terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Vá feliz, 2013!
Foi um ano como outro qualquer. Pelo menos é o que parece. Curto demais e longo que só; abominável no que trouxe de ruim e memorável nas doces alegrias (das grandes às pequeninas); gente se desentendendo e partindo pra outra, gente se reconhecendo e seguindo adiante; choros quicantes e risos soltos; frustrações e êxitos; trabalho demais e viagens de menos. Mas, vendo com olhos de lupa, não foi um ano como outro qualquer. Porque um olhar mais atento consegue perceber que cada experiência é única, mesmo quando aparentemente repetida em pessoas e circunstâncias e tempos e espaços. E cada uma delas foi fruto das nossas escolhas e, também, daquilo que nos escapa, que é da vida. Que bom que vivemos o 2013, esse ano qualquer e esse ano único, na sua riqueza de oportunidades e aprendizado. E que venha 2014. Para ser bem vivido também. =)
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Rádio Plutão
músicas pra romper ano - parte 2 =)

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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Sexta feira
disseram que ela não vinha. olha ela aí. =)
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Rádio Plutão
Músicas para romper ano - parte 1

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013


Hã, Biloute


 peguei lá no capiela =)

¨¨ Boto fé que, eventualmente, vai chegar a segunda feira em que eu não soltarei um queroso "ah, cadê o 3º dia do fim de semana?". Eventualmente. Não foi nessa.
¨¨ Aberta a temporada de confraternizações 2013. Que Santa Maria do Sorrisinho-Quero-ir-Embora-Daqui-Oh-Please nos proteja.
¨¨ Na boa, tem gente que não quer resolver seus problemas. O empenho é todo na manutenção e agravamento dos mesmos. Aí eu fico ali ouvindo (ouvir é só o que se pode fazer) e cantando silenciosamente o álbum "Ganhe-se pouco mas é divertido" da Cristina Buarque na minha cabeça. Porque né, se a voz da Cristina não melhorar a frequência do ar nada mais o fará.
¨¨ Tenho uma paixão nada secreta por outro que não o maridão. Marley é o cachorro do zelador do prédio onde moro. Ele é lindo, fofo, preto, festivo e simpático. Eu AMO aquele cão e torço loucamente para vê-lo toda vez que chego ou saio de casa. Parece exagero e é. Tô nem aí. =)
¨¨ Ói só que interessante esse texto sobre sexismo e cores. Clique aqui.
¨¨ Ontem uma colega dos tempos idos de Uberlândia que reencontrei na Roda de Gestantes (oi, Taiza =)) postou uma foto de sua recém-nascida no FB. A pequenina também se chama Isabela, é cabeludinha e dotada de uma lindeza sem fim. Uma fofura ponto. Aí bateu um mix de sentimentos: uma alegria GIGANTE pela Ilara e sua pequenina cheia de saúde e uma pontada fina de tristeza pela minha gravidez interrompida. O bom é que  a dor pelo que é meu dói, eu digiro, e passa, enquanto a alegria por elas fica. Que bom que é assim.
¨¨ Tapioca. Quem ama mais do que eu? Quem? Quem?
¨¨ Uma quinta leve a todos vocês. =)
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Amada Blogosfera
"Não-Retrospectiva 2013
Em 2013, não protestei contra a corrupção, não dancei até o chão, não frequentei estabelecimentos top, não conheci gente diferenciada, não ouvi a mais nova diva da MPB, não emagreci, não engordei, não argumentei que tenho um amigo negro, não argumentei que tenho um amigo gay, não me indignei com o preço do tomate, não reclamei do IPTU, não reclamei do BBB, não desapeguei de bens materiais, não vivi uma vida mais simples, não fui sexy sem ser vulgar, não experimentei a nova água sabor maçã da Bonafont, não chamei ninguém de petralha, não chamei ninguém de tucanalha, não aplaudi a bandeira do Brasil no prédio da FIESP, não assisti ao julgamento do mensalão, não assisti a nenhum jogo da seleção, não otimizei o currículo, não tretei no tuíter, não suportei o calor, não compartilhei Clarice, não agreguei valor.

E que venha 2014, quando pretendo não fazer o dobro de coisas que não fiz em 2013."

Camila Pavanelli, escrevendo que é uma beleza aqui =)
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Rádio Plutão
sobre. que pegue como bocejo. =)

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013


Enpentenpendeupeu? ou castaway (vai com dois títulos mesmo)

Dias desses assisti a um episódio de Medium (amo. amém, netflix que armazena tudin ali pra mim. =)) em que a Allison passa a entender bulhufas que os outros dizem. As pessoas falam em inglês mas por um motivo x (que não vem ao caso aqui) ela ouve as palavras em uma língua desconhecida. Fiquei pensando nisso. Fiquei pensando na dificuldade de comunicação e entendimento que parece imperar no nosso dia-a-dia.

Na terça feira passei em uma loja para encomendar uma torta e juro que me senti caída em um planeta país estrangeiro. Entrei na fila (eu era a primeira, ói que beleza) e fiquei aguardando a moçoila chegar para anotar meu pedido. Outras pessoas foram chegando e uma mulher parou ao meu lado ao invés de ir pro fim da fila. Até aí tudo bem. Um funcionário da loja avisou que uma outra fila seria formada lá fora para o mesmo propósito, as pessoas que estavam atrás de mim foram pra lá e eu não fui, claro, porque era a primeira daquela fila ali. Quando a moçoila chegou e perguntou quem era a primeira, a mulher ao meu lado, cheia de topete, começou a ditar seu pedido. Depois de um minuto de choque (não sei como ainda me espanto com essas coisas) informei à funcionária de que EU é que de fato tinha chegado primeiro. Ela me ignorou e continuou a anotar o pedido da mulher, talvez por eu ter falado baixo, com gentileza e ter cara de boazinha enquanto a mulher fura-fila respirava arrogância e tinha pinta de rica, ou talvez por outro motivo qualquer, vai saber. Fiquei em choque de novo (eu não me canso), e seguiu-se o seguinte diálogo:

Eu:"com licença, mas eu cheguei antes de você".
Fura-fila: "mas eu já estava do outro lado da loja escolhendo minha torta, então EU sou a primeira", num tom rude e na linha "legenda- imaginária- com-"foda-se"- embaixo".
Eu: "e enquanto isso eu já estava aqui. na fila. aguardando."
Fura-fila: me vira a cara e diz para a moçoila "continue anotando meu pedido".

Nesse instante, outra funcionária da loja interrompeu e me pediu que eu fosse para a outra fila (para o final da outra fila, atrás de quem na fila anterior estava depois de mim), porque essa seria fechada. Estampei a indignação na voz, expliquei a situação e ela não disse nada. O cara que estava atrás de mim na fila antiga e agora na minha frente na fila nova e presenciou tudo também não falou nada. Só quando eu falei que iria embora ele soltou um "pode passar na minha frente, então" todo trabalhado no descaso. Na boa, HEIN? Certeza que a gente ali estava falando a mesma língua? Fui embora. E a Casa de Biscoitos Mineiros perdeu para sempre uma cliente. Ponto.

