e aperta a torneira em cima ao invés de girá-la para sair água. Concluimos pois que você está passando mais tempo que deveria no seu local de trabalho.
Ar condicionado central desligado = Silêncio bom. Muito bom.
Uma passada de unha fura a meia em seis pontos. Não pergunte.
Gente que pediu para ser desagradável no Vale do Eco sempre puxa conversa comigo em filas. Pergunte. Porque eu também gostaria de saber o porquê.
Formigas com seus dias contados. Rá! =)
Ata, atemoia, fruta do conde, sei lá que nome tem a fruta. Só sei que é divinamente gostosa.
Fal ocupada = nada de drops. =(
Sono quicado não descansa corpo cansado.
Às vezes você vai fazer um favor para outro e faz é um maior para você mesma. Bonito isso.
Bruno vai nascer amanhã? Vai, Bruno?
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Fatia de carta
BSB, 18/05/12
E o que sou eu? Um corpo que faz coisas pela casa nessa noite de sexta enquanto luisa maita canta? colares? meias listradas e compridas? Cabelos que crescem em cachos? Um vestido que mais parece um cobertor? Sou o que respira esse ar frio? Sou toda essa saudade? Sou a confusão diária de todo e qualquer ser vivo? Sou só eu mesma, regada a duas taças de vinho, vagando entre pensamentos plausíveis e absurdos palpáveis. Nada de mais.
(...)
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Rádio Plutão
tem bruna caram como companhia. e ama. =)


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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Hã biloute?
pega a senha e entra na fila, mafalda.

¨¨Sabe aquela música do Sítio do Picapau Amarelo das antigas: "tá frio, tá quente, tá quente tá frio..."? Pois é, tá assim.
¨¨Saí da minha função mas minha função não sai de mim. Sem mais.
¨¨Na linha "hipocrisias nossas de cada dia", o cara detentor de carro com adesivos louvando o Senhor até no teto me corta loucamente na L2 lotada e, achando ruim o fato de eu ter (sabiamente) pregado a mão na buzina, ainda emparelha com meu carro lá na frente para gritar a seguinte delicadeza: " Se não sabe dirigir fica em casa, mulher!". Uma benção, né? Eu? Abri meu sorriso cheio de dentes e respondi um " uma excelente noite para o senhor também". Primeiro porque minha mãe (oi mãe!) me deu educação e segundo porque sei que grosseria a gente responde é com uma boa gentilezinha irônica. Ave cruz.
¨¨Corona gelada com uma tirinha de limão dentro. 3. Perfeito ponto.
¨¨Bruno tá todo bochechudo no forno. Pronto pra chegar a qualquer momento. Toda vez que meu celular toca acho que é o aviso de que ele nasceu. =)
¨¨Cobra com tala de pvc, porco espinho, cachorro do mato, coruja linda, bichos outros, internet movida a carroça que trava a cada risada minha (segundo o expert: "é muito dente pra transmitir em tão pouca banda". sei.) e saudade. saudade.
¨¨Ai, sexta feira... que siga macia e abra com honras um fds longo... beijossexteiros a todos. =)  
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Só conto o milagre
"Aí vocês vão descansar ativamente fazendo o afundo." (descanso ativo? WTF?)
"Você está vaporosa nesse vestido." (preferi nem perguntar ao santo o sentido de "vaporosa" porque né. melhor tomar o trem com elogio e fingir de morta.)
"O que a gente não atura por comida..." (indeed. rs!)
"Tou atracada com um livro aqui que é do mal, mana." (amo esse santo ponto)
" A gente tem que rir da nossa situação até mesmo por que pouca coisa na vida é engraçada como a gente."
"Vá sozinha mas vá de burca" (hum. sei.)
"1, 2, 3 e já: Varlaaaannnnnn!" (sete santos em coro e um pobre Varlan (taí um bom nome para um conto...rs!))
"Queria ser mais máquina e menos mansa." (queira não santo. deixe como está =)) 
"E o que que a coisa tem a ver com a coisa? (santo me iluminando com sua clareza)
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Radio Plutão
repete
porque é.

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quarta-feira, 16 de maio de 2012

BU - á
Acredito que as pessoas vivem em estado permanente de mudança. Mesmo as mais resistentes, que se engessam nas suas convenções e seus certoseerrados, até essas o fazem o tempo todo. A única diferença é que mudam escondido (shh...) dentro de suas cascas pre-paradas. Gente muda e que bom que muda ponto. Boto fé que é o nosso propósito maior por aqui. Eu, gente sendo (até segundo aviso. rs!), não poderia nem gostaria de escapar à regra. E se uma quantidade absurda de coisas já cedeu espaço pra virar coisas outras, uma característica minha parece permanecer intacta: o como eu choro.

