quinta-feira, 12 de abril de 2012

Hã, Biloute?
¨¨ Tempo. "Alguém tem pra vender?"
¨¨ Internet em casa virou um luxo de outros, um sonho mítico e distante. E a galera só vai acumulando os prazos de 48 horas para (não) resolver o problema do sinal que não chega.
¨¨ Acordo de madrugada pra escrever e o que cai são frases esparsas, parágrafos curtos, microtextos. Tudo parece diminuto na hora quieta, darlings.
¨¨ Caos. Caos. Depender de terceiros pra poder fazer seu trabalho é assim: às vezes você fica de mãos atadas no meio da chuva de pepinos. Impotência e frustração ponto. Fico impressionada com o fato de eu não ter ganhado nenhum piti daqueles felpudos ao telefone, pois essa é a quaseregra do caos. Aí lembro que hoje é quinta. Ainda há tempo.
¨¨ Formigas.
¨¨ Sempre antes do passo, o reverso em cagaço. Entendo. Não compartilho, mas entendo.
¨¨ Ontem a última caixa foi vazia pro lixo. iêi! =)
¨¨ Duas semanas seguidas sem episódios inéditos de The Good Wife. WTF? Cê lá ví.
¨¨ A moringa e o vasogarrafa com florzinhas de pano parecem ter achado seu lugar. Falta a opinião do alto comando...hehehe.
¨¨ Tricô com a Lutianita segue em doses homeopáticas, em linha por linha. Sorte minha que ela é uma moçoila compreensiva, de coração doce e me deu prazo de entrega até o fim da semana que vem. Ói que boazinha, essa flor. =)
¨¨ "Não se afobe não que nada é pra já / o amor não tem pressa, ele pode esperar.", canta o Chico pra mim por dentro do foninho.
¨¨ beijosmeus a todos. =)
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Matemática
Perdemos. Ai, como perdemos. Perdemos a oportunidade, o reagir no momento certo, a voz bem na hora que a hora pedia grito. Perdemos amigos e parentes, por que morreram, por que é da vida se perder ou por que escolhemos perdê-los bem ali. Perdemos o pai, mesmo que não tenha morrido, mesmo que nunca nem ganhado. Perdemos com a grosseria gratuita dos inseguros, com o recato enfático dos medrosos, com a exposição exagerada dos confusos. Perdemos a paciência, a graça, o cuidado com nós mesmos. Perdemos o salto afundado no piche entre concretos do estacionamento. Perdemos. E ganhamos. Ganhamos o céu de azul único e de nuvens desenhadas. Ganhamos a alegria da noite bem dormida ou da insônia produtiva. Ganhamos o entender o tempo do outro, o respeitar nosso próprio tempo. Ganhamos um email de desculpas, um sorriso baixo, um pacote de balinhas argentinas. Ganhamos o sacode do amigo, a risada do amigo, o tudoquefor do amigo. Ganhamos força pra colocar limites, pra dizer o não e o sim, pra abrir caixas de desejos. Ganhamos com a riqueza da música, da dança, do cinema, da literatura, da palavra dita, do prescindir da palavra. Ganhamos a sempre e renovada chance de experimentar o novo, de romper com o que engasga, de buscar ares mais leves. Ganhamos com aquela dor, com aquele choro, com as tantas perdas. Ai, ganhamos. Ganhamos mais.
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Rádio Plutão
se não pedalasse, mais do avesso estaria ponto. =)

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