E o mesmo acontece em tantas outras situações. "A" vai te pedir uma gentileza e fala como se fosse uma ordem. "B" te pede ajuda e quando você o faz ele se sente incomodado, perturbado (peraí uai, queria ou não queria ajuda?). "C" vive em monólogo verborrágico, sem se preocupar minimamente com o efeito em quem ouve. E por aí vai. Não entendo.

Me dá a impressão de que é tanto individualismo, tanto egoísmo, tanto empenho pra "garantir o seu", tanto foco no umbigo, no próprio tempo e nos próprios desejos, que não sobra energia (nem vontade) pra trabalhar um dos requisitos básicos pra se viver em sociedade: a comunicação. Entender o outro e fazer-se entender. Básico. Fico me perguntando se não estamos, cada um de nós, criando nossos idiomas pessoais e inteligíveis. Ninguém se entende. E não é por que a língua em si é diferente. É, pior, por que ninguém se importa. Sinceramente, não entendo. Nãopão enpentenpendopo.
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Rádio Plutão
abraça essa do the police. pq amo simsim, pq tocou hj no spinning e pq meio que serve de acompanhamento pro texto acima. =)

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Ponteiro

"for the wind" - arte de duy huynh

A dor do outro, a dificuldade do outro, a escolha do outro, o crescimento do outro. Nada disso te pertence. É claro que essas questões influenciam a vida de quem está ao redor, mas elas não estão aí para funcionar como apontador geral de rumos. Cada um tem os seus. E penso que tomar para si o que é do outro, mesmo que com a mais nobre das intenções, traz mais entraves que benesses. Porque uma coisa é se envolver e estar ao lado e prestar auxílio e dar sacodes salutares. Outra é se confundir e puxar a responsabilidade para si. E viver o que é do outro como se fosse seu tem o peso do ar usurpado. Porque tira a autonomia do outro e sobrecarrega o um. É uma forma calada de dizer "eu sei lidar com o que é seu melhor que você". É uma forma de egoísmo. Bom mesmo é conseguir dar um passo de distância e deixar o outro ritmar o próprio passo. Isso demonstra respeito a si mesmo e ao outro. Isso requer confiança. Porque, no fim do dia, cada um é que sabe dos próprios rumos. E eu sei bem qual não é o meu.
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Meu reino inteiro
pela eliminação definitiva de toda e qualquer forma de justificativa.
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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Rádio Plutão
acordando em passinhos. devagar. =)

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Hã, Biloute?
¨¨ Alguém viu essa semana passando? Alguém? Alguém?
¨¨ Tem gente que tem uma gargalhada tão gostosa que dá vontade de pegá-la no ar e guardá-la numa caixinha. Daí, quando a vida estiver meio chué, no meio do dia, no meio do nada, você abre a caixinha e BAM! fica mais leve por estar gargalhando por fora. =)
¨¨ A "senhourinha" fica quietinha me encarando bovinamente por uma quantidade de tempo longa demais para ser contada em números. To-do-di-a-de-se-gun-da-a-sex-ta. Tô vendo a hora em que minha agonia vai me fazer encarar mansamente de volta e soltar um "Pois não?" Pq né, não entendo.
¨¨ Mandela desencarnou. Ouvi no rádio sobre o evento que vai haver em sua homenagem em um estádio onde cabem 95 mil pessoas. Fiquei imaginando ele chegando lá no outro plano, depois de ter cumprido missão tão edificante aqui na Terra, e sendo recebido também com festas e danças e entes queridos e 95 mil pontos de luz brilhando. Felizes céus. =)
¨¨ Alívio é um sentimento que é sentido em cada pedacinho do corpo. E se espalha. E serena.
¨¨ Um excelente fim de semana p'cs. =)
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Rádio Plutão
cada uma dessas palavras. =)

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Querer genuíno

Passei grande parte dos últimos anos usando meu tempo livre pra estudar pra concursos públicos. Já sou concursada, mas sempre cedia aos anseios (mais de fora que de dentro) de TER que passar em um melhor, de TER que ter mais dinheiro. E nas poucas fases que passei sem estudar, carregava uma culpa imensa. Essa culpa me impedia de me entregar por inteiro a qualquer outra atividade. Mas isso enfim mudou. Explico. Descobri que estava grávida no meio do "projeto Bacen" e de um jeito que foi ao mesmo tempo libertador e engraçado. De uma hora pra outra meu pique de estudo, que estava nas alturas, foi lá pro pé. Eu simplesmente não conseguia mais ir pra academia às 6 am, trabalhar 8 horas e depois seguir para o terceiro turno na biblioteca. Passei a sentir um cansaço visceral. Entrei em pânico, com direito a piti e tudo, gritando que era o peso da idade, me sentindo velha, arrasada e incapaz. Duas semanas depois descobri que a razão daquele cansaço e daquele sono não era a "velhice". Eu não estava velha, eu estava grávida. =). Esse episódio foi pra mim a última gota. Sei que tem gente que consegue trabalhar + estudar sem peso, mas esse não era o meu caso. Eu vivia frustrada e fingia que estava tudo bem. Mas não finjo mais. Decidi parar de estudar no dia em que peguei o beta HCG positivo. E me senti livre. Como se finalmente eu estivesse fazendo o que eu queria e não o que eu queria querer. Me senti livre. Sei que posso mudar de ideia a qualquer hora, mas agora eu quero viver outras coisas, sem pesos nem culpas. A gravidez veio, se foi, e quero me preparar sem pressa para a próxima que virá. Quero sentar no bar sem contar os minutos "perdidos". Agora tenho tempo para escrever mais. Quero ler mais. Estou redescobrindo o prazer de cozinhar. Quero voltar a desenhar. Quero cuidar melhor de mim. Quero viver leve.

Me sinto livre. Livre pra querer o que quero.
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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Hã, Biloute?
simplicidade - arte de jana magalhães


¨¨¨ Existe em minha quadra um espaço que não sei o que é. Talvez seja a Prefeitura da quadra. Suas paredes são cobertas de arte em grafite e uma delas tem apenas uma coruja no canto com o seguinte dizer: "desfeito em cor/ refeito em sol". Acho isso TÃO bonito! Porque às vezes a gente perde a cor mesmo, é parte do pacote de estar vivo. E vejo uma beleza radiante na possibilidade sempre presente de poder se refazer, cada um no seu tempo, cada um à sua maneira. Eu sou do time que se desfaz em choro e se refaz em sol. Refazendo.
¨¨¨ Obrigada Ka, Marcos e Nina pelas palavras de compreensão e força. Obrigada mesmo. Vocês são bem queridos, viu? Beijosdoces . =)
¨¨¨ Beijosempressa pro meu anônimo favorito. =)
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Fica a Dica
pra ler: "o amor está morrendo", de Luciano Ribeiro. (não deixem de assistir ao vídeo!)

pra assistir: excelente filme. inteirinho aqui.