Sim, carrego comigo ao longo desses 35 anos de estrada a merecida fama de chorona. Assumo. É claro que choro menos do que quando criança, até porque tenho consciência de que aquilo era demais da conta, mas continuo chorando por quase tudo. Choro de alegria, de raiva, de pânico, de impaciência, de ouvir algo triste, de vergonha, de saudade, de gozo. Choro em filmes, choro enquanto recebo passes, choro na reza, choro ouvindo música no carro. Choro mesmo. Choro encorpado. E se choro assim é porque me faz bem, senão isso também já teria mudado.

O interessante é que mesmo quem sabe disso e convive comigo muitas vezes não compreende esse meu modus operandi. Chamam de exagero, acham que a quantidade de choro é diretamente proporcional à intensidade do sentimento, ou acham que é um sinal de fraqueza, excesso de fragilidade. E até entendo, já que tem gente que chora apenas em situações extremas. Mas não é o meu caso. E o meu propósito é claro: assim como escrevo para transformar o que penso em algo palpável (em palavra ali, no papel), choro para trazer para a realidade o que sinto. A choradeira nada mais é que o sentido abstrato achando sua concretude na água. Não quer dizer que eu esteja MORRENDO de seja lá o que for. É só o meu jeito de transformar o abstrato em real e, isso feito, de cara com o concreto, me sinto pronta para digerir o trem e lidar com ele ou deixá-lo passar. Na maioria das vezes, meu choro não é um clamor por coisa alguma. Apenas é. Um choro e só.

Hoje tive um choro desses que prescinde de explicação ou motivo certo. Chorei com saudade, confusão, alegria, riso, tudo misturado. E que bom quando há um outro te escuta sem ler aquilo como drama (e por isso não faz drama em retruco), entendendo que nada ali é muito sério ou grave. É apenas choro que precisa ser chorado e que às vezes, como o meu de hoje, precisa só de conforto. E tive conforto. Porque tenho ponto. Que bom que tenho. Agradeço. E agradeço chorando um pouquinho, é claro. =)

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terça-feira, 15 de maio de 2012

Eu quero


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sábado, 12 de maio de 2012

Com céu azul e sol que nasce

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sexta-feira, 11 de maio de 2012

ST em: Subjugando Tataaaaa
(...)
Iza: na verdade, o que eu queria mesmo era que vc viesse pra cá, pra eu ser sua chefe. RÁ!
Tataaa: e pra eu falar bem mal de vc. :)
Iza: eu te daria motivos de sobra, darling... minha primeira ordem seria te obrigar a almoçar conosco todo dia.
Tataaa: kkkkkkkk
Iza: além de suportar eu e jeann, ainda almoçaria com a chefe, o que impossibilitaria falar mal de mim nesse intervalin do dia. =)
Tataaa: kkkkkk
Iza: a segunda seria proibir vc de usar seus sapatos lindos de salto. impensável vc por aí circulando mais alta que eu. absurdo ponto.
Tataaa: não tem nenhum subordinado seu perto de aposentar não?
Iza: são tantos os meus subordinados... peraí... deixa eu pensar...RSRSRS!
Tataaa: kkkkkk aiiiii, agora eu vi
Iza: meu bem, eu continuo reba com orgulho. o poder (rárárá) não subiu minha cabeça. ainda. hehehe.
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Fatia de carta

BSB, 09/05/2012                                    18:27

Passei pela giratória e me deparei com música ao vivo no saguão do prédio e um monte de gente em volta ouvindo. Parece ser parte de uma série de atividades em comemoração ao dia das mães ( tom zé canta "ô ô, sentado no sofá da sala" e a gente diz amém, né meu bem?). Uma mulher com cara de menina e vozeirão tocava de pé seu violão e cantava uma da Marisa Monte de que gosto. Cantava e tocava bem. E tava eu ali gostando até reparar que o franjão (eu não entendo a dinâmica dos franjões, juro) da figura ficava mais tempo DENTRO do olho que acima dele. Pra quê. Não consegui prestar atenção mais em música, nem em violão, nem na movimentação das pessoas, nem em nada. A única, ÚNICA, coisa que eu queria era chegar na frente dela, no meio daquele povo todo, pedir uma licencinha e separar metade prum lado, metade pro outro, limitando a franja ao seu espaço feliz: a testa (e de testa você sabe que eu entendo). Só me restou guardar meu ímpeto obsessivo no bolso e subir pro trabalho antes que eu desse uma pala de agonia ali.
Controle do foco: uma arte não dominada por essa que vos fala ponto.
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Rádio Plutão
muda e confunde. =)
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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Amada Blogosfera

"piriguetes não tomam ansiolíticos
nem sei explicar muito bem o tanto que eu amo as piriguetes. Em “Avenida Brasil”, surgiu outra de congestionar o trânsito: a Suelen, interpretada com gostosura pela Isis Valverde.

piriguetes são sobreviventes. Estão no mundo para o que der e vier e, mais ainda, para o otário que vier e der a elas o que elas mais desejam: viver a vida adoidado, viver como se não houvesse amanhã.

piriguetes têm moral flexível, falhas de caráter, ambição desmedida. E não estão nem aí para as beatas, para o que outros pensam delas. São a representação mais descarada e honesta do ser humano.

como todos nós, piriguetes também têm sua porção trágica. Mas, diferentes de nós, a cada tombo, a cada revés, conseguem se levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima.

piriguetes não tomam ansiolítico. Piriguetes têm "estômago de avestruz". Tomam uísque paraguaio para espantar o baixo astral.

quer saber o que é autoestima? O que é autoconfiança? O que é “pensamento positivo”? Pois bem, rasgue seus enfadonhos livros de autoajuda e mire-se na desenvoltura "fuck the world" das piriguetes.

e nem adianta vir com aquele papo hipócrita de decência. Vivemos num mundo regido pelo dinheiro, onde os fracos não têm vez e cada um se vira com as armas que têm para escalar essa tal pirâmide social e "subir na vida".

e as piriguetes só querem isso: se dar bem. E você, não quer?"
Marcos Guinoza (aqui )
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Por que amo a Fal

"Quero dizer aqui, de público, que por trabalhar usando touquinha ou gorrinho, estou sofrendo búlingui em meu próprio lar. Muito triste a minha realidade.
*
"Como podemos deter o processo de envelhecimento?", pergunta o médico-picareta na propaganda do pograma dele na tevê. "Morrendo", respondo eu para alegria de Maliu que ama minhas bobagens e ama quando eu falo com a tevê.
*
E alguém mixplica que lance é esse de médicos dando entrevista e apresentando pogramas de televissão de avental ou pijama cirúrgico. Juro que não captei. Eles ficam menos médicos se usarem jeans e camisa, é isso? Quero ver todos os engenheiros dando entrevista com capacete de obra.
*
De quando em vez você conhece um cara e pensa 'Meu Deus que bom que envelheci. Que bom que estou calejada e curtida, cheias de cicatrizes e vivi tanto'. Porque é possível reconhecer em cada palavra, no tom da voz, na risada, nas gracinhas, quando ele fala alto e quando ele fala bem baixinho, o potencial coração partido que resultaria dali, não você fosse tão velha, vivida, machucada e blablabá. Você arregala os olhos ao pensar "Esse homem, há dez anos, me faria sofrer". Acabo de dizer a uma amiga que não havia pensado nisso ainda, mas olha. Se envelhecer me fará não chorar mais no box, tou adorando."

Fal (aquela querida) Azevedo
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Fatia de carta
11/04/2012
(...) Às vezes tenho uns pensamentos negativos, que fazem vibrar em mim uma energia ruim. Aí penso em mamãe Oxum, canto uma música do Chico ou alguma outra que me traga leveza e me empenho em mudar de sintonia. A mente da gente é um troço perigoso, amor, pode criar monstros. Mas sei que pode também florescer jardins. O difícil é conseguir ser mais flores que garras. (...)
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"C is for cookie", Chico e Criolo
and "That's good enough for me" indeed. =)

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terça-feira, 8 de maio de 2012

Pois sim
Recebi pedidos (um) enfáticos (no singular) para que eu voltasse a atualizar o blog com mais frequência, assim,  da forma que fosse. Um milagre só, uma fatiazinha de carta, uma das histórias que invento na fluidez da palavra falada (aquelas que normalmente levantam sérias dúvidas sobre a minha (san)idade mental...rs) , um dos 6537 contos pensados e nunca escritos ou outra coisa qualquer. Como não é todo dia que se recebe tantas (uma) manifestações (no singular) de querência (sim, isso (pra mim) é uma palavra) ao MTA... cá estou.
Oi. =)
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éle ó ésse los!
Noite fria, superlua no céu, eles no palco, telão sensacional, a companhia boa de Pedrão e Lu (!), meu amor me jogando pro alto (pra frequência do som sem barreiras), eles no palco, corpo tomado pela música, pérolas do 1º álbum, Amarante em "tempo perdido", arrepios, risos, eles no palco, luz forte e voz de milhares em "quem sabe o que é ter e perder alguém", abraços e beijos todos, sacadas, eles no palco, energia genuinamente feliz, dança, descabelo típico de quem pula, eles no palco de novo, mais alegrias, caminhada em prosa, comfort food e aconchego na casa quentinha e a onda que fica depois de ver os caras uma, duas, dez vezes no palco. Amo ponto.
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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Hã, biloute?
arte de jana magalhães:
"all we need is love, a pink sky and a preety dress"

