sexta-feira, 13 de maio de 2011

Hã, biloute?

¨¨ E já que a tradição é começar o hãbiloute com conversinha de elevador, bora lá. O clima na capital já tá daquele jeito que tanto gosto: manhã fresquinha, calor que grita tarde afora e noite que cai mais fria a cada dia. AMO! Sei que o organismo quase vai à loucura com tanta mudança brusca, mas mesmo assim. AMO! Sue me.

¨¨ Logo cedo, após uma ofensinha carinhosa (ói que bonito), harmonita hermanita soltou um furioso "ah iza, vai tomar banho na soda!" Não sei quem entregou mais a idade: ela por desenterrar tal relíquia ou eu por conhecer e dar pala de rir. Páreo duro. Anyways, devo dizer que ouvir esse tipo de coisa entre nós é comum já que a galera da minha família não fala palavrão, eu eXclusive... é "boboca", "caraca" e por aí vai. E eu vago solitária em ver beleza em um bom e enfático dois dedos passando na testa (=)...vai ver Lalous sempre esteve certa e eu fui de fato achada embaixo de um coqueiro. Grandes chances. Só pode ser.

¨¨ O problema não é ter amigos desnaturados, é ser desnaturada tb! O desencontro reina soberano. O bom é que o limite uma hora grita e aparece uma semaninha como essa, propícia pra sentar no quintal e tirar a poeira do tempo, matar a saudade no riso e depois ir pra casa mais feliz, com a certeza de que se tem os melhores amigos do mundo. Bonito isso. Agradeço. =)

¨¨ Pequiiii! Que bom vc garantir que vai ter prosa se eu, no "final", queimar no mármore do inferno. Seria realmente um inferno se eu tivesse que ficar lá conversando com minhas unhas.rs! Obrigada pela sempre adorável companhia, querido. E queimemos pois. =)

¨¨ Jones, nem sei dizer o quanto ontem foi sensacional! Só penso naquela " o vento que vem do mar traz a garoa... dentro da canoa, só notícia boa". Parabéns! Que os ares de novembro tragam pedro ou clara com leveza e saúde! E seguimos empenhados naquela missão, né? rs! Adoro-te, meu amor. Beije Júnia e barriga por mim.

¨¨ " e quem há de negar que é bom sonhar, que a vida é bela nesse fabuloso xanadu?" liga não. só divagando...

¨¨ Mariaaaa! Sei que cê tá aí!! beijodelonge, querida.

¨¨ Jubslubs, seja bem-vinda!! beijograndedadi =)

¨¨ Celinho, meu monitor vai descascar de tanto ler o seu texto último. lindo, lindo! Keep on writing!

¨¨ rosí, sai do palco!!! na hora.

¨¨  A trilhinha de hoje era pra ser "cidadão da mata" (baiano e novos caetanos), mas o blogger tá todo temperamental e insiste em recusar o link. Posto mais tarde entonces. E borabora que essa sexta que é dia de Rei! Deixo beijos.
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Por que eu amo a fal

" Um dia vou me passar a limpo e rasgar os rascunhos. E quando algum incauto me perguntar por que eu queimei os esboços, se pelo menos eu fiz backup, se eu tenho um cd, um disquete de segurança, se pelo menos eu guardei umas notinhas fiscais, resmungarei um "não" bem mal-humorado.

Não tenho medalhas no peito, não recebo pensão especial do governo, meu olho de vidro e minha perna de pau são imperceptíveis e ninguém faz continência quando eu passo. Minha identidade secreