quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Pois sim
pessoas falam sozinhas. falam. umas falam o que precisam ouvir, outras falam o que querem saber falar. praticam. mas há um tipo de monólogo que chama minha atenção: aquele que contém o pacote completo. a pessoa narra cada tarefa executada - antes, durante e depois -, pergunta, responde, conjectura, resmunga, comemora. tudo sozinha. e com outras pessoas em volta. já ouvi dizer que é sinal de carência e talvez seja. talvez seja algum sentido de auto-suficiência exagerado em que você se basta na conversa. não sei. sei que quando ouço sinto vontade de interferir, responder, comentar, o que normalmente causa desgosto no monologante (rs), ou simplesmente de romper com as convenções e soltar um sereno "shhhhh! respeite meu silêncio...". mas faço nada. exercito minha paciência ignorando as palavras sem destinatário soltas no ar e tento achar graça dessa dinâmica. funciona. =)
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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Curtinhas meio longas ou mini-verdades-próprias
* Meu entusiasmo em não participar de alguns eventos sociais às vezes me assusta. Sonho com um futuro em que a obrigação a participar será substituída pela leveza simples do querer ou não querer ir. E que todo mundo ficará mais feliz com o trem funcionando assim.
* Livre arbítrio. Livre Arbítrio. Livre Arbítrio. O livre arbítrio se move na direção do propósito. E não nos enganemos: a escolha do que se faz hoje é passo construtivo (ou destrutivo) que te conduz a determinada chegada. É a boa e velha máxima que diz que "somos senhores do plantio e escravos da colheita".
* As coisas que parecem pausar o amor. Sofro quando diante delas. Porque pauso.
* A vida é esse constante contínuo grito por mudança. Ensurdecedor. Muitas vezes cansativo. E inescapável pra quem escolhe crescer.
* Vontade de nascer de novo pra começar mais cedo, pra que haja a remota possibilidade de dar tempo de aprender o mínimo.
* Com o peito esmagado em dor, chamei pela Vó Elza e ela veio. Ela vem. E dormi com ela segurando minha mão.
* Saber-se bastante pra Deus, sentir-se tão pouco pra si e pro mundo. E depois, de novo, saber-se bastante pra Deus.
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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Linha
Há também aquele outro ponto. Sua característica mais marcante é a singularidade: o que pra você pode ser de ferida, pro outro pode ser de nada. E vice-versa. Às vezes leva o tempo de uma vida para identificá-lo e às vezes ele se faz claro nos anos primeiros. Mas depois de conhecido, ele não passa mais batido. Daí, do ponto, traça-se uma linha. Não é à toa que a expressão em inglês "draw the line" significa "estabelecer o limite". A linha é o limite. Em uns ela diz "daqui eu não passo" e em outros "daqui ninguém passa". Minha linha é do segundo tipo e tem a ver com respeito próprio. Do meu ponto, minha linha. E dela ninguém passa.
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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Que rufem os tambores
Hoje é terça e achei por bem começar o dia retomando o blog com coluninha nova. (Lembro que colunas neste espaço têm vida própria e não sou eu que vou desperdiçar meu tutano tentando criar coerência lógica entre o que o título diz e a escrita que o segue. Deixa ser estar. =)). Hoje é terça e calmaria pós tempestade vem numa cadência nova em que pareço seguir itens de uma to-do-list sem itens pré-estabelecidos. Parece ruim, mas não é. É como se as pequenas oportunidades de mudança brotassem naturalmente ali, no ato das circunstâncias variadas. Tento lê-las com tranquilidade e respeitar o ressoar delas em mim: um ou outro "basta", um ou outro "pois sim". Hoje é terça, meu computador continua morto morrido matado, e não tenho lá muita paciência de ficar usando o celular para fins facebookísticos ou blogosferísticos, o que me coloca em quasefériasforçadas do mundo virtual. De novo, parece ruim, mas não é. Um dos resultados positivos é saladas de frutas e tortas integrais de banana semanais dentro da geladeira de casa. =). Hoje é terça e me pergunto se às vezes mimamos as pessoas sem perceber, e se também somos mimados sem nem nos dar conta disso. Gosto da palavra "mimo" no sentido de pequeno carinho, regalo, mas não no da vista grossa e dedicação excessiva. Porque a necessidade de desmimo/desmame é daquele tipo que vem gritando, distribuindo sacodes sequenciais, tirando chão, cuspindo pó e isso não é macio pra nenhum dos envolvidos no trem. Mas fazer o que, né? Hoje é terça e o céu tá um desbunde de tão lindo lá fora, cheio de um azul pronto para aplacar desarmonias e descompassos internos. Que rufem os tambores: terça é dia de deixar fluir.
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Rádio Plutão
ama lots of joy. =)


