quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Perguntinha
Quanto chico é muito chico?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

"Memory never dies"

Ritmada pelo que vem do vento
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Hã Biloute?
Ai, Alagoas...
Nunca questione as escolhas de São Pedro. Ele é do desemplano e pode mudar tudo antes sequer da reclamação tomar forma. A chuva foi para amenizar a secura acumulada no corpo e o sol veio para enchê-lo de amarelo.
Jones,corridapraiera + banhodemarpós no segundo dia foi pra você,querido!
Margas, mesa de sinuca a dez passos do quarto...hum... eu me ocupei mais com coisas outras, mas Alicinha honrou a flor que é e jogou por todas nós.
Carpinejar em stand by (ele está pra acabar e eu não estou preparada para que ele acabe), Clarice degustada em momentos pontuais e "The lost dialogues of hamilton" devidamente devorado.O livro faz jus ao subtítulo... it is indeed a weird diary... Thanks again,Sean! =)
Ritual "corsário" mantido mesmo sem estar com o coração tropical coberto de neve.
E á, Caetano tem razão..."Coragem grande é poder dizer sim".

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

.............................. "you can cage the singer,but not the song"..........................
Roubado do Sharing... para ler as palavrinhas martinianas que acompanham a figura, vá lá: http://lecoquine.blogspot.com/2010/09/martin-luther-king.html

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Estômago
"Vai, vai fazer poesia
Vai cada ano rimando,medindo,apagando
Vai.Vai enquanto a peste mata raivosa um por um de sua aldeia
Vai.Vai fazer poesia,
Que beleza não tem hora e nem dia
Vai.Deixa que a poesia,ela própria,corrige a vida."
Beto Angeiras
"Vejo de olhos fechados
Se anuncia meu passado"
Anelis Assumpção
"Original é o poeta expulso do paraíso
por saber compreender o que é o choro e o riso;
aquele que desce à rua, bebe copos, quebra nozes
e ferra em quem tem juízo versos brancos e ferozes.
Original é o poeta que é gato de sete vozes.
Original é o poeta que chegar ao despudor
de escrever todos os dias como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia como se fosse uma mulher
e nela emprenha a alegria de ser um homem qualquer."
Ary dos santos
"Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso de boca em boca, um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí, escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo! (Nietzsche discorda...hehehe)
Amigo é o erro corrigido, não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim, um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa! "
Alexandre O'Neill
"Faz do teu delito o vão que te permite ver o sol"
Cassia Eller
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Pouca água
Sim,sim. Dormir bem é essencial. E os insones apreciam essa simplicidade com tempero dobrado. Quem vara horas acordado, imerso em inquietudes (boas ou ruins), sabe bem do confuso tempo contado da noite. É um tempo outro. E o dia que segue sempre soma outra conta. "Acorda-se" cansado. Hoje despertei antes do sol, renovada, e no meio da oração agradecendo pela noite de sono bom adormeci de novo. Adormeci pra sonhar com minha avó. Eu agitada, impaciente, e a Vó Elza ali sentada, tranquila, em um de seus vestidos do mesmo. Passei minha mão pelo seu ombro e ela alcançou a minha com a dela. Não me olhou o rosto. Só ficou mexendo na minha mão com um sorriso leve. Não precisou falar nada. Sei o que ela pensava. Quando aqui nesse plano, ela dizia a mesma coisa sempre que conversávamos com as mãos. Dizia que adorava a minha, sempre fria, que equilibrava a dela, sempre quente. E no sonho, na temperatura boa do toque, perdi o fio da agitação e reabri olhos leves e espessos para o dia já raiado. Vó Elza continua a me ensinar. E suas visitas me fazem chorar o melhor dos choros. Choro breve, de minuto, que desconhece saudade. Choro presente, choro assistido. Choro sempre bem-vindo. Agradeço. Agradeço a ela pela pouca e pura água que cai.
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Trilha Quintana
"The lights go out and I can't be saved
Tides that I tried to swim against
Have brought me down upon my knees
Oh I beg, I beg and plead, singing...
Come out of things unsaid, shoot an apple off my head
and a trouble that can't be named
A tiger's waiting to be tamed, singing...
You... are...You... are
Confusion never stops, closing walls and ticking clocks
Gonna come back and take you home
I could not stop that you now know, singing...
Come out upon my seas
Cursed missed opportunities
Am I a part of the cure?Or am I part of the disease? Singing...
You... are... you... are
And nothing else compares
You... are...You... are
Home, home where I wanted to go"
Coldplay
(melhor ainda na versão acústica...hum...salsa!!!)
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Alicinha me segura...
...que hoje tô escrevendo pelos cotovelos!!!
Contei que passei a manhã de domingo no hospital?Não?Pois é, fui acompanhar minha hermanita amada em uma suspeita de apendicite e o programa só serviu para comprovar a seguinte máxima:tudo nessa vida está imbuido de um propósito maior. Claro que foi um prazer passar horas com ela, colocando duas semanas de conversa atrasada em dia, rindo de potocas bobas e falando de uma ou outra coisa séria. Claro que tomei um capuccino SENSACIONAL que põe no chinelinho muito café caro e grãfa da nossa gloriosa capital. Claro que foi uma alegria que a suspeita foi só suspeita e a devolvi em casa feliz da vida. Claro. Mas o momento iluminado aconteceu ali, enquanto eu esperava a enfermeira tirar aquele trem caninho do braço da Harmony. Um programa qualquer de esportes começa a falar das últimas do Real Madrid e aí surge ele. Ele. Juro que tinha até me esquecido da existência dele. Mas ele existe. E reina soberano. E ainda arrasa em campo. Aí o mundo todo faz sentido... todos os problemas se tornam diminutos... o que já era bom ganha tempero de páprica picante... novas cores...ar com outro cheiro ...sim,sim...
Tudo nessa vida está imbuido de um propósito maior. Ponto.
rs...
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Por que eu amo a Fal

