sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Braçada
um corpo. no meio do mar. nenhum tipo de apoio nem a possibilidade de que um objeto qualquer apareça para o descanso mesmo que momentâneo do corpo. o corpo sente o peso que é só do corpo. só o corpo entende o peso do corpo. e o movimento constante do mar causa a pior das sonolências, a rotineira. e o corpo segue sendo só corpo. deriva. o corpo se pergunta por que é tão pouco, assim sendo corpo, na imensidão do despertencimento. o corpo é levado pelo movimento. o corpo não sai do lugar. o corpo quer algo que lhe esquente os ossos e lhe salve. mas o corpo não precisa de resgate. o corpo precisa lembrar. lembrar que se esqueceu do essencial. porque é tanto só corpo que não vê que é corpo. o corpo esqueceu que sabe nadar. e o corpo só precisa nadar. começa.
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2 comentários:

  1. Nossa... esse foi pesado... acho q me afoguei...

    Bom ver vc aqui... faz falta...

    Beijus... :)

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  2. pequiquerido, ah a primeira braçada... difícil e necessária... mas a gente sabe que é só questão de tempo pra achar o ritmo bom, né? Só precisa começar! (re)comecemos pois. sempre!!! =)
    Tb sinto falta dos posts diários! =(... mas cê sabe o tanto que o trem tá corrido...hehehe! vou aparecendo qdo dá um tempinho! =)
    beijomanhãneblininhaboa!

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