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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Hã, Biloute?

arte de jana magalhães


¨¨ Sei que não parece, mas Meu Todo Amarelo continua positivo e operante. Agora funcionando no modo narizinho-pra-fora só de quando em vez. =)
¨¨ Quanto mais leio a Fal, mais a amo. Quanto mais a amo, mais a amo. Por aí vai.
¨¨ Interessante a linha de gente que se acha tão tão pouco que tem a necessidade de pisar no outro pra se sentir alguma coisa. Ô dó. Doce ilusão. Porque, no fim do dia, o que ficou com a marca da pisada no pescoço se levanta do baque com a consciência tranquila, enquanto o que pisou continua se reafirmando pozinho desagradável da sola do sapato. Ô dó.
¨¨ Adoro o Stand Up Paddle. Mas piro mesmo é nas suas variáveis: Sit Down Paddle e Lay Down Paddle no lindo do Lago Paranoá. Uma dê! rs.
¨¨ Downton Abbey é puro glamour tedioso. Sei que o trem é devagar demais da conta, mas não consigo parar de assisti-lo. Não consigo ponto.
¨¨ "Eu e o desafio constante de manter minha gigantesca boca elegantemente fechada", frase que poderia dar nome a um conto, culto ou canção, sei lá, mas na verdade é mera descrição da maior parte dos meus dias nesse planetinha fofo so called Terra.
¨¨ beijodoce p'cês. =)
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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

" não sou eu quem repete essa história.
 é a história que adora uma repetição." Chico Buarque 

Toctoc

Haja passo pra tanta rasteira. Elas estão aí, fazem parte do nosso caminhar pela vida. Umas provocam só uma torcidinha boba no pé, um escorregão. Outras te jogam para um estabaco de abrir o chão. E a cada nova que chega, cada um sente a sua dor e dá o seu jeito de recolher os pedaços. Pode ser pelo grito, pelo choro, pelo troco, pelo recato... cada um dá seu jeito. Eu? Eu choro. Choro sem vergonha. Choro rios. Esvazio. Tento visceralmente não apontar meu dedo (que quando escapa só faz sofrer mais). Porque entre o rasteirante e o rasteirado todo mundo é vítima e todo mundo é culpado. Tenho é que olhar pro que é meu. A parcela minha de culpa, as fraquezas, o orgulho. Ah, o orgulho... o orgulho é um cara mal encarado, horroroso, egoísta, desarrazoado. Ele traz à tona o que há de pior. Ele julga. Ele é o poço do fedor eterno. Imunda tudo, cega. Vai ver por isso choro tanto. Toda água que quebro em pranto me lava por dentro. Limpo. E, limpa, posso ver as coisas com mais clareza. Limpa, vejo que quem sou eu pra julgar. Limpa, posso marcar bem aquele lugar... pra não cair mais ali. Recolho meus pedaços molhados e volto pro passo. Agradeço, resignada, pelo aprendizado. Volto mais forte pro caminhar. Rezo pra que ele seja tranquilo. Peço descanso. E que eu possa seguir com meus passinhos macios... sol na pele... sem pensar na próxima rasteira... só ouvindo o toctoc ingênuo do meu sapato colorido...
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 Rádio Plutão
 canta para que o susto das rasteiras nunca dure mais que o estritamente necessário. para que a vida siga com sua doçura. =)


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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Não sou lá muito amiga da sensação de dúvida. A dúvida não me desafia, ela me angustia. Ela me empurra para o exercício da paciência mesmo quando não tenho energia restante para exercitar. Mas o bonito da dúvida é que ela tem um quê de esperança, ela normalmente tem um certo desejo que segue em uma das direções. A dúvida pode, vai saber, resultar no que você quer. Existe possibilidade. Existe um acreditar. Repito: não sou lá muito amiga da sensação de dúvida. Mas, por existir algum acreditar, não desisto de tentar lidar com ela. Insisto. Já com a descrença é diferente. A descrença é implacável. Não há possibilidades. Nela, meu querer é desistir.
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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Rádio Plutão
pra começar bem. =)

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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Por que amo a Fal

"Desculpa aí
Teretetê, gente que eu amo e admiro, desembesta a compartilhar aqueles textos “antigamente nós não tínhamos celulares, mas tínhamos tempo e amor e conversas em família e hoje os relacionamentos são tolos e fúteis e não passam de nominhos-que-piscam-na-tela e blablablá”.

Mano, vou te bater a real porque eu te amo e te admiro: isso é mentira.

Nós nunca tivemos tempo pra porra nenhuma. Nós nunca fomos felizes. Pelo menos, não mais felizes. Nossas famílias nunca foram refúgios de amor e paz. Pelo menos, não mais do que são — ou não são — hoje. Nunca, nunca, nunca.