"Aprendi uma coisa. Não se pode ser legal com homem, por um motivo simples demais. O cara sempre vai achar que você está apaixonada por ele. Sem-pre. E vai contar pros outros, meio envergonhado, meio contando vantagem "eu me afastei dela porque a coitadinha era completamente louca por mim". Isso me aconteceu tantas vezes e não me dei conta. Daí que, no divã (aiai, sempre o divã) entendi isso e, claro, o óbvio: seria humanamente impossível eu ter me apaixonado tanto assim. Tantas vezes, tantas. Agora não adianta mais saber disso, mas fiquei feliz de ter aprendido. Finalmente."
Fal Azevedo
Post atendendo a pedidos...já me veio prontinho...com fotoca(grupo corpo.bach) e tudo...muito bom! =)
E, como sempre: amém,Falzitcha,amém.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mil vezes Amélie

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pequenez
"E — como uma caixa dentro de um caixa — entre os menores pigmeus do mundo estava o menor dos menores pigmeus do mundo, obedecendo talvez à necessidade que às vezes a Natureza tem de exceder a si própria.Entre mosquitos e árvores mornas de umidade, entre as folhas ricas do verde mais preguiçoso, Marcel Pretre defrontou-se com uma mulher de quarenta e cinco centímetros, madura, negra, calada. (...)
Nos tépidos humores silvestres, que arredondam cedo as frutas e lhes dão uma quase intolerável doçura ao paladar, ela estava grávida.Ali em pé estava, portanto, a menor mulher do mundo. Por um instante, no zumbido do calor, foi como se o francês tivesse inesperadamente chegado à conclusão última. Na certa, apenas por não ser louco, é que sua alma não desvairou nem perdeu os limites. Sentindo necessidade imediata de ordem, e dar nome ao que existe, apelidou-a de Pequena Flor. (...)
Foi, pois, assim que o explorador descobriu, toda em pé e a seus pés, a coisa humana menor que existe. Seu coração bateu porque esmeralda nenhuma é tão rara. Nem os ensinamentos dos sábios da Índia são tão raros. Nem o homem mais rico do mundo já pôs olhos sobre tanta estranha graça. Ali estava uma mulher que a gulodice do mais fino sonho jamais pudera imaginar. Foi então que o explorador disse, timidamente e com uma delicadeza de sentimentos de que sua esposa jamais o julgaria capaz:

