quarta-feira, 23 de março de 2011

Estômago
na parede: "segundo"

"Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosas da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo."
Antonio Gedeão

"Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
"
Sophia de Mello Breyner Andresen

"Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada."
Camões

"Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és..."
Caio Fernando Abreu
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Mil vezes clarice
Um homem
"Sua inteligência absolutamente fora do comum de tão grande, a princípio me deixou embaraçada. Tive que me habituar ao jargão da grande inteligência. É normalmente sério, mas tem um sorriso- não, não vou dizer que seu sorriso lhe ilumina todo o rosto. Mas, enfim, é a verdade. Ele não tem medo do lugar comum, o tal não-engajamento o leva à atmosfera de sua inteligência. Esta muitas vezes usa sofismas, que são a astúcia de quem pode. Entendo-o não com a cabeça, que não alcançaria a sua, mas com minha pessoa inteira. Aliás, ele é uma pessoa inteira. Seus olhos muito negros não se desviam: ele não tem medo de olhar os homens no profundo dos olhos. Dá vontade de sorrir com ele. Se eu soubesse. Aliás, preciso me habituar a sorrir mais, senão pensam que estou com problemas e não com o rosto apenas sério ou concentrado. Voltando ao homem: quando ele diz "até amanhã", sabe-se que o amanhã virá. Ele tem um ligeiro mau gosto na escolha dos objetos de adorno que compra. Isso me dá ternura. Ele é inconsciente de que o vejo tanto, não tantas vezes, mas tanto."
Clarice Lispector
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Vá vê novela
Vámininex,
Nós sabemos bem que a dor dos que amamos dói mais em nós do que nossa própria dor. Por isso não poderia deixar de te escrever nesse dia, querida. Sei que é difícil estar assim, diante do fim próximo, diante do inevitável fim. O grande lance é que nos foi culturamente ensinado que o prazer e o sucesso tem relação direta com a continuidade das coisas e qualquer fim por si só já é frustrante e doloroso. Aí a massa segue acomodada em empregos tediosos, amizades destrutivas e relacionamentos amorosos falidos... tudo pra evitar o temeroso fim. Mas o fim não é o fim do mundo. Não! Ponto. O bom e o ruim precisam acabar para dar lugar ao NOVO. E que bom é viver o amor por um algo com intensidade e deixá-lo partir depois de cumprido seu propósito. Deixar passar com leveza. Sei que minhas humildes palavras não mudarão o curso natural das coisas, mas espero que elas amenizem sua dor e te ajudem a vislumbrar o lado positivo de qualquer fim. E se não ajudarem, saiba que estou contigo para todo riso e todo choro. É só gritar, minha flor...rs!
Fique bem...
Força na peruca!
beijotititi
rsrsrsrsrsrs!
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Papel outro
Hoje fiz os cartões que Ana me pediu. Preenchi cada um deles com as características marcantes e com as frases que saiam da boca dele e me atingiam de maneira que não cabe adjetivo algum. E ouço o barulho do papel mudando de lugar. E sinto o peso doído das palavras. Que bom que ele apareceu; para eu me dar conta de tudo isso. Que a dureza da percepção de quem ele é serviu para que eu percebesse quem eu era. Era. Não mais. Verbo passado.
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Pandorinha
ela normalmente se assusta. primeiro com o barulho quase imperceptível da tampa que se levanta e depois com a imagem da caixa aberta em si. assusta com a hora não marcada da chegada do esperado. assusta com pureza, como criança pega de surpresa. e de dentro da caixa sai uma luz que descasca uma ou outra máscara pregada na parede, deixando-a mais da cor dela. e de dentro da caixa sai um perfume de mulher: elaborado para os olfatos já treinados e descabido para as pequenas bailarinas. o aberto da caixa traz a embriaguez dos sentidos escondidos. traz a delicadeza gritada que de tão limpa arde os ouvidos. escorre em rabiscos. ela, assustada (no melhor sentido da palavra), abre bem os olhos, deixa um pouco de tudo entrar, depois fecha a tampa sem nem perceber. e eu, que nada mais faço além de observar, me abro tranquila em sorriso e guardo uma das mãos no bolso do vestido. a direita.
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Flor de lua
luquéricora é uma flor que manda presentinhos pelo correio. E prega bilhetinhos, embrulha com papel amarelo, dá laço preto, escreve cosenza com coração no lugar do "o" e ainda me chama de "senhorita". Como pode?? Eu quase tenho um troço de tanta alegria e agradeço por TODOS os meios de comunicação possiveis!!rs!! Obrigada, meu bem! Meu coração sempre contigo... =)
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Capitoso som

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sábado, 19 de março de 2011

The fun theory!

diquinha boa da tataaaa...
=)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Um brinde em forma de modinha
deleite musical.