Esses tempos aí que você venera, esses tempos dos quais falam essas porras desses textos escritos por filosofinhos com cara de vovô e especialistas em sabe Deus o quê, eram cheios de dor, de medo, de miséria, de horrores, exatamente como agora. Exatamente como agora.

Sempre fomos pequenos, sempre fomos vãos, nossas vidas sempre não-foram, não-significaram, não-acrescentaram.

Você sente saudade, porque você era mais feliz ou porque você acha que era mais feliz — não porque “eram tempos melhores”. Não eram. O mundo sempre foi um horror. Você não sente saudade da época. Sente saudade de si mesmo ou, da fantasia que faz do que você seria — naquele tempo.

Você está com saudade de você. Tira essa roupa, toma um banho morninho, bota um pijama gostoso, toma um tódi e fica quietinho no sofá, na rede, só pensando, pensando, com você mesmo. ♥♥

Não existe uma melhor versão de você, meu nego. Você é a sua melhor versão, hoje, há 30 anos ou daqui a uma década. E creia, isso é tanto, tanto.

Desculpa aí."
Fal (queridíssima) Azevedo
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Rádio Plutão
e a semana 5 a seco. =)

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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Pois sim
saber ouvir, saber falar, praticar o não-julgamento genuíno, saber se ouvir, se dar tempo, entender o tempo das coisas, praticar o silêncio (a esquecida arte da quietude consciente), se permitir, permitir ao outro ser quem é sinalizando sempre a linha tênue do respeito próprio, colocar limites, romper com os limites (aquela hora de saltar a cerca e enfrentar os cães), saber agradar, deixar o vício de TER que agradar, saber cuidar, saber ser cuidada, pedir opinião só se realmente quiser opinião, ficar calada se não perguntarem o que você acha, não mimar, não esperar ser mimada, entender o querer do outro, poder ter o seu querer, poder querer, poder querer, poder querer. poder querer junto.

não é fácil ser.
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Rádio Plutão
e a semana 5 a seco. =)

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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Bsb, 15/05/14
Morri dentro da dispensa de uma casa grande, cheia de quartos. Morri no que parecia ser uma festa de família da qual eu parecia fazer parte. Não sei do que morri, mas vi meu corpo caído de bruços no chão e tive a certeza tranquila do desencarne. Aos poucos me entreguei ao não-corpo fora do corpo. Descobri com entusiasmo infantil, na ponta dos dedos, que a porta de vidros coloridos não mais precisava ser aberta e atravessei rindo pro lado de fora da casa. Descobri o mover-se por outros movimentos. E via. E ouvia. O sentido que reinava era o da mais genuína alegria porque eu via mais em cada um dali. Senti algo que não sei o nome por cada um dali. Algo maior. Senti que as crianças e os cachorros me percebiam de alguma forma e me pareceu óbvio. Senti gratidão pela vida vivida e me pareceu óbvio. Entendi. E na maciez do meu entendimento senti que era hora de ir embora, mas não consegui. Não sabia nem como nem pra onde. Aos poucos, da leveza fez-se a agonia e me senti presa, abafada. Abafada. Imaginei que se descobrissem meu corpo eu poderia me desprender e partir. Me concentrei em uma das crianças e pedi que ela repetisse minhas palavras e contasse à mãe sobre a dispensa. Mas ela repetia o que eu sentia e não o que eu falava. Dizia "Tia Iza" e "Abafada". "Abafada".
Morri em sonho e acordei abafada. E chorei abafada e confusa. Me perguntei por que ainda sentia tão vivos, do sonho, a leveza de se deixar ir e o peso abafado de só saber ficar. E acho que entendi.

Quero viver livre de grandes apegos. Quero viver entregue, mas leve.
Quero um viver mais pleno.
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Rádio Plutão
e a semana 5 a seco. no domingo eles estarão aqui. =)!!!!

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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Plantio

Manhãzinha, carro, L2, Gilberto Gil cantando e um céu de azul pleno, pincelado à mão, compondo o cenário sem molduras do caminho para o trabalho. Mais um dia. Tudo de novo, repetido, e ao mesmo tempo tudo de NOVO, sem igual. Porque cada dia é único e traz em si as possibilidades todas de um pensamento e uma ação voltados para o positivo. Cuidar de si, cuidar do outro, investir no que realmente importa, espalhar gentilezas a granel, celebrar o fim de um ciclo difícil, encher o pulmão de ar limpo, encher o peito de claridade, exercitar a gratidão pela vida e levar os medos e tristezas para um banho de luz na manhã que começa. Amarelo. Azul. Cada dia é uma chance para um tipo de passo, a escolher. A escolher. E a escolha de cada dia é que constrói nosso caminho, os frutos que iremos colher no dia novo e nos dias próximos. Hoje eu escolho plantar leveza. E você, o que escolhe plantar?

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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Rádio Plutão
pra começar bem esta quarta linda enSOLarada =)

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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Pois sim
que as escolhas são pessoais e intransferíveis. cada um vai, escolha a escolha, construindo seu caminhar por essa vida de meu deus. que descabido é então pensar que se pode ajudar quem não quer ser ajudado. que arrogância pensar que podemos, mesmo que para o bem, forçar o outro a escolher diferente do que ele escolhe repetidamente para si próprio. como fazer pelo outro se ele não quer fazer por si mesmo? todos temos o livre arbítrio como direito e é pretensão nossa querer interferir no do outro contra a sua vontade. o que nos resta é transformar a nós mesmos, mostrar por meio do exemplo que a mudança é possível. e que o outro continue livre na sua escolha. de permanecer ou mudar.

esse peso não é seu. essa responsabilidade não é sua.
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Rádio Plutão
diz iêi para o presentinho segundeiro!

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terça-feira, 22 de julho de 2014

Quando a brevidade é respeito
Helozitcha fez aniversário e sua família veio passar uns dias aqui em Brasília. Se na quinta eu estava doente e perdi a comemoração de fato, no sábado finalmente tive a oportunidade de conhecer sua irmã, Clarice. Fomos ao mais que excelente show Ellen Oléria + Letícia Fialho + Yusa , depois sentamos num dos barzinhos da oito e ficamos ali em prosa boa e risos muitos. Ontem, quando falei pra Helô do quanto tinha gostado da sua irmã, ela disse que a Clarice também nos adorou e soltou um "Pessoas do bem se atraem, né?". É. E isso não é novidade, todo mundo sabe que as pessoas com energia parecida se atraem, se entendem, se reconhecem com mais facilidade. E também não é novidade que o mesmo vale para o contrário: energias distintas quase dão choque. Sei que é mais do mesmo, não é um insight revelador, mas fiquei pensando nisso depois da frase da Helô. Fiquei pensando no quanto nos faz mal o convívio com aqueles que estão em outra sintonia. É um "forçar a amizade" que, ao meu ver, não é produtivo pra ninguém. Só reforça o desgosto de ambas as partes e abre espaço para julgamentos. É claro não há lado certo ou lado errado e essa diferença de sintonia/atitudes não é, nem de longe, motivo para querer mal, tratar mal. Mas penso que uma "distância de segurança" seja salutar e, no fundo, seja uma forma de respeito próprio e de respeito ao outro. Assim o coração fica leve e aberto para aceitar o diferente sem julgá-lo e, quem sabe, e essa é a beleza do dinamismo da vida, até se alinhar com ele em um momento outro, no nascer de uma vibração coincidente, positiva. Sabe aquela canção do Djavan que fala sobre estar com os afins " e de resto, serei breve."? Pois sim. A brevidade em prol da harmonia. A brevidade em prol do respeito.
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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Hã, Biloute?


¨¨ Cri    cri    cri   ecoa o canto dos sapos. Será que alguém ainda aparece por aqui? Sei que nem eu "pópria" tenho dados as caras, mas sempre há tempo para um retorno quietinho, tímido, quase imperceptível. =)
¨¨ Parece que esse tempo friozinho tem o poder de deixar o céu de Brasília AINDA mais lindo. A gente começa o dia com olhos brilhantes diante de tanta beleza.
¨¨ "Usou “Onde vamos parar?’, em discussão pretensamente séria, volta 20 casas." É por essas e outras que AMO a Falzuquitcha Fal azevedo. =)
¨¨ Minha irmã Lalous foi a um encontro com o Sri Prem Baba no fim do ano passado e ele disse que em 2014 uma quantidade enorme de gente iria desencarnar, que seria um ano de renovação aqui na Terra. Aí vêm aviões abatidos no chão, enchentes, conflitos em Gaza, Joãos e Rubens para comprovar a previsão. Nascer, viver e morrer é a ordem inescapável das coisas. Tem outro jeito não, minha gente. Cabe a nós então fazer o nosso melhor enquanto estivermos por aqui.
¨¨ O primeiro livro do Rubem Alves que li foi esse da imagem. Fiquei tão encantada que saí lendo loucamente tudo dele que me aparecia pela frente. Rubem Alves desencarnou no sábado. Lá foi ele levando sua leveza para inspirar outro plano também. Que ele seja recebido com a alegria tão presente em sua escrita "onde eu não sei, lá onde a lei seja o amor". =)
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Rádio Plutão
Celebra os caminhos.
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terça-feira, 10 de junho de 2014