— Você é Pequena Flor."
Clarice Lispector
( leia "A menor mulher do mundo" na íntegra no http://claricelispector.blogspot.com/2008/04/menor-mulher-do-mundo.html )
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Grupo Corpo. Ímã.
Quanta centena de corpo ali sentado descolado do corpo e aglomerado no palco. No palco, tanto corpo passeia por cores e ritmos. Tanto contido e gritado no corpo expressado. No meu corpo, tanto sendo feito. No meu corpo, tanto por fazer. Um santo querido diz que se não fosse mulher seria brinco. Sim,sim. E eu se não fosse matéria queria ser dança. Pra brincar.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Like

Fotopresente para quem me falou da vontade de manifestar
o gosto sem ter que fazer uso da palavra. =)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Só conto o milagre
"Roda viva gravado, acabou."
"Você encontra ela por decibéis."
"EX-TRA-TO-DE-PRÓ-PO-LIS!"
"Fecha os olhos e dança."
"Levei uma lambida na orelha."Disse com o dedo no ouvido e com a tranquilidade de quem conta que,sei lá,tropeçou.(Devo dizer que esse é o tipo de situação que me deixa estragada para o convívio social por uma semana. Eu viro a estranha que gargalha sozinha em lugares variados. É meu castigo bom por apreciar pimenta nos olhos e orelhas dos outros...rs!)
Na camiseta: "Procura-se sujinho.Dou banho e tosa."
"Praticar fora." (em libras)
"Selo recomendo." (libras tb)
"Blogs são os novos tamagotchis.Se livra disso!"
"Passa altéia com cevada."
"Depois da última acabou!"
"Assim não dá, a gente tem que aprender a cuidar uma da outra."
"Belê/Bené?Na linha canela/gemada?potato/potato..."
"Pelo menos ele não pode dizer que passou pela vida sem ser MUITO bom em algo. Ele brilha na sua ridiculez."
"-Tem que ir,é?
-Bora.Que o tempo urge e o conteúdo é extenso.
-É como aquela: "A estrada é longa,o caminho é deserto."
-É vero...isso é o que?João Gilberto?
-Não.Chapeuzinho vermelho."
"Com ph fica assim,mais arcaico."
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Por que eu amo a fal - Parte quantasmesmo?

"Arrumar papeizinhos e gavetas e lápis de cor (sim, eu tenho montes e uso tudo) e brilhos labiais de sabores diversos e bilhetes variados e notas fiscais da tinturaria e zilhões de bloquinhos de post it e milhares de cartelas começadas de aspirina e ponstan e dorflex e moduretic e dormonid e tilex (é uma casa de viciados senhores, deixem-nos em paz) e os exames do Comidinha de Cachorro (tadinho do meu esquilinho) e espelhinhos vários e caixas de fósforos e fotos sem álbum e números de telefone misteriosos anotados sem nome e milhares de clips (graças a deus, eu precisava tanto) e artigos dobrados e notas de vinte dólares (precisa mesmo fazer cpi nesse drops, tá brotando dólar aqui) e meu maço de free que eu chorei outra madrugada de dor e insônia porque não encontrei (claro que vc sabe que eu chorei por outras coisas) e duas balas de menta meladas e esquisitas e uma receita de panqueca anotada no cardápio da pizzaria e uma carta que ele me mandou da itália já lá se vão quinze anos (meia carta, na verdade, sem envelope, uma folha só, na frase "minha mãe me levou ao..." a carta acaba, sabe deus o que havia na outra folha, e porque esse destroço está guardado aqui - no café da manhã, Ana Banana me pergunta 'Regrets?', assim, em inglês mesmo, porque ela é A fina, e eu pude olhar nos olhos verdes dela e dizer que não, amém) e dois trecos de tinta de impressora e montes de rolos de fita crepe e um bloquinho do receituário antiiiiigo do meu pai e dois tubos de rímel preto e eu xingando que tava sem nenhum e ampolas do treco de dar vacina na gata e o recarregador da máquina digital e dois sabonetinhos de motel e quatro carretéis de linha branca e uma caixa de cd quebrada sem cd e dois grampeadores e um furador antigo e algumas borrachas e apontadores e canetas boas com e sem tampa e uma fota do Bernardo recém nascido e velas em diversos formatos e meu gravadorzinho e o controle remoto do dvd que tava desaparecido há semanas tantas e tantas coisas em duas gavetas, minhas ilhas de bagunça numa casa de caixas e estantes e outras gavetas e armários imaculados, não deixa de ser engraçado, duas gavetinhas bestas conterem toda minha desorganização mental. Passei até lustra móveis por dentro das bichas." Fal Azevedo
roubado dos arquivos idos do Drops... porque ela deixou e eu roubo mesmo! RÁ! ("RÁ!" tb roubado, by the way...)
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Serviço de utilidade MTA
No seu novo percurso de corrida você atravessa umas vinte ruas de mão dupla,coladas em rotatórias. Em dois meses de observação, média de três corridas por semana, o dado estatístico é o seguinte: 98% dos carros que diminuem a velocidade ou param pra você passar são dirigidos por homens. 98%!! E todo dia, juro, todo dia, sem sacanagem, uma filha de deus (viram com sou phina?) literalmente ACELERA para dificultar sua passagem. Outrageous. Diz um tanto sobre a (não) irmandade feminina. Hum. Francamente, minha gente. Fico envergonhada.Fica difícil nos defender de clichês maldosos. Fica impossível fazer parte desse "nós" aí. Eu me recuso. E é isso.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Presente palavrado
"Lutar com palavras é a luta mais vã.Entanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio,apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça. Insisto, solerte. Busco persuadi-las. Ser-lhes-ei escravo de rara humildade. Guardarei sigilo de nosso comércio. Na voz, nenhum travo de zanga ou desgosto. Sem me ouvir deslizam, perpassam levíssimas e viram-me o rosto. Lutar com palavras parece sem fruto.Não têm carne e sangue…Entretanto, luto.Palavra, palavra(digo exasperado), se me desafias, aceito o combate.Quisera possuir-te neste descampado, sem roteiro de unha ou marca de dente nessa pele clara. Preferes o amor de uma posse impura e que venha o gozo da maior tortura.Luto corpo a corpo,luto todo o tempo, sem maior proveito que o da caça ao vento.Não encontro vestes,não seguro formas,é fluido inimigo que me dobra os músculose ri-se das normas da boa peleja.Iludo-me às vezes,pressinto que a entrega se consumará.Já vejo palavras em coro submisso,esta me ofertando seu velho calor,aquela sua glória feita de mistério,outra seu desdém,outra seu ciúme,e um sapiente amor me ensina a fruir de cada palavra a essência captada,o sutil queixume.Mas ai! é o instante de entreabrir os olhos: entre beijo e boca, tudo se evapora.O ciclo do dia ora se conclui e o inútil duelo jamais se resolve. O teu rosto belo,ó palavra, esplende na curva da noite que toda me envolve. Tamanha paixão e nenhum pecúlio.Cerradas as portas,a luta prossegue nas ruas do sono." Carlos Drummond de Andrade
Obrigada,meu bem... você que entende minha cartilha... bom saber que não sigo sozinha em meus embates palavreiros "nas ruas do sono"...seguimos eu, o moço drummond e essa sua energia colorida.Você é um presente novo a cada dia, Coquine!Agradeço...
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Trilha segundeira
Sim,sim...porque a segunda sacolejante ainda não acabou!Salve salve Criolina e La Cartelera ska! Rá!
"Sente este samba quente que é muito legal
É super pra frente, é bem genial
Embalo como este só quem vai curtir
Quem não se machucar quando deixar cair
Por isso vem, vem...embale na nossa
Este balanço tira qualquer um da fossa
Ele é um barato e é da pesada
Esse é o famoso 16 toneladas
Eu bolei o ano inteiro este samba pra frente
É gostoso paca, é um samba decente
Segure esta conversa, segure a jogada
Quem não gosta de samba não gosta de nada
E a curtição no samba empolgado
É o flamengão num estádio lotado
Turma da pesada que segura a parada
Esse é o famoso 16 toneladas
Eu já dei o meu recado agora vou me mandar
Vou refrescar a cuca pra poder incrementar
Porque cuca cansada só dá confusão
Onda de pirado deixa a gente na mão
Por isso nem vem, não vai me encontrar
Agora estou na minha pois estou devagar
Já disse o que queria a toda rapaziada
Ai, oh ... é o 16 toneladas" Noriel Vilela
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Da cor
Fitas finas de cetim de quase toda cor se enrolavam escondendo a madeira escura da cadeira. E aquele arranjo de cores tirou do objeto sua função principal. Pelo menos era assim que eu a via. Seria incapaz de sentar-me ali. Não era mais cadeira, era coisa outra admirável. O fascínio pelo colorido combinado com uma frase de Lispector grudada na cabeça me fez ficar ali por algum tempo. Abri a bolsa gigante, escrevi uma dúzia de palavras no verso do talão de cheques, calcei os sapatos vermelhos e fui lá sentir a textura escadinha do cetim. Indo com o polegar... voltando com o indicador. Sentido da cor. Desisti da maçã. A poesia visual me bastou.