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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Ponto de
O que te faz desabar? Quanto exatamente desse algo vai te fazer desabar? De que maneira te desaba? Não há como saber, como medir. Só se sabe no desabar. E sente-se o baque e quebram-se os ossos e perde-se a fala e faz-se o grito. Paciência e otimismo se desfazem e o cansaço de acreditar passa a reinar soberano.
Eu ontem desabei e desabada fiquei por mais de 12 horas. Quase perdi a fé. Desabada. 

Hoje me pego no que me levanta. E pergunto mais nada.
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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Se 
seu dia começou meio assim meio azedo, entre aqui
Se começou bem, entre também. =)
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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Pois sim
é que existe esse luto, mesmo que a gente não chame de luto nem o perceba como luto. é uma quietude interna que desacelera o passo e marca o tempo, pingado em gota, com alguns picos baixos. é também uma quietude externa que vê pouco da porta pra fora e acha na mão e no peito o ritmo de que precisa. e esse luto só se torna de fato perceptível quando vai achando seu fim. quando chega uma fluidez mais seca e amena. quando se dança e canta na rua sem esforço, com leveza. quando algo que não se sabe o quê faz algo que não se sabe o quê. Só se sabe que é pro bem.
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Alex brilha

"Quem você quer atrair?
Ao invés de me modificar pra atrair gente que não gosta de mim como eu sou, sempre preferi me expor — e, então, receber e amar as pessoas que se aproximam por gostar de mim e do meu jeito.

Quando estava na escola, já gostava de fazer massagens nos pezinhos das meninas, elogiava quando apareciam com a unha feita ou com alguma bijuteria, demonstrava reparar.

Sim, algumas não gostavam da atenção – e eu, naturalmente, por respeito, nunca mais falava nada no gênero com elas.

Imagino que algumas deviam me chamar de mil nomes pelas costas – mas e daí?

De vez em quando, chegava uma mais curiosa, instigada, fascinada. Queria saber mais. puxava assunto. Perguntava o que achei do esmalte. Dizia coisas como, “Pôxa, como é que você fez massagem no pé da Lívia e não no meu?”

E assim começaram praticamente todas as experiências sexuais da minha adolescência.

Os amigos homens perguntavam (na verdade, zoavam): “Mas, Alex, vale a pena alienar (acho que a expressão que usaram foi “pagar de maluco”) pra todas as meninas da escola só pra pegar três ou quatro?”

E eu respondia: “Claro. Pra começar, não tenho como “pegar” todas as meninas da escola. Nem quero, aliás. Quero justamente atrair as que gostam de mim como eu sou, as que ficaram atiçadas na sua curiosidade, as que são complementares a minha tara, as que gostem de um cara que admira seus pés, as que gostem tanto de ter seus pés acariciados quanto eu gosto de acariciá-los.” (Naturalmente, eu sou muito mais que um cara que gosta de pés e qualquer mulher é muito mais do que um par de pezinhos, ou um par de qualquer coisa, mas esse era só o começo da história, a primeira fagulha de interesse que levava a todo o resto.)

Eu não quero todas as mulheres do mundo: só quero, dentre as que me querem, aquelas que eu também quero de volta.

Eu me revelo justamente para descobrir quem vai bailar comigo e quem vai se encostar na parede. Muita gente me acha esquisito? Claro. Essa é a ideia. Não tenho medo de rejeição. Ser rejeitado pelas pessoas certas só faz bem: me poupa o trabalho de espantá-las a pauladas.

Vale a pena afastar mil bois pra atrair uma única leoa.

Nada pode ser mais libertador do que se livrar dessa ilusão de que existe algo que possamos fazer para sermos amados e desejados por todos."
Alex Castro
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Rádio Plutão
cantou ontem e canta hoje. pra semana começar bem. =)

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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A cor da inteireza
Quando descobrimos que a gestação havia parado de progredir, eu e Fred tivemos que tomar uma decisão: fazer a Aspiração Manual Intrauterina (AMIU), procedimento cirúrgico com anestesia local para limpar o útero, ou esperar por um aborto espontâneo. Escolhemos a segunda possibilidade. Escolhemos esperar pelo natural. A data limite era hoje mas na segunda-feira a espera chegou ao fim. A mãe natureza soprou sua sabedoria e meu corpo entrou em processo abortivo. Alívio e tensão ali misturados. Não vou pintar o dia com cores imaginárias, tentando poetizar aquelas horas carregadas. Foi P U N K. Assim mesmo: com letras cavalares e espaçadas. P U N K. Mas deu tudo certo. Contrações, pânico, vermelho de rio que corre e se espalha sem margens, hospital às pressas, medo, forças e fraquezas todas expostas, mas deu tudo certo. Sem medicamentos nem intervenções. Como a gente queria. Escolhemos certo e nos saímos bem. Saímos mais fortes, mais unidos. Saímos com um certo vazio mas mais inteiros. Inteireza. Inteireza que abre as cortinas e bebe luz. Inteireza que repousa.
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Rádio Plutão
caminha carmim. e acha bonito.


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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Punho
o fim da queda. mas não ela em si. ainda não. primeiro, o longo ou curto tempo derradeiro que a antecede. o tempo aberto. o tempo no qual já temos a clareza do limite próximo. o tempo em que o vento bate no rosto mais forte e mais brando ao mesmo tempo. o tempo de frios e calores que vêm com os picos de ansiedade. o tempo imóvel, estático. o tempo que corre. o tempo da adrenalina típica que antecede o confronto. o tempo de olhos acesos diante da proximidade da esperada resolução. o tempo bom, mesmo quando ruim. o tempo do peito estufado, pronto. o tempo do quase lá mas ainda não. ainda não. agora sim. o fim da queda. a queda.

mudança, enfim.
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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Hã, Biloute?
maria antonieta II - arte de jana magalhães

¨¨ Chuvinha gostosa caindo do céu da capital... =)
¨¨ Meu cabelo e a umidade: ocupando desordenadamente espaços vazios desde 1976. rs.
¨¨ Bonito é quando os dias melhores começam a se fazer mais presentes que os dias piores.
¨¨ Essa noite tive um sonho de mal gosto. Sonhei que chegava de uma viagem longa mas ao invés de voltar para o hoje eu voltava para um ponto do meu passado. E olhava pra aliança no meu dedo e tentava explicar para as pessoas que não era para eu estar ali e não conseguia sair dali e virava do avesso de tanta angústia e tudo o que mais queria era ir pra casa. Acordei aliviada. E acho que o sonho veio só pra reforçar o quanto amo o meu agora.
¨¨ Ouvi na CBN o caso do gigante desvio de verba feito por auditores do estado de são paulo. É triste o fato desse tipo de crime nem nos espantar mais, de tão comum. Mas se há algo que sempre me espanta é o tamanho da ganância do ser humano. Sabe qual é a remuneração de uma auditor em sp? Na boa, precisa de mais? Precisa roubar (roubar!) dinheiro público pra ter mais? Por que funcionamos nesse moto contínuo de insatisfação em relação ao dinheiro? Quem tem X quer 10X, quem tem 10X quer 100X e daí por diante. Por que o que temos nunca é suficiente, independentemente do quanto temos? Acho espantoso.
¨¨ M&Ms amendoim. Alguém amarre minhas mãozinhas, please.
¨¨ A espera. A linha tênue. Os pequenos avanços. O amor no peito.
¨¨ Uma quarta aconchegante para todos os que aqui passarem. Beijodoce. =)
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Rádio Plutão
segue em dia sim, dia não.

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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Carpinejar

Não existe dia ruim
"Não existe dia ruim. Sempre há chance do dia ser feliz. Mesmo que seja tarde. Mesmo que seja de madrugada. Uma gentileza salva o dia. Um bife milanesa salva o dia. Uma gola branca e engomada salva o dia. Uma emoção involuntária salva o dia.

Nunca o dia está inteiramente perdido. Não devemos acreditar que uma tristeza chama a outra, que se algo acontece de errado tudo então vai dar errado. Lei de Murphy não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

Confio no improviso, na casualidade, no movimento das cortinas na janela.

Até o último minuto antes da meia-noite, você pode resgatar o contentamento. É uma gargalhada do filho diante da papinha, transformando a cadeira num imenso prato. É algum amigo telefonando para confessar saudade. É sua mulher procurando beijar a orelha mandando sinais de seu desejo. É o barulho da chuva na calha, é o estardalhaço do sol na varanda. É encontrar - iniciando na tevê - um filme que adora e já assistiu cinco vezes. É oferecer colo ao seu gato. É planejar uma viagem de férias. É terminar um livro que abandonou pela metade. É ouvir sua coleção de LPs da adolescência. É comprar uma calça jeans em promoção. É adormecer no sofá e receber a coberta silenciosa de sua companhia. É a possibilidade feminina de passar um batom e pintar as unhas. É possibilidade masculina de devolver a bola quando ela sobe a cerca num jogo de crianças.

A felicidade é pobre. A felicidade precisa de apenas um abraço bem feito.

Sigo esperançoso. Não coleciono tragédias. Sofro e apago. Sofro e mudo de assunto, abro espaço para palavras novas, para lembranças novas.

Vejo o esforço da abelha tentando sair do vidro, e não sou melhor do que ela. Vejo o esforço da formiga carregando uma casca de laranja, e não sou melhor do que ela. Viver é esforço e nos traz a paz de sonhar – querer não fazer nada é que cansa.

Não existe dia que não ganhe conserto. Não existe dia morto, dia de todo inútil.

Não desista da alegria somente porque ela se atrasou. Pode ter recebido esporro do chefe, ainda assim a hora está aberta. Comer um picolé de limão é capaz de restituir sua infância.

Não encerre o expediente com o escuro do céu. Pode não ter grana para pagar as contas e ter que escolher o que é menos importante para adiar, ainda assim é possível se divertir com o cachorro carregando seu chinelo para o quarto.

Quando acordo com o pé esquerdo, sou canhoto. Não existe dia derrotado."
Fabrício Carpinejar
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Rádio Plutão
e o exercício maior.


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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Primeiro passo

Depois que ele não veio muito me passa. Passei a não suportar o espelho de corpo inteiro do banheiro. Passei a interromper as madrugadas com choros de sirene ligada. Passei a perder meus olhos em um ponto de ar e ali ficar. Passei a fazer pausas no banheiro: cotovelos nos joelhos, mãos emoldurando o queixo e minutos em quietudes cheias de nada. Passei a precisar desses nadas. Passei a achar normal a rotina de um dia incrivelmente macio ser seguido por outro visceralmente difícil. Passei a chorar só de ver um amigo querido no trânsito. Passei a conhecer outro tipo de saudade. Passei a construir um novo significado pra palavra "vazio". Passei a ver no básico um desafio. Passei a rezar mais. Passei a pedir menos.

Passo pra deixar passar.
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sábado, 26 de outubro de 2013

Além
Já disse aqui o quanto a gravidez veio de forma tranquila, natural. E assim também ela se foi. Sem ansiedades, sem medos, sem sangramentos, dores fortes, quedas, traumas ou corridas às pressas para o hospital. O embrião simplesmente parou de se desenvolver. Assim. E ouvi e vi essa notícia pela médica durante a ecografia, na sala de exames, com o Fred ali do meu lado segurando a minha mão.
Não sei falar do tamanho da minha dor. Ela é e ponto. O que eu sei é que ela vai passar. E sei bem, muito bem, que na verdade eu só tenho a agradecer. Esses dois meses de gestação transformaram minha vida de maneira TÃO positiva. Aquela alegria única, o carinho que brotava de todo canto e um monte de outras coisas boas que não têm nome trouxeram para os dias a combinação perfeita das cores todas. E tudo que aprendi nesses dois meses me ajuda a entender a dor de agora. Não há revolta nem gritos de "por que?" pelos ares. Eu entendo. Entendo que cada acontecimento, bom ou ruim, tem seu propósito no nosso processo de crescimento, na nossa caminhada evolutiva. Só tenho a agradecer a Deus por tudo. A dor de agora vai passar. Esse aprendizado não. Agradeço.


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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Gravidez paranoia 
A metade cheia do copo. Foi sobre isso que conversamos hoje no almoço, sobre como cabe a nós escolher a maneira de ver as coisas. Vivo um momento de plena fluidez em que parece que tudo foi se encaixando, cada pecinha empurrada por força divina, para que esse momento chegasse assim. A gravidez veio rápida, sem ansiedades e trouxe uma alegria que não cabe no papel. A oportunidade de nos mudarmos para um espaço maior, melhor e com o mesmo custo também nos veio como presente. O amor e a harmonia imperam em nossa casa. As noites têm sido bem dormidas e os dias bem vividos, com o entusiasmo de quem agradece por cada pequeno detalhe que compõe o agora. É assim que eu vejo e sinto esse momento. Acontece que o olho de fora não vê nada assim. O olho de fora só vê a metade vazia do copo. E essa metade vazia é cheia de tudo de ruim que pode acontecer e, pior, pode JÁ estar acontecendo comigo. É a visão da gravidez paranoia. É um desfile de possibilidades de problemas na gestação, no parto, nas minhas escolhas, nos meus cuidados, no meu pensar, no meu agir. É todo um campo negativo que, com o intuito (ao meu ver incompreensível) de "ajudar", vem para minar minha confiança e afastar a leveza que mora comigo. O mais triste é o fato dessa atitude vir de pessoas que tanto amo. Mas o lado positivo é saber que eu não preciso me sujeitar a isso. E hoje decidi que não há espaço na minha vida para essa negatividade e que não vou me afundar em medos que não são meus. Eu escolho saúde e tranquilidade. Escolho seguir com o coração leve para curtir e enfrentar o que quer que venha pelo caminho. Eu escolho e exijo respeito. Escolho viver a beleza cheia do copo. 
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Rádio Plutão
tb acha bom voar... 
"E decidi que a vida logo me daria tudo
Se eu não deixasse que o medo me apagasse no escuro"