Pois sim
o que se quer, na hora que se quer, do jeito que se quer. somos todos uns mimados. e confesso que, muitas vezes, minha falta de paciência é tão ridícula que parece mais uma arrogância mal disfarçada. e parece porque é. é. arrogância mal disfarçada.
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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Desabafo
Pois sim que o essencial às vezes passa batido. Nos embaralhamos nas tarefas, nos desejos, nos sonos, nos limites, nos desgostos, nos entusiasmos, e o essencial nos escapa. E quando ele finalmente nos alcança, somos tomados pelo espanto da tempestividade festiva. Aconteceu comigo. E agora, maisquepasma, me pergunto, ora em grito, ora em sussurro ritmado, o que é que eu estava fazendo dessa minha vidinha de meu Deus que ainda não tinha assistido ao "meu malvado favorito". O QUE? O QUE? Putz. Mas que bom que sempre há tempo. Sempre há tempo. E cabe a mim assisti-lo over and over again para colocar em dia essa alegria atrasada de risos e fofuras sem fim. Minions fizeram casa no meu coração, gente, e confesso uma identificação visceral com o jeito cheio de gana- it's-so-fluffy da Agnes. =)



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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Tiete que sou
fico boba bobinha de alegria quando a falzitcha amada posta um trem meu lá no drops.
é todo amor no coração por ela, viu? =)
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Rádio Plutão
paquetando pra lá e pra cá sem sair da cadeira.


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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Rádio Plutão
porque hoje é quarta.
e porque a vida é boa. =)

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terça-feira, 13 de maio de 2014

Meios
Existe esse período do mês em que minhas orações mudam de cor. Elas não são como as regulares do dormir, do acordar, do evangelho no lar ou das pausas reflexivas que me vêm soltas no andar do dia. Elas não trazem agradecimentos nem pedidos. Elas têm cadência única e terminam em respirar fundo e sorriso. Elas são resignação e querer tranquilos. Nelas eu presto contas. Nelas me declaro pronta.

Aceito e sorrio.
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Poesia 
sobre o ser meio sem ser.
vale a pena assistir.
(há legendas ocultas em português. é só clicar para ativá-las)


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terça-feira, 6 de maio de 2014

Hoje é o dia
gravado dentro da aliança. =)
três anos de um pouco de tudo e muito do que realmente importa.
amo.
arte de eu me chamo antônio
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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Menos
A. B. 
A deveria ser mais como B. 
A é uma pessoa que conheço a fundo, com sua qualidades e defeitos e devo dizer que A é uma pessoa admirável. Admirável mesmo. Mas aí que passo um punhadinho de dias na companhia de B e, ói só, B também é uma pessoa admirável. Como em quase toda breve convivência, as qualidades de B saltam aos olhos já que os defeitos normalmente levam mais tempo para se fazerem presentes. E as qualidades de B, outra pessoa que é, não são as mesmas das de A. E aí fico assim um tequinho desgostosa pensando que A deveria ser mais como B. Não me esqueci das qualidades de A, mas pô, minha vida seria tão mais fácil, eu seria tão mais feliz se A fosse mais como B.

Pergunto eu: A deveria ser mais como B? Mesmo? Na vida, na prática, esse tipo de comparação leva a alguma coisa? Esse tipo de comparação não é uma forma de desmerecer as qualidades de A? Esse tipo de comparação, feita por C, é de alguma forma produtiva para A? A deve ser TUDO TUDÃO? TUDO TUDÃO cabe na beleza da diversidade humana? A precisa ser mais como B? E, mais importante, A quer ser mais como B?

Ninguém é tudo. E que bom que é assim. Senão seríamos todos iguais. Não aprenderíamos nem ensinaríamos coisa alguma. Não haveria nunca um caminho diferente a seguir.

Respeitemos as diferenças pois. Aprendamos com elas.
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Rádio Plutão
anda com fé simsim. dia sim, outro tb. =)

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sexta-feira, 28 de março de 2014

Fss

me dança em verso
me canta em riso
me rega em flor

ele.
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Rádio Plutão
segue tocando lake street dive. incansavelmente. =)



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quarta-feira, 26 de março de 2014

Muito amor
pelo lake street dive.
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terça-feira, 25 de março de 2014

Pois sim
Li esse aqui lá no excelente blog da  isa.
"Agoremos" pois. =)
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quarta-feira, 19 de março de 2014

Pois sim
que tava eu aqui fazendo um limpa na minha caixa de emails e achei esse trecho escrito pelo guilherme . o trecho, mais uma vez, caiu bem. talvez tenha caído bem hoje, especialmente hoje, por ter casado com os fatos dessa manhã. que os gritos e a atitude negativa do outro sirvam para um propósito positivo, de lembrarmos quem somos e sermos quem somos simsim. e hoje, especialmente hoje, eu me lembrei quem sou e agi de acordo com a leveza que escolho carregar em mim. e não me afetei. e sigo tranquila. =)

"Agradeçamos à Vida que nos apresenta o outro como instrumento para nos lembrarmos de quem realmente somos, pela feliz possibilidade de expressarmos a versão mais nobre de nós mesmos e nos determinarmos de acordo com nossas escolhas." 
Guilherme Antunes
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quarta-feira, 12 de março de 2014

Yeah

ted talks - Anne-Marie Slaughter - Can we all have it all?