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terça-feira, 15 de março de 2011

Por que amo a fal e aniversário do drops!
"O melhor conselho que existe _ e tive a sorte de escutá-lo há pouco tempo de uma, veja você, monja budista _ é "Não se torne parte do caos". É difícil, muito mesmo _ o caos, assim como os imbecis _ quer arrastar você pro tanque de lama, com enormes garras de lobisomem. É difícil, é difícil resisitir e não entrar na gritaria. Mas tou indo bem. Acho. Três meses me dedicando seriamente a não me tornar parte do caos. Não mais.
*

As palavras mais perigosas, em qualquer idioma, são "Dessa vez vai ser diferente"."

Fal azevedo

falquerida, sempre brilhante! roubei (novidade...rs!) o "não mais" e já tô usando a torto e a direita. vc mesma me ensinou que os grandes estão aí pra serem copiados, nhé? e vc faz parte da lista for sure! parabéns pelos nove aninhos do drops e que venham muitos e muitos mais! obrigada pelo presente que ele é... =)
beijorosa

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A pequenina do ponto
fighting the war!

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E se
e se te dessem essa chance? a chance de reverter tanto. e se pra tanto fosse preciso reviver o já vivido e se pintar toda de novo com aquela tinta áspera? e se fosse preciso ficar transparente, exposta? se fosse preciso enfrentar a mais aguda dor escondida e gritar os segredos não reveláveis? e se o sofrimento sugasse sua energia, roubando a cor das coisas e te deixando em quasecoma? e se doesse como nunca? e se você seguisse mesmo assim? e se começasse a bater o pé em "não" pra parar de se curvar? e se tivesse que não mais fugir, fingir? e se essa chance te desse força pra virar sua ação do avesso, rompendo com o andar que te foi ensinado? e se essa chance fosse a possibilidade de depois correr pelo sol e pela chuva livre do engasgo cativo na garganta? e se esse esvair em choro te tirasse a secura? e se os sapatos parassem de apertar pra você pisar mais firme, mais leve? e se te dessem essa chance? se te dessem a chance do sofrimento descabido pra só assim poder renascer? você diria simsim e pagaria a conta antes, sem garantia de prato servido nem do gosto do que vai comer? simsim.
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quinta-feira, 10 de março de 2011

hoje é dia de peixe!!
duquerido....
mais uma vez: que alegria esse dia!!!
há 30 anos (trintão, nhé? =)) surgia na terra o pequenogrande du, para engrossar o cordão dos panossos e espalhar com o movimento de suas escamas tanta coisa boa para os que com ele convivesse. e me sinto privilegiada de ser uma dessas pessoas, meu bem. privilegiada em viver contigo essa amizade que, como já dito antes, desconhece o tempo contado do relógio e qualquer distância geográfica. amizade que caminha no tempo "de Deus" e que é celebrada na leveza da ausência física e na alegria genuína de cada contato, cada reencontro. Sigamos assim. Obrigada por existir.
beijo-te com carinho doce...

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terça-feira, 8 de março de 2011

Há mais sol
sol na mão
manhã de terça, eu em piscina e aconchego de casa de mãe, quando surge no céu um círculo em volta do sol brincando com tons e pintando cores outras. lindo. lindo. o poder da percepção do contraste. e passei o dia sentindo o calor e a força dele na mão minha. bom simsim!
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Presente palavrado
"Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos..."
Pablo Neruda
as simples gentilezas, como essa, fazem os mais raros presentes. Presente que dá cor e ritmo a essa semana que caminha. obrigada, querido!! espero poder sempre retribuir seu carinho e delicadezas mil! beijo! =)
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No país da Alicinha
"esperando chegar a hora de partir e futucando o seu todo amarelo encontrei entre os comentarios uma frase que levo pra minha meiasemanaposcarnaval - pra começar de novo o ano que já começou!
"... leveza, desprendimento e segundos todos bem vividos no caminho para o inevitável.""
querida, tava com saudades de vc por aqui.... não resisti! =)
beijotodacor
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Segunda rima com Caio

"Há alguns dias, Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro.


Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de "minha vida". Outros fragmentos, daquela "outra vida". De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos.

Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.

Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector "Tentação" na cabeça estonteada de encanto: "Mas ambos estavam comprometidos. Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível". Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece.

De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou — descuidado, também — em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito jóias encravadas no dia-a-dia.

Era isso — aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.

Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome."
Caio Fernado Abreu
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Quinta rima com...
novas regras, conhecidos caminhos, excelente companhia, a um nunca morrida, gente de sorriso aberto, 3 bolas matadas na sequência 2x, o dançar gostoso de quem dança entregue, presentes musicais, sonífera ilha cantada em 3 vozes que são 4, a elegância de tímidos contatos, a delícia boa do quase-ter, passo leve, peito quente, a simplicidade imprescindível, energia renovada, som, cheiro, gosto, tato, sinestesia, sinestesia, sinestesia.


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terça-feira, 1 de março de 2011

Sing out loud and dance away http://www.youtube.com/watchv=dtFDi5Dk3mg ............................................................................................ Ave César e a super liga Em uma das muitas edificantes conversas da hora do almoço, César caiu na bobagem de falar do hit do carnaval desse ano, defendendo soteropolitanamente a qualidade do trem. E mesmo depois de ser humilhado com uma enxurrada de críticas e piadinhas sagazes ele ainda nos enviou a letra da música (dita "complexa") por email. Ô dó. É tudo brincadeira, né Juicer? Por favor, diz que sim! Superman A Liga da Justiça – Leva Noiz "É melhor chamarmos os outros Super-Amigos antes que chegue toda a Legião do mal." Super-Man ficou fraco, O Pingüim jogou criptonita Lex Luthor e Coringa roubaram laço da Mulher Maravilha (2x) Liga da Justiça toda dominada, Agora só tem uma saída! Foge! Foge Mulher Maravilha. Foge! Foge! Com Super-Man. (8x) Você é minha Maravilha e eu sou seu Super-Man, No swing aqui do Leva eu quero ver você meu bem! (2x) Liga da Justiça toda dominada, Agora só tem uma saída! Foge! Foge Mulher Maravilha. Foge! Foge! Com Super-Man. (8x) Super amigos, Salvador City!" (4x)

Jeann:Realmente a letra é EXTREMAMENTE complexa. Toda trabalhada no decassílado. ahuahauhauahua. Só fiquei com uma dúvida: será que com um refrão tão complexo, a galera consegue decorar após repetir apenas 8x? ahuahua


Iza:Jeannjeann, tão complexa que eu, pobre ser limitado, nem me arrisquei a comentário algum. clarice lispector que se cuide!hehehe


César: mas menino oia... na verdade, repete-se 8 vezes justamente para decorar, pq se não repetisse ninguém conseguiria entender, haja vista o elevadíssimo grau de discernimento necessário para decifrar tal complexidade. heheheehehe. enfim, já comprei minha fantasia de super man para pular o carnaval. vc já encontrou a de mulher maravilha que estava procurando pra usar???? hehehehe


Jeann:Por questões lógicas, eu imagino que a pergunta tenha sido direcionada à IzabelaPsiu. ahauha... De qualquer modo, esse meu carnaval será sem fantasias e sem farras. Vou ficar quieto em casa mesmo, mas se fosse me fantasiar de algo, seria de "gente". hahaha


Iza:Boto a maior fé na fantasia de "gente"!E acho que César deveria ir de Super -NEM, que dispensa o uso de fantasia. Ói que prático!rs!!!


César:super nem???? não entindi!!! rs


Jeann:NÃO ENTENDEU?!?!?!? Fica repetindo 8x pra ver se consegue. ahauhua...Sei que foi brincadeirinha. :-)


Iza:boa, jeann!! boa, jeann!! boa, jeann!!boa, jeann!!boa, jeann!!boa, jeann!!boa, jeann!!boa, jeann!!(pro césar entender!)


César:Imagine se fossem inimigos..... hehehehehe


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Laranja Essa noite um pernilongo me acordou. Picou a palma da mão direita e acionou um dispositivo mais que conhecido meu. Ativou minha mente férvida. Sei que minha cabeça escreveu escreveu escreveu como há dias não escrevia. Dúzias e dúzias de palavrinhas ditadas em cadência boa e sonolenta. Dúzias de palavras com cheiro e cor de laranja. Palavras leves, escorregadias. Deslizantes.Tão deslizantes que preferi não levantar para colocá-las no papel. Preferi digeri-las só ali. Preferi o prazer doce do entendimento fugidio. E elas foram se esvaindo...uma a uma... até o adormecer chegar de novo.Agora não me lembro de meia frase.Mal sei ao certo o assunto.Mas sei do gosto que ficou na boca.Gosto bom de abraçar a temporalidade das coisas, do desprendimento. Gosto bom de respirar a simplicidade quasepoética do fugaz... de deixar passar. Eu deixo. Deixo passar. E sigo, para a alegria de mais um dia. ....................................................................................