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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Serviço de Utilidade Pública MTA constata: (em efeito cascata)
A mãe natureza é ladina (oi will) simsim.
Se sua menstruação atrasar e você sentir arrepios profundos quando colocar a mão na barriga, é hora de fazer um beta hcg.
Se a legendinha do exame diz que ele é positivo acima de 50 e seu resultado deu 6579, não há dúvidas: você está grávida.
Alegria genuína.
É todo um novo universo que se abre. Os problemas de antes ficam diminutos.
Você não sabe nem 1% do que precisa saber sobre o trem, está diante do mais ilustre dos desconhecidos, e mesmo assim se sente literalmente entorpecida por um amor sem nome.
O espaço de tempo entre "estou bem" e "preciso fazer xixi AGORA" é de, em média, 30 segundos. rs.
O sono avassalador te faz dormir absurdamente bem noites inteiras. É a glória dourada de qualquer insone.
As manifestações de carinho brotam de pessoas mil, de todas as formas imagináveis. É lindo.
Estudar outras coisas se torna tarefa impraticável. E você nem liga.
É do tamanho de um grão de gergelim mas traz todo o sentido do mundo.
Iei. =) 
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Rádio plutão
e o "grande amor escondido no buraco do umbigo". =)

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Rumo ao 36º dia
mãe natureza, sua linda, vê se apruma.

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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Pois sim

"Não adianta ficar triste." Pois não adianta não ficar. Não adianta negar a existência do que há de ruim, negar o peito que respira torto, negar o peso do ar. Uma coisa é se entregar ao sentimento negativo de tal forma que a vida entre em um moto-contínuo de dor. Outra é se permitir sentir o sentido, deixar o rio fluir, seguindo a vida com a energia necessária pra desempenhar nossos tantos papéis sem perder o ritmo. E, no meio da rotina toda, saber parar por um momento. Um momento para simsim ficar triste e refletir e pensar em possibilidades, em mudanças de atitudes.
É preciso um pouco de tristeza quando se está triste. Nada adianta negá-la.
"Panos quentes" é esconderijo. E de nada adianta se esconder.
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Rádio Plutão
sobre o que realmente se quer

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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Mini contos sobre a falta

Fez-se a chuva. Caiu já prevista. E levou de mim até vontades que eu não tinha. Limpou o vidro que embaçava o real e expôs sua cor só. Caiu adversa. Caiu desperta. Caiu despencada.
E deixou quase nada.

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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Trechos esparsos sobre o amor

Eu não o via há anos. E a gente passou a tardinha tomando café e falando sem casca sobre as coisas da vida. Amores dele, amores meus, mudanças, tristezas, risos. Poderia ter ficado por 15 horas ali, daquele jeito. Fui pra casa me perguntando por que a gente se deixa afastar dos amigos que tanto gosta.

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Era a segunda traição em um espaço ridiculamente curto de tempo. Ele ali, chorando os olhos pra fora, pedindo perdão, e a única coisa que eu conseguia pensar era: "Sua imbecil, esse cara não é pra você. Levanta e vai embora agora!" Mas não me levantei. E mal sabia eu que eu iria me chamar de imbecil mais uma meia dúzia de vezes e ainda assim não iria embora. Até que um dia eu fui. E aí ele quase definhou.

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Lembro-me daquela festa de aniversário dele em que eu me atrasei. Todo mundo já tinha chegado, menos eu. Meu atraso não foi por descaso, foi por que eu não conseguia escolher o que vestir. Afinal de contas, era aniversário dele. Quando cheguei, ele me olhou com um olho aflito nunca antes olhado assim e me deu o mais intenso e urgente dos beijos. Nunca me esqueci daquele beijo. Nem tenho planos de esquecer. Do beijo.

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Fazia um frio absurdo e nevava muito. E eu não via graça nenhuma em todo aquele branco espalhado do lado de fora da janela do carro. Ele subiu as escadas me carregando no colo, comprou meu sorvete favorito e ficou fazendo vozes e graças pendurando a colher no nariz. Foi o dia mais difícil da minha vida. E eu ria como uma criança.
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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Presentinho
Quinta feira. Você acorda ridiculamente cedo, passeia com a srta margot e às 6 e 30 da matina já está na academia. Depois, 8 horas de trabalho seguidas por mais 4 horas e 30 de aula (excelente, por sinal. vou mandar bordar na camiseta "microeconomia , eu entendo." rs.) e às 11 da noite você finalmente chega ao aconchego do lar. Faz ninho na cama chamada nuvem e adormece gostoso. Aí eis que às 1 e 30 da manhã, maquinário pesado começa a revirar e virar asfalto na L2 sul, em frente ao seu prédio. E aquele som na linha "ressonância magnética" segue firme, positivo e operante até às 5 am.
O que eu tenho a dizer? Obrigada, GDF, por esse presente madrugueiro, por transformar esse último suspiro da semana em um tormento desafio e por destruir temperar minha produtividade nessa sexta feira. Olha, facilitou muito pra mim, viu?

PS: eu sei que parar a L2 durante o dia seria o caos e que a galera tem é que fazer o trampo de madrugada mesmo. eu sei, eu sei. mas deveria haver um jeito de informar aos moradores para que eles pudessem pegar seus corpitchos cansados e levá-los para bem longe dali. seria mais justo. confesso que me deu vontade de abrir a janela e gritar "ISSO É RIDÍCULO", mas né, tava tão barulhento que nem eu iria me ouvir.

PS2: vou nem contar que o maridão dormiu gostoso por quase todo o tempo no meio daquele furdunço. impressionante. na boa, não sei o que esse homem tem dentro dele que propicia esse tipo de proeza, mas sei que eu quero esse traço aí na prole que virá. ah, se quero! rs.
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Quem não tem ST caça com email 
Iza: (...)

beijo procê e pra bela!
izaamasucoverdecommorangoponto!
Jeann: (...)
 àsvezesficadifícilentenderoquevcescrevenofinal. :)
Iza: kkkkkkkkkk!!!! épartedotreinamentodesobrevivência!!!!!
Jeann: ;)
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Rádio Plutão



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quinta-feira, 12 de setembro de 2013


Sem título
Diz o pai-aquele-on-line: "Linha que marca o fim de uma extensão". Limite. Talvez assim o seja por natureza, por definição, não sei (porque só sei do meu) mas sei que o meu limite é estanque. Não por ser rígido ou egoísta ou surdo ou teimoso ou cansado ou distraído. Meu limite é estanque por ser fruto de uma construção. Ele não nasceu pronto. Ele percorreu passos: deu cabeçadas em tentativas tanto meritosas quanto pífias, repensou escolhas e experimentou calçadas várias. Ele procurou achados entre perdidos e testou flexibilidades. Até atingir o ponto de clareza e poder, com tranquilidade, traçar a linha. É simsim o "fim de uma extensão" de reflexões e discernimentos. Por isso ele é estanque. Ele é a bandeira erguida de respeito a mim mesma. Meu limite sabe que não há espaço saudável além da linha.

Meu limite me sabe bem.
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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Serviço  de utilidade pública MTA informa:
Notícia - Deputados dando tiro na patinha

acabei de ouvir no rádio que a assembléia legislativa do RJ proibiu o uso de máscaras.
e agora, como é que os políticos cariocas vão fazer pra se eleger??

lascou pra eles.

rs! =)
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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Palavra roubada
Excelente excelente excelente texto.

"Por que as mulheres não estão loucas

Você é tão sensível. Tão emocional. Tão defensiva. Você está exagerando. Calma. Relaxe. Pare de surtar! Você é louca! Eu estava só brincando, você não tem senso de humor? Você é tão dramática. Deixa pra lá de uma vez!

Soa familiar?

Se você é uma mulher, provavelmente sim.

Você alguma vez escuta esse tipo de comentário de seu marido, parceiro, chefe, amigos, colegas ou parentes após expressar frustração, tristeza ou raiva sobre algo que eles disseram ou fizeram?

Quando alguém diz essas coisas a você, não é um exemplo de comportamento sem consideração. Quando seu marido aparece meia hora atrasado para o jantar sem avisar – isso é desconsideração. Uma observação com o propósito de calar você – como, “Relaxa, está exagerando” – logo após você apontar o comportamento ruim de alguém é manipulação emocional, pura e simples.

E é esse o tipo de manipulação emocional que alimenta uma epidemia em nosso país, uma epidemia que define as mulheres como loucas, irracionais, exageradamente sensíveis e confusas. Essa epidemia ajuda a alimentar a ideia de que as menores provocações fazem com que as mulheres libertem suas (loucas) emoções. Isso é falso e injusto. Acho que é hora de separar o comportamento sem consideração de manipulação emocional e começarmos a usar uma palavra fora de nosso vocabulário usual.

Quero introduzir um útil temo para identificar essas reações: “gaslaitear“.(pequeno adendo do editor: “gaslaitear” foi uma adaptação do termo gaslighting para o português, para facilitar a compreensão do texto)

Gaslaitear é um termo usado com frequência por profissionais da área de saúde mental (não sou um deles) para descrever comportamento manipulador usado para induzir pessoas a pensarem que suas reações são tão insanas que só podem estar malucas.

O termo vem do filme de 1944 da MGM, “Gaslight“, estrelando Ingrid Bergman. O marido de Bergman no filme, interpretado por Charles Boyer, quer tomar sua fortuna. Ele se dá conta de que pode conseguir isso fazendo com que ela seja considerada insana e enviada para uma instituição mental. Para tanto, ele intencionalmente prepara as lâmpadas de gás (no inglês, “gaslights”, vindo daí o nome do filme) de sua casa para ligarem e desligarem alternadamente.

E toda vez que Ingrid reage a isso, ele diz a ela que está vendo coisas.
Nesse contexto, uma pessoa gaslaiteadora é alguém que apresenta informação falsa para alterar a percepção da vítima sobre si mesma.

Hoje, quando o termo é usado, usualmente significa que o perpetrador usou expressões como, “Você é tão estúpida” ou “Ninguém jamais vai te querer” para a vítima.

Essa é uma forma intencional e premeditada de gaslaitear, como as ações do personagem de Charles Boyer no filme Gaslight, no qual ele estrategicamente age para fazer com que sua esposa acredite estar confusa.

A forma de gaslaitear que estou apontando nem sempre é premeditada ou intencional, o que a torna pior, pois significa que todos nós, especialmente as mulheres, já tiveram que lidar com isso em algum momento.

Aqueles que gaslaiteaim criam reações – seja raiva, frustração, tristeza – na pessoa com quem estão interagindo. Então, quando essa pessoa reage, o gaslaiteador a faz sentir desconfortável e insegura por agir como se seus sentimentos fossem irracionais ou anormais.
* * *
Minha amiga Anna (todos os nomes trocados por questão de privacidade, claro) é casada com um homem que sente a necessidade de fazer observações não solicitadas e aleatórias sobre seu peso.

Sempre que ela fica brava ou frustrada com seus comentários insensíveis, ele responde da mesma maneira defensiva, “Você é tão sensível, estou só brincando”.

Minha amiga Abbie trabalha para um homem que, quase todos os dias, acha um jeito de criticá-la, assim como a qualidade de seu trabalho. Observações como “Você não consegue fazer algo direito?” ou “Por que fui te contratar?” são comuns para ela. Seu chefe não tem dificuldade em demitir pessoas (o que faz regularmente), então seria difícil pensar, baseado nesses comentários, que Abbie trabalha pra ele há seis anos.

Mas toda vez que ela se posiciona e diz “Não me ajuda em nada quando você diz essas coisas”, ela recebe a mesma resposta:

“Relaxa, você está exagerando.”

É muito mais fácil manipular emocionalmente alguém que foi condicionado por nossa sociedade para tal. Nós continuamos a impor isso sobre as mulheres pelo simples fato de que elas não recusam nossos fardos.
É a covardice suprema.

Abbie pensa que seu chefe está apenas sendo um babaca nesses momentos, mas a verdade é que ele está fazendo esses comentários para induzí-la a achar que suas reações não fazem sentido. E é exatamente esse tipo de manipulação que a faz sentir culpada por ser sensível e, como resultado, se recusar a deixar seu emprego.

Mas gaslaitear pode ser tão simples quanto alguém sorrindo e dizendo, “Você é tão sensível”, para outra pessoa. Tal comentário pode soar inócuo, mas naquele contexto a pessoa está emitindo um julgamento sobre como a outra deveria se sentir.

Mesmo que lidar com gaslaitear não seja uma verdade universal para todas as mulheres, nós certamente conhecemos muitas delas que enfrentam isso no trabalho, em casa ou em seus relacionamentos.

E o ato de gaslaitear não afeta só mulheres inseguras. Até mesmo mulheres assertivas e confiantes estão vulneráveis. Por que?

Porque as mulheres suportam o peso da nossa neurose. É muito mais fácil para nós colocar nossos fardos emocionais nos ombros de nossas esposas, amigas, namoradas e empregadas, do que é impô-los nos ombros dos homens.

Quer gaslaitear seja consciente ou não, produz o mesmo resultado: torna algumas mulheres emocionalmente mudas.

Essas mulheres não conseguem expressar com clareza para seus esposos que o que é dito ou feito a elas as machuca. Elas não conseguem dizer a seus chefes que esse comportamento é desrespeitoso e as impede de trabalhar melhor. Elas não conseguem dizer a seus parentes que, quando eles são críticos, estão fazendo mais mal do que bem.

Quando essas mulheres recebem qualquer tipo de reprimenda por suas reações, tendem a deixar passar, pensando, “Esqueça, tá tudo bem.”

Esse “esqueça” não significa apenas deixar um pensamento de lado, é ignorar a si mesma. Me parte o coração.

Não é de se admirar que algumas mulheres sejam inconscientemente passivas agressivas ao expressarem raiva, tristeza ou frustração. Por anos, têm se sujeitado a tanto abuso que nem conseguem mais se expressar de um modo que seja autêntico para elas.

Elas dizem “sinto muito” antes de darem sua opinião. Em um email ou mensagem de texto, colocam uma carinha feliz ao lado de uma questão ou preocupação séria, de modo a reduzir o impacto de expressarem seus verdadeiros sentimentos.

Você sabe como é: “Você está atrasado :) ”

Essas são as mesmas mulheres que seguem em relacionamentos dos quais deveriam sair, que não seguem seus sonhos, que desistem da vida que gostariam de viver.

“Aqui está tudo que precisa saber sobre homens e mulheres: mulheres são loucas, homens são estúpidos. E a principal razão pela qual as mulheres são loucas é porque os homens são estúpidos.” – George Carlin
* * *
Desde que embarquei nessa auto-exploração feminista na minha vida e nas vidas das mulheres que conheço, esse conceito das mulheres como “loucas” tem de fato emergido como uma séria questão na sociedade e igualmente uma grande frustração para as mulheres em minha vida, de modo geral.

Desde o modo com que as mulheres são retratadas em reality shows a como nós condicionamos meninos e meninas a verem as mulheres, acabamos aceitando a ideia de que as mulheres são desequilibradas, indivíduos irracionais, especialmente em momentos de raiva e frustração.

Outro dia mesmo, em um vôo de São Francisco para Los Angeles, uma aeromoça que acabou me reconhecendo de outras viagens perguntou qual era minha profissão. Quando disse a ela que escrevo principalmente sobre mulheres, ela logo riu e perguntou, “Oh, sobre como somos malucas?”.

Sua reação instintiva ao meu trabalho me deixou um bocado deprimido. Apesar de ter respondido como uma brincadeira, a pergunta dela não deixa de apontar um padrão sexista que atravessa todas as facetas da sociedade, sobre como homens veem as mulheres, o que impacta enormemente como as mulheres enxergam a si mesmas.

Até onde sei, a epidemia de gaslaitear é parte da luta contra os obstáculos da desigualdade que as mulheres enfrentam. Gaslaitear rouba sua ferramenta mais forte: sua voz. Isso é algo que fazemos com elas todos dias, de diferentes modos.

Não acho que essa ideia de que as mulheres são “loucas” está baseada em algum tipo de conspiração massiva. Na verdade, acredito que está conectada à lenta e firme batida das mulheres sendo minadas e postas de lado, diariamente. E gaslaitear é uma das muitas razões pelas quais estamos lidando com essa construção pública das mulheres como “loucas”.

Reconheço ter gaslaiteado minhas amigas no passado (mas nunca os amigos – surpresa, surpresa). É vergonhoso, mas fico feliz em ter me dado conta disso e cessado de agir dessa maneira.

Mesmo tomando responsabilidade por meus atos, acredito sim que, junto com outros homens, sou um produto de nosso condicionamento. E que ele nos dificulta admitir culpa e expor qualquer tipo de emoção.

Quando somos desencorajados de expressar nossas emoções em nossa infância e adolescência, isso faz com que muitos de nós sigam firmes em sua recusa de expressar arrependimento quando vemos alguém sofrendo por conta de nossas ações.

Quando estava escrevendo esse artigo, me lembrei de uma de minhas falas favoritas de Gloria Steinem:

“O primeiro problema para todos nós, homens e mulheres, não é aprender; mas sim desaprender.”

Então, para muitos de nós, o assunto é primeiro desaprender como usar essas lâmpadas de gás (referência à origem do termo gaslighting/gaslaitear) e entender os sentimentos, opiniões e posições das mulheres em nossas vidas.

Pois a questão de gaslaitear não seria, em última instância, sobre nosso condicionamento em acreditar que as opiniões das mulheres não têm tanto peso quanto as nossas? Que o que elas têm a dizer e o que sentem não é tão legítimo quanto o que nós dizemos e sentimos?"
Yashar Alino papo de homem
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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

PSs

Silêncio é uma forma refinada de alegria.
Meu alarme é um passarinho cantador que mora na mangueira da frente. Canta que canta bonito. E desperta às 5 am. Amo e abomino loucamente.
Meu nome de filha da Baby Consuelo é "Iracema Perla". rs! Dicas Falzuquianas.
Mantra da semana? "isso não é problema meu.". Pra ser repetido pausada e tranquilamente quantas vezes forem necessárias. (é claro que, convenhamos, só é eficaz se o problema de fato não for meu, pq né, se for, tem mantrinha que resolva não, meus caros. tem é que encarar o trem e sacudir o pelo.)
Preciso de mais 8 hrs por dia ponto.
Sobram "eu"s de um lado, faltam "eu"s do outro.
Perceberam que o universo tá sorrindo mais aberto? Pois sim. É que o Alex Castro estará aqui em Bsb. =). Saiba mais aqui ó: aqui no menos.vc . Eu tô gorjeando iêis festivos. =)
E á, sentindo aquele aperto que liberta.
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Meu reino inteiro
pela combinação pés no chão + corpo solto.
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Rádio Plutão
em maratona randômica.
Parte I
"tudo certinho"

Parte II
quanto los hermanos é muito los hermanos? ou
a la joe cocker yeah. ou
amarante. meu irmão separado no berço. ou
cada uma dessas palavras. ou (e especialmente)
pula, canta, dança e rodopia!


Parte III
mudando o tom e ah, clarice.... =)


Parte IV
saudades deles aqui. ao vivo.

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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Hã, Biloute?
"eu me chamo antônio"
¨¨  Em movimento, pois sim.
¨¨ Férias. Acabam porquê, minha gente?
¨¨ Coisa boa é receber amigos em casa, fazer tapioca juntos, mergulhar em prosa gostosa e morrer de rir de histórias sobre chias ambulantes e petêcos familiares. AMO.
¨¨ Coisa boa também é reencontrar o amigo que há muito não se via e reforçar o já sabido: tem amizade que desconhece qualquer efeito negativo do tempo passado do relógio e da distância geográfica construída. AMO tb. =)
¨¨ Outra coisa boa boaquesó é encontrar Helôzinha de surpresa no restaurante e almoçar saudades festivas. iêi!
¨¨ Quem não escreve nada faz semanas? Quem? Quem? E quem se importa? Quem? Quem? rs!
¨¨ Impressionante o quanto um argumento verdadeiro, humano, é capaz de mudar seu jeito de encarar uma situação. Ao ponto de te fazer topar, com um sorriso genuíno nos lábios, uma empreitada antes impensada. Entrei endurecida na sala, cheia de "nãos", e saí dela virada ao contrário. Bonito isso.
¨¨ Minha lista de palavras preferidas na vida ganhou nova integrante: jacuzzi. yeah.
¨¨ Luti, saudades suas. Será que você ainda acolherá esse pobre coração desnaturado? rs! setembro tá chegando, nêga. Homeland ponto.
¨¨ Vou falar nada sobre a secura sem fim que impera aqui em Brasília. Prefiro deixar beijos e cheiros-flor para os que por aqui passarem. =)
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Rádio Plutão
se espalha na cadência boa da melodia. =)

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Colmeia
 ou por que eu sumi =)

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Por que eu amo a Fal
"Porque uma boa história é a melhor coisa que pode nos acontecer em qualquer dia da semana, em qualquer semana do ano.