domingo, 12 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Caleidoscópio
Rosí me emprestou um livro para ser o terceiro do trio da vez. E ele veio a mim cheio de grifos, setas e anotações. Adoro. Adoro ler livro lido, que traz no papel o dedo e o olho do outro. Você lê quem escreveu, quem leu e vai também construindo sua leitura. Sim,sim. É mais que sabido que a leitura é construída. Dia desses mostei pro Sean uma frase que escrevi no torpor quasesonâmbulo da madrugada e, o que pra mim foi doce e libertador, ele leu como pesado e opressor. E ninguém está errado. A palavra é caleidoscópio pro olho do leitor. A palavra pertence mais a quem lê do que a quem a escreve. Bonito isso, esse desprendimento da palavra. E adoro ver como Sean me lê, e ler como leu Rosí. E anotar meus comentários nesse caderninho para em tempos outros lembrar o que já esqueci, lendo tudo diferente. Ai, a palavra. Que encanta e cala e grita e represa e liberta. Embriaga.
Palavra uma. Sentidos mil.
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Cadê a primavera??
Passou batida? Porque o verão parece ter chegado chegando...MUITO calor!!
Reclamo não...Bom sim,sim... =)
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Capitoso som
Pluscuamperfecto!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Hã,biloute?
Férias pra que te quero.
Dinah Washington cantando Bessie Smith...yes sir,yes sir,humrrumrrum!
Margot quer nadar. Eu também.
Correr sob esse céu e ver o sol nascer laranrosajado...tem preço não. Vale o levantar na madrugada.Vale o joelho que dói.
Todo mundo tinha que ter uma Ana. Deveria ser pré-requisito básico para andar sobre duas pernas por aí.
There's something about the way you move that soothes my anxiety and whets my curiosity. Despacito.Tenho dito.
Luzita, amei o quéricóra! Incorporei,vou mandar bordar na camiseta(como diz a Fal!) e adotar como nome do meio.Ruim por aí,né? =)!Beijo!Beijo no du!
Momento histórico com Sil e Rosí. E Sil,ei,psiu...aqui não deixou de ser sua casa.É só vir,viu? Sua presença é sempre uma alegria, "gurua"querida!
Alicinha,me segura...
Será que Coquine volta?Ou melhor, será que Coquine fica??Aff...
Rosí, sem comentários,né?Muito bom sim,sim!
Jeann e Bela, delícia de companhia...
E meu intervalo acabou...
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Segundo

"Ponha-se no seu lugar". Sim,sim. Ponho-me. Uma amiga sempre diz que não faz parte das estatísticas e faço das dela minhas palavras. Meu lugar não é padrão. Meu lugar é paralelo. Meu lugar não está na caixinha. Não anseia rumos ditados e não é papel assinado. Ele segue outros sabores. Meu lugar é descabelo ao vento. Ele é terra de tempo intenso. Meu lugar é desemplano, despretensão, desprendimento. Meu lugar está em curso, em constante treinamento. E nele é claro o valor do que realmente importa. Ele permite trânsito. Meu lugar é meio assim,um lugar sem porta. Me acolhe no choro saudável, me beija molhado sob o sol amarelo e me sacode pro sacode diário. Meu lugar é fluido. Meu lugar não é solitário. Tem flores...e é um em vários. Meu lugar só concebe a espera natural. A espera forçada me tira do meu lugar, me migalha. Meu lugar tem cheiro de chá, gosto de café forte e tempero de gengibre. Meu lugar muda de gostos. E gosta. Meu lugar mostra os dentes. Meu lugar às vezes me morde. E carrego a marca da ferida como troféu. Meu lugar é único. Meu lugar é meu. E só sinto que genuinamente sou eu quando me ponho no meu lugar. E vivem tentando me colocar em outro, me tirar de lá. Pra quê? Não,não. Ponho-me, sim, no meu lugar.