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terça-feira, 11 de março de 2014

Carpinejar
"Estranho equilíbrio

Eu descobri ontem um provérbio perfeito: Se quer ser amigo feche um olho, se quer manter uma amizade feche os dois olhos.
Faz muito sentido. Amigo é não se meter, por mais que tenhamos intimidade, é respeitar a decisão mesmo que não seja o que você pensa.
Se ele procura namorar alguém que você não gosta, é dar apoio igual. Se ele pretende permanecer num emprego que você não acha justo, é dar apoio igual. Se ele busca manter uma vida que você não considera ideal, é dar apoio igual.
É estar junto apenas, para qualquer dos lados.
Amizade é dança. Acompanhar o ritmo da música.
É opinar, expor sua crítica, mas não viver pelo outro.
É não intervir, não pesar a mão, não exagerar.
Amigo não é ser pai, não é ser mãe, não é educar.
É aceitar o que ele é, é reconhecer o que ele deseja, ainda que seja muito diferente de suas crenças.
É entender o momento de falar e entender também o momento de silenciar.
Análise demais estraga a amizade. Você estará sendo terapeuta, não amigo.
É discordar e seguir adiante. Não é discordar e fazer oposição, boicote, greve. Até que nosso amigo mude de ideia.
Amigo é oferecer conselho, não um sermão. É alertar, jamais insistir.
Amizade é fugir do julgamento, é compreender a alternância, os altos e baixos, os desabafos.
Amigo não cobra coerência, não fica em cima cutucando feridas.
É saber tudo e agir como se não soubesse de nada. É não ficar apontando o que é certo ou errado.
Amizade é difícil. Amizade é um estranho equilíbrio.
Mas amizade não é cegueira. É a arte de enxergar com os ouvidos."
Fabrício Carpinejar
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Rádio Plutão
ri e ri e ri e ri. =)
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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

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rio.



nos jeitos todos da palavra.



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Rádio Plutão

e o carnaval. =)





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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Mini conto sobre a falta

Um susto. E ela levava a mão na barriga. Também o fazia quando ria leve, quando sentia medo e quando alguém trazia notícias boas. Levava a mão na barriga para passar pelo degrauzinho do box na hora do banho. Também enquanto lia, tranquila, entregue ao embalo sonoro da rede. Quase nem notava que também acordava com a mão assim. Sentia a mais dura das faltas, aquela ciente da perda mas ainda inteira imersa na presença vazia. "Todo dia é aquele domingo.", dizia. Ela carregava a falta no corpo. E a protegia. Com a mão.
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Rádio Plutão
pq "todo beijo, todo medo, todo corpo em movimento está cheio de inferno céu".

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Rádio Plutão
pra começar bem. =)

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Hã, Biloute?
¨¨ " vida é assim", darlings.
¨¨ Camila Pavanelli  diz que "A propósito, não entendo por que é que apenas as academias tiveram a maravilhosa ideia de distribuir bananas na saída. Por mim, todo e qualquer estabelecimento deveria adotar essa prática. Biblioteca, pet shop, posto de gasolina – o cliente está indo embora? “Volte sempre, tome aqui uma banana.” Satisfação garantida a custo – literalmente – de banana." e eu digo amém. =)
¨¨ Acupuntura é um trem que deveria ser obrigatório para aqueles que vivem um-pé-lá-outro-cá na linha limite do estresse. Eu, que ando forte na fase Boneca Cansadinha da Estrela, solto aqui um sonoro UFA todo trabalhado no agradecimento. =)
¨¨ Sabe quando você tem a impressão de que o mundo todo é uma gigante panela de pressão e que você está lá dentro, sozinha, um ponto no vazio, e cobranças parecem chover de VÁRIAS frentes diferentes da vida? Pois sim. Provavelmente o mundo tem culpa nenhuma, tadinho, e a panela de pressão é tu mesmo, tatu. Aí só resta repetir como mantra a célebre frase do Mr Tweedy do excelente "A Fuga das Galinhas":  it's all in "me" head, it's all in "me" head, it's all in "me" head.
¨¨ Na linha "coisas que me encantam " está a modalidade BBB: Banho, Boa música e Batucada. Amo e rio de gargalhar e amo mais ainda. =)
¨¨ E á, também me encantam as sextas feiras. Tenham uma boa delas, viu?. Beijodoce.
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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Sou praticante
=)
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Yeah!


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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Bom dia
=)

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Excelente
Achei lá no blog da Fal. Sigamos o exemplo!

http://www.jaimemoorephotography.com/2013/05/09/not-just-a-girl/

"... vamos nos colocar à parte das bonecas Barbies e das Princesas da Disney por um só momento, e vamos mostrar às nossas meninas as REAIS mulheres que elas podem ser." (tradução minha mesmo)
Jaime C. Moore
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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Um breve hã, Biloute

simplesmente margot
¨¨ Oi, frente fria. Chegue feliz, aconchegue-se e sinta-se em casa, sua linda. =)
¨¨ Quem também chegou feliz foi a Margot gogô-cão-mais-gana-do-mundo, que vai passar uma temporada conosco enquanto Dona Elzinha cai na estrada Brasil afora. Sempre uma alegria. A gente morre de achar bom. =)
¨¨ Amanhã, dia 14, nova temporada de House of Cards. Alguém me segure ponto.
¨¨ A Cosenzada 2014 é só em abril, mas tem gente contando os dias desde já.
¨¨ Pronto. Breve é assim. =)
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Ioiô

Não sei se é inato ou ensinado, mas parece que a gente vive buscando uma "constante " nas coisas, como se isso fosse garantia de segurança ou satisfação. Bobagem. A vida é dinâmica e tá nem aí pra essa nossa necessidade compulsiva de criar regras e manuais e receitas sobre o seu funcionamento. Constante é a mudança. Constante é a surpresa. Constantes são os caminhos desconhecidos. Constante é o novo pulando gorjeante, te dando um tapinha de leve na cara e dizendo um "sacode aí, nêga.". Aí quem é de sacudir sacode e quem não é segue manipulando a realidade para tentar encaixá-la em algum tipo de regra, de verdade acreditada.
Eu tinha uma regra. Diante de uma perda, minha regra era a seguinte: chorar transloucadamente, quicar no fundo do poço (oi ka!) e pronto. Era como se eu gastasse a dor em um golpe só e ela me deixasse para todo o sempre.  Era. Mas aí a vida, essa fanfarrona (oi ka de novo!), traz uma experiência nova pra me mostrar que não. Digo isso porque descobri que a dor da gravidez interrompida não passa. Achei que passaria como todas as outras, mas ela não passa. Ela também não fica, vejam bem. Ela é a definição pura da inconstância. Ela é um ioiô que me estica até o fim da linha da tranquilidade e depois me retrai em tristeza de novo. O baque pode durar um dia, dois, dez, e encorpar diversos graus de intensidade. Não há regras, lembram? Em dias mais sofridos, tenho a impressão de que metade da população feminina dessa cidade está grávida, a outra metade já desfila feliz com seus bebês e eu, rompendo com toda e qualquer lógica matemática, fico assistindo a tudo de um lugar indefinido, deslocada. Me sinto deslocada. Talvez por que, e não sei se é assim com todo mundo, eu comecei a ser mãe no minuto um da gravidez. E acho difícil, estranho, quase descabido, não mais ser. É um vazio sem nome. Aí os ares leves retornam, chegam os dias tranquilos e tudo parece superado. Ontem fui buscar meu sobrinho na escola, fiquei olhando os bebês do berçário pelas paredes de vidro enquanto esperava e foi só sentimento gostoso diante de toda aquela fofura. Entendi macio no peito o que Taiza, minha doula querida, me disse certa vez depois de abraços, choros e aconchegos: a regra é a vida. E me senti entorpecida por toda aquela vida pulsando vibrante ao meu redor. Senti minha própria vida pulsando firme em mim independentemente de gravidez, perda, ganho ou qualquer outra coisa. Me senti plena. Ioiô, meus caros, ioiô.
Não quero perder meu tempo classificando essa inconstância como boa ou ruim. Isso não importa. Prefiro gastar minha energia pra aprender a conviver com ela da melhor maneira possível e pra tentar colher os ensinamentos que ela traz. Prendo os cabelos em nó e me solto em ioiô. É o jeito. Sigo buscando plenitude no sobe e desce.
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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Quase nada super
arte de eu me chamo antônio

Tenho complexo de heroína. Não que euzinha almeje glórias e admiração, nem tampouco que acredite possuir super poderes capazes de revolucionar os rumos nos caminhos do que eu acredito que seja o bem. Nãonão. Eu só tenho amor. E uma vontade visceral e compulsiva de solucionar, da maneira mais rápida e indolor possível, os problemas meus e ao meu redor. Mas só tenho amor. Amor e vontade.
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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Preciso (parte 2)
fazer as sobrancelhas, usar sapatos baixos, explicar a diferença entre "consulta da situação" e "certidão de quitação", não me deixar afetar pelo estresse alheio, ter paciência com quem me enlouquece, falar mais, falar menos, comprar tintas, fazer a feira, contar ovos, responder "não" à pergunta "mas ainda não engravidou de novo?" pelo menos uma vez por dia (sem exagero), ter uma alimentação variada, malhar menos pra não destruir os joelhos, malhar mais pra aumentar a massa muscular, não re-sentir, fechar os olhos pra cantar pra dentro, fazer mais, me pressionar menos, tomar sol, aprender a não ser bem querida, fazer planos, não criar expectativas, aplicar as novas regras de formalização e movimentação de processos a partir de segunda feira, afiar as garras, consolá- la ao telefone, corrigir minha postura, saber sofrer, ficar bem, ser mais grata, ser mais grata, ser mais grata.
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domingo, 26 de janeiro de 2014

Quem mesmo?
Algo de muito bizarro tem acontecido com a passagem do tempo. Pegue o hoje como exemplo. Acordamos galinaceamente (rs) às 6 e 30, ficamos o que pareceu um instantinho de aconchego na nuvem e BAM!: já era 8 e 30. Aí tomamos café e fomos ao parque. Ele ficou lendo jornal ao sol, eu em caminhada tagarelante com Helô e BAM!: já eram 12 e 30. Fomos ao supermercado, cozinhamos rapidinho, almoçamos gostoso, encostamos no sofá pra assistir a um Breaking Bad  e BAM!: já eram 17. Eu quero é saber quem é o encarregado de controlar o tempo nesses turnos de fim de semana! Nome, cpf e telefones, please. Porque, na boa, tá passando ridiculamente rápido. Ou então tá tudo normal e fica comprovada minha teoria de que tempo que quase não passa, que vai pingado em gotas sem pressa alguma, é tempo ruim. A teoria de que tempo bom desliza macio. Tempo bom.

Vida longa ao tempo bom e à maciez que lhe é característica. =)

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Pois sim
Pensa-se, imagina-se. Mas é na experiência que, de fato, se sabe.

Hoje eu entendo na pele. Aprendi, sei e sinto.

Sinto muito.
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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Viciada em TED
porque né? é viciante ponto.

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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O joio do trigo


Apesar de conhecer a expressão desde sabe-se lá quando e entender perfeitamente seu significado, nunca tinha parado pra pensar no que é, de fato, o joio. Aí fui lá eu procurar o significado do trem. O joio é uma "planta de talo rígido, pode crescer até 1 metro de altura, com inflorescências na espiga e grão de cor violeta", que é comum em áreas produtoras de trigo e é tãotão parecido com ele que é chamado de "falso trigo". Mas o joio não é trigo e pode ser venenoso, comprometendo assim a qualidade da colheita se for colhido junto ao trigo.
Fiquei pensando nisso porque acho que essa dicotomia bem/mal como passíveis de separação que bem se aplica ao trigo/joio não vale da mesma forma pra nós "cerumanos". Penso que por mais trigo que sejamos ou queiramos ser não dá pra não ser joio. Há joio no trigo. Somos joio também. Uns mais, outros menos. Mas o joio está ali esperando por aquele momento em que a guarda baixa, em que o orgulho fala alto, pra tomar as rédeas da vontade e agir (in)feliz. E ontem entrei em contato direto com o joio do trigo. Primeiro no outro, em dose dupla, quando assisti a uma pessoa querida discursar sobre valores machistas (que na minha opinião são causa de violência, opressão e desrespeito a todos nós, mulheres e homens) e, mais tarde, assistir a ela agindo de acordo com esses valores, destratando outra pessoa mais querida ainda. Depois vi o joio em mim mesma, quando ataquei indiretamente alguém que me ataca, com o mesmo intuito negativo que conheço bem e que me faz sofrer na minha rotina de alvo. Veja bem, ser alvo de ataque do outro não é justificativa para que eu faça o mesmo. Ao contrário, é motivo dobrado pra não atacar. E o fato de eu ter agido assim me deixa genuinamente triste.
Triste ver que não dá pra separar o joio do trigo, já que há joio NO trigo. Talvez o grande lance seja o reconhecimento claro do que há de ruim pra que se possa escolher deixá-lo de lado. Talvez esse exercício de reconhecimento nos ajude tanto a julgar menos quanto a agir melhor. Entender o joio pra enriquecer o trigo. Assim espero.
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