Porque é uma delícia poder acreditar, ainda que no escurinho do cinema, ainda que só por algumas horinhas, que o talento será recompensado, que o amor existe, que alguém vai gostar da gente porque sim, que a vida tem solução e que teremos coragem de tacar a lagosta viva na panela com água fervendo.

Porque há manteiga derretendo na frigideira, nalgum lugar do mundo, nalguma frigideira da galáxia.

Porque a beleza nos cerca e tomará conta de nós, se nós tivermos coragem.

Porque nossa falta de rumo também nos paralisa.

Porque cremos, raspadas as várias camadas de dor e ceticismo, que um dia vamos encontrar nossa vocação.

Porque nunca é tarde demais para outra garfada no cheesecake.

Porque os nossos cubículos também nos desesperam, sejam eles quais forem.

Porque gastamos uma grana que não tínhamos em queijo.

Porque nós vamos ver esse filme juntos no cinema (não vamos?).

Porque não somos as únicas a entender os usos terapêuticos do vinho na culinária.

Porque o Stanley Tucci tem olhos encantadores.

Porque enquanto o chocolate derrete num banho maria lerdo, revelações metafísicas nos assaltam.

Porque nós sentimos saudades e choramos enquanto preparamos o molho de tomate do zero.

Porque não estamos sós no nosso desespero quando a maionese desanda e a massa craquela.

Porque, de muitas formas, não estamos sós."

Fal Azevedo
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Meu reino inteiro
por um passo definitivo. sem rés.
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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Carpinejar
"Torço pelo meu amor

Por que a gente não luta por um amor como a gente luta pelo time de futebol? Por que a gente não tem a mesma paciência? Por que a gente não faz a mesma torcida esperançosa? Por que não desfrutamos da mesma garra?

Com o time de futebol, nunca deixamos de estar junto. Ele pode ir para a série C que permaneceremos frequentando o estádio e assistindo aos jogos.

Pode estar quebrado, falido, com salário atrasado, jamais largamos a bandeira, a carteirinha de sócio, a confiança do estádio.

Já com o amor , desistimos rápido. É só o nosso amor cair para a segunda divisão que o abandonamos. É surgir alguma dificuldade, alguma crise, algum contratempo, uma sequência de partidas sem resultado, que desejamos virar a casaca.

Com o time, nunca renunciamos nossa torcida. Nossa equipe pode estar jogando no inferno que continuaremos seguindo a caravana.

Já com o amor, é cair o padrão do jogo um pouco, e já pulamos fora.

Com o time, podemos esperar vários campeonatos, várias décadas, até ser campeão.

Já com o amor, não esperamos nem uma temporada.

Com o time, pedimos a troca de técnico.

Já com o amor, pedimos a falência do clube.

Se o amor fosse futebol, nosso relacionamento estaria salvo.

Torço pela Juliana como se fosse o Internacional, apesar dela ser gremista."
Fabrício Carpinejar
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Excelente

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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Hide and seek

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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Domingo
É só viver. Parece simples e é. Não há segredo a ser desvendado e não estamos nós separados em grandes grupos. Parece que estamos, mas não. É só viver. A questão é cada um saber o que considera viver. Pra você é acumular grana aos montes e morar em uma casona grã-phina? Beleza. Pra você é seguir cada uma das convenções e dos padrões estabelecidos culturalmente? Beleza. Pra você é romper com todos esses padrões e viver no avesso de tudo que lhe foi ditado? Beleza. Pra você é nem pensar em nada disso e viver os dias na naturalidade que lhes é tão característica e tão ausente? Beleza. É só viver.
No fim das contas todos nós teremos nossa quantidade garantida de merdas feitas e nossa quantidade garantida de alegrias conquistadas. Todos vamos falhar e todos vamos nos dar bem, da maneira que cada um escolher. É só viver.
E viver pra mim hoje foi sair da cama às 10 da manhã e tomar um café da manhã bonito. E viver pra mim hoje foi ir lá pelas tantas ao mercado de vestido-mini-verde bandeira-riponga, brincos que batem no ombro, sandália de couro e nó no cabelo, com a melhor cara que Deus me deu. E chegar em casa e encontrar Fred trocando as cordas do adorado violão e fazer um almojanta juntos, tomando vinho, ouvindo Mestre Ambrósio e dançando cozinha afora.
Viver. Tá aí pra escolher.
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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Felipe Sanches


Serão.

"Será atalho toda fuga,
será retalho-caminhada
mal planejada, fadada
ruga de covardia.

Será melancolia todo
resíduo dessa manobra,
será janela p'ro precipício,
subsídio de acomodação.

Será culpa todo ranço,
será ódio toda ira, fogueira
toda faísca, resquício
todo perdão.

Será gigante todo vilão,
será de força toda saída,
será temido todo rival.

E serão todos vencidos."
Felipe Sanches, poesia de padaria
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Rádio Plutão
ama.

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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Rádio Plutão
"tu-tutu-tutu" =)


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PSs
Sou só eu ou o "tu-tutu-tutu" parece que parece The Police?
Tentei roubar a "entrevista genérica" do Drops da Falzuquitcha mas algum misterioso problema técnico bloggeriano me empediu. Clique aqui pra assistir.
Comecei a escrever "As Inacreditáveis Bizarrices do Rei do Picadeiro - Ultrapassando as Barreiras do Ridículo".  Aguardem.
Quem ama ir ao dentista? Quem? Quem? Eu! =). Minha dentista tem mão levinha, jeito tranquilo que deixa a gente confortável e cuida com maestria dos meus gigantescos dentes. Minha irmã Lalous. Agradeço. =)
Brasília parece grande mas não é. É um ovinho de codorna onde todo mundo se encontra e se conhece. Amém.
Uma mensagem temperada no meio do dia traz gosto bom e renova energias. =)
Homeland volta em setembro yeah.
Celebremos pois essa quinta feira de mudanças boas. =)
Tu-tutu-tutu...
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Só conto o milagre
"Eu não botei filha no mundo pra querer ser "princesa"!!!" ( amém, santo. tamos contigo ponto. =))
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