"Por favor meu ego não dê força ao prego
Que nos põe contra a parede pra nos afogar de sede
Chove chuva na sua boca e você não bebe
Há palavras, existem letras
Mas você não forma as frases loucas que cultiva por aí
Fale pelos cotovelos, e pelos joelhos
Me critique sem razão, se omitir não vale a pena
Mas não polua minha cultura
Não venha dividir comigo sua auto-censura
Me desencontre, não me prostitua
Senão seremos mais uma carcaça e desgraça por aí..."
Roberto Carlos e Erasmo Carlos

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Nada urgente
Normalmente escrevo quase que de forma compulsiva.Mas,de tempos em tempos,chega a mim um ou outro dia atravancado.Minha cabeça não pára de escrever...mas nada cai no papel.E o remédio para que as palavras caiam e que a mente não vire um redemoinho tempestivo é um só:ler.Um texto ou uma poesia ao acaso.E aquilo que leio parece sempre estar relacionado com o que me move naquele momento.Aí a porta se abre e consigo organizar em letras o que sinto.Hoje foi assim.Um poema de Eugênio de Andrade,sobre a urgência das coisas,provocou um dilúvio de indagações e meia dúzia de constatações sobre o urgente.O urgente é motivado, determinado... mas meio burro. A carga de ansiedade ali socadinha impede que as coisas sejam percebidas com clareza. E nós,nas nossas urgências, guiados pelos holofotes falsos do imediatismo,acabamos dando cabeçadas bobas.Tropeçamos em sinais de aviso gritantes e esquecemos o já sabido. Aff, que bobagem. Deixemos as urgências para os prazeres simples (e essenciais!).Urgente é respirar o sol que nasce,é o suor que escorre da corrida,é cair no rio depois da trilha,é sorrir e distribuir "bom dias" aos emburrados,é comer com gosto a comida do prato,é sentir a água do banho molhando o cabelo.Urgente é rir.Urgente é qualquer abraço espontâneo e bem dado. Para os desenrolares mais complexos,nada de urgência.Para eles, pequenos passos. Persistência e paciência....
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Mil vezes Pessoa
"Para ser grande, sê inteiro:
Nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda brilha,
Porque alta vive." Fernando Pessoa

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Trilhinha sexteira
"Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar no meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara é só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar no meu infinito particular..."
Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Só conto o milagre
"Urra que essa faixa tem efeito num raio de pelo menos 5km."
"Cola na faixa!"
"Ele fez o curso..."
"Botem fora teus prozacs.É um novo mundo que se abre."
"Bah, pasta TMR na mão."
"Ele é forte na essência mas fraco na atitude."
"Eu sou seu assessor para respostas absurdas que nunca serão dadas."sim,sim
"A tinta crítica vai ficar boa aqui."
"Quito é uma orquestra de galos."
"A pessoa se mata e fica esperando que o outro morra também."
"Tomo de conta de tudo."
"Ninguém me falou de mergulhinho nenhum!!"

"92 94 96"
"Com transformador?"
"Todo mundo integrado,aquela coisa horrorosa..."
"Não,obrigada."
resposta para a mão esticada...rs cavalar!
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Aí...
Vem a assessoria e diz: "Você deveria ter dito "nem obrigada"."
E seguem risos desatados...ai,ai...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Quartinha
Já?? =)
E começou com céu azul estampado de amarelo vibrante, música e dança ao levantar (mas já?), pequenas boas surpresas, café forte, palavras doces que vêm de longe e, só pra completar, encontro com o camisacheguei na entrada do prédio...que me deu bom dia com a seguinte frase: "Que beleza...alegria veio hoje embrulhada pra presente...".Vê se eu aguento??Subi as escadas rindo do meu grande laço verde que enfeita o pescoço.Presente.
Que alegria mais um dia...