¨¨ É sexta e o dia tá deliciosamente frio. Delícia ponto.
¨¨ Tava lá eu na porta do prédio e a moça que trabalha na recepção passa por mim e diz: "segura o vestido que  o vento hoje tá masculino". hehehe. Depois Jeannjeann me contou que lá em Pernambuco eles chamam o dito levantador de saias de "vento macho". Sabia dessa não. =)
¨¨ Eis que chega uma máquina de café daquelas grãphinas e acha casa ao lado da impressora. E antes de ser efetivada a compra conjunta de cápsulas variadas para o trem, eu mudo de função e, consequentemente, de sala. Conclusão: não questione o timing do universo. Ele sabe o que faz. Me livrou do destino inescapável de me tornar a mulher mais pilhada (e pobre) que esse órgão já viu. Amém.
¨¨ Ele voltou. E a vida fica mais rica, mais gostosa e temperada. Nem sei dizer o quanto amo. =)
¨¨ É tanto protesto, tanta bandeira e tanta barulheira. Tanta, mas tanta energia gasta pra falar do que está errado lá fora, do que é feito ou não pelos outros... e eu boto fé, não acho errado não. Mas pergunto cá pros meus borbotões se há igual empenho em questionar o umbiguinho, o que se faz ou deixa de fazer, as hipocrisias e os egoísmos nossos de cada dia, a coerência nas ditas coisas "pequenas" da vida. Coerência, meus queridos, coerência. Só fico me perguntando se há coerência.
¨¨ Fim de temporada de "the good wife" foi sensacional, quase doído de tão bom. Sigamos pois, os viciados de carteirinha, em crises constantes de abstinência até setembro. Cê lá vi.
¨¨ Na linha "entregando a idade", hoje tirei onda do professor de spinning por que ele tocou uma do Bon Jovi. Mal sabe ele que eu já tive vinil dos caras, chamava aquilo de rock (ui!) e sei " you give love a bad name" de cor. Hipocrisias nossas de cada dia, lembram? Pois sim. rs!
¨¨ Tem dia em que todo doce do mundo é pouco. Ontem. E hoje. (digo eu colocando mais uma bala de amendoim na boca). Ave cruz.
¨¨ Escrevendo quase nada, lendo pouco e vivendo um tanto. Que bom que o tempo é fluido e despegado de inércias.
¨¨ Issana, meu coração contigo, prima.
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Amada Blogosfera

"contextualizando o mimimi
ou: vamos fingir que ninguém notou que estou mais insuportável do que o normal.

porque eu estou, né. fazendo a licenciatura. daquele jeito. porque vocação ainda não passou por aqui mas vá lá. e eu fiquei muito satisfeita comigo mesma quando descobri que já havia feito quase todas as disciplinas e só faltava, basicamente, o terror final: 300 horas de prática de ensino.

fiz o que qualquer pessoa (?) sensata (??) faria: abandonei tudo o que não fosse urgente (e até algumas coisas que eram) para conseguir pegar o máximo dessas 300 horas ainda nesse semestre e o resto depois eu via. "depois eu vejo" é o mantra de toda uma vida, mas naquele momento específico parecia, sim, uma solução viável.

e aí o que acontece? eu não consegui começar a estagiar até hoje. e não sei se vocês têm acompanhado a folhinha, mas né. cabou abril já. e eu aqui de férias forçadas & eternas.

enquanto isso o sistema, que é LEGAL, manda avisos quase que diários a respeito do meu prazo estourado para me formar. e olha, total agradeço a atenção mas eu já tinha descoberto sozinha, sabe. terrorismo nessas alturas não ajuda.
então pensei em fazer uma listinha do que ajuda, porque talvez assim, quem sabe, a humanidade comece a dar uma dentro comigo.

coisas que ajudam:
rodízios. eu nem quero saber do quê. só quero a sensação reconfortante de ter uma pessoa me oferecendo mais e mais e mais comida.
me levar pra beber (e tomar conta de mim).
combinar as coisas e efetivamente fazê-las. não queria? não sugira. é tão fácil quanto parece.
filmes bons. ou pelo menos filmes em que os personagens façam sentido. gente, se eu quiser incoerência vou ali ler meus diários.
entender que sim, eu estou pior do que a hiena hardy, mas preciso e mereço mimimizar até a fase passar, então por favor não me venham com mensagem motivacional que eu não tô podendo e falar de mim é fácil difícil é ser eu.

é difícil? nem é, vai.
então tá bom, podem começar a praticar. 1 2 3 e já."
Raquel (aqui )
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Rádio plutão
dispensa comentários. =)


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