terça-feira, 3 de abril de 2012

Hã, Biloute?
¨¨ Blog quase abandonado, eu sei. E nãonão, não estava eu em lua de mel mergulhando nas águas azuis da Turquia, tava aqui mesmin, atolada em providências e trabalho e me desdobrando em duas pra dar conta do trem. By the way, nossa lua de mel seguiu a linha muderna do casamento: foi no Pará, em terra de ninguém. E só o noivo foi. Rs cavalar!!! Explico depois. =)
¨¨ A casa nova tá uma dê e só restam duas caixas (minhas, é claro) para a arrumação se dar por completa (ou completo? alguém, please?). Uma das coisas boas de mudança é que nos dá a oportunidade de rever nossos badulaques e perceber o quanto a gente tem coisa que tem só pra ter ou que não mais faz sentido. Roupas, livros, cds foram colocados na caixa intitulada "teve bom" e agora seguem outros rumos. Ambiente mais leve simsim. Muito bom.
¨¨ "Porque não existe nada de mais interessante no mundo do que as pessoas. E, se você inventa um sistema de relações que na verdade é um sistema de não-relações, se priva do que há de melhor na vida.", diz o C. Calligaris, que a Lutianita cita e eu digo amém.
¨¨ "Medianeras"? Excelente, excelente, excelente. Selo recomendo ponto.
¨¨ É claro que no dia mais caótico, em que você resolve um pepino por segundo e seu telefone toca sem tréguas, a impressora dá pau e é preciso atravessar o corredor 6537 vezes em um levaetraz de folhas interminável. Eu, que não sou boba e simsim velha e louca, escondi o salto embaixo da mesa e desfilei descalça mesmo pelo chão copoliano. RÁ! 
¨¨ Nêgo fica aí me chamando de chorona e eu digo e afirmo  que a terapia do choro opera milagres nas horas todas.  Alivia tensões e concretiza alegrias. Não abro mão ponto.
¨¨ Rosas vermelhas. Muitas. Lindas. =)
¨¨ E o dia segue claro...
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O todo de tudo



Ontem me ligaram da livraria avisando que o esperado "sonhei que a neve fervia" havia chegado. Saí direto do trabalho, fui ao balcão de reservas e lá estava ele esperando por mim. Não sei que cara fiz quando o peguei em minhas mãos, mas sei que quando virei para a livreira para agradecer ela me olhava com um sorriso gostoso estampado no rosto. Segui meu ritual: passei a mão pela capa pra perceber possíveis mudanças de texturas e senti, de olhos fechados, o cheiro das páginas correndo de um lado para o outro. Gosto disso, de conhecer o livro primeiro pelo seu movimento.
Mas só mais tarde, depois de passear com Margot, visitar os Cosenzalemos, lavar e guardar roupas, fazer torta de maçã e tomar um banho quasefrio, fui de fato começar a lê-lo. O primeiro texto eu já conhecia (by the way é lindo, lindo) e nele está uma das frases que mais gosto da Fal : " Meu amor por você fala mil idiomas, mas não tem com quem praticar.". Essa fase sempre me toma por completo. Sinto sua beleza simples e sua tristeza genuína espalhadas em mim. Me entrego a essa disparidade visceral e choro. Sempre choro. E segui lendo todo aquele amor, toda aquela dor, aquele todo repleto de tudo.
Não preciso nem gastar palavras aqui para dizer o quanto amo a Fal. Quem me conhece sabe. Amo essa mulher muito pelo o que ela escreve, mas mais ainda pelo que ela é. Do jeito que ela é. E amo por mais: por ela ser detentora de uma coragem que eu desconheço em mim. Certa vez, afogada em tristeza, mandei um email falando para ela, e só para ela, daquela minha dor, da dor de que não falo. Fal, com sua dose característica de delicadeza, respondeu me enchendo de entendimento, conforto e realidade. Lindeza ponto. Nunca consegui passar aquele email a limpo no meu caderno porque as coisas pesam mais para mim quando eu as coloco no papel. São tantas as vezes que fujo, escondo lápis e canetas para não ter que me encarar no papel. E a Fal não foge. Está tudo ali, por mais sofrido que seja, em cada página impressa, em cada carta. Leio o "sonhei" e meu peito se enche ainda mais de admiração por essa mulher e sua coragem. Agradeço pelo fato de poder beber nessa fonte, de poder entrar em contato com essa força em forma de sensibilidade. A Fal é rara. A Fal é brava. A Fal é linda. A Fal é inspiração e aprendizado para mim. 
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The boots of justice
kalinda, a rainha da nãoafetação... hehehe.

 
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2 comentários:

  1. Oi Izabela...
    obrigado pela canção do Porcas Borboletas.
    não conhecia.
    e, sim, tem tudo a ver com o post viver é perigoso.
    bj.

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    Respostas
    1. não é? que bom que gostou, marcos!
      trouxe o seu texto pra cá. =)
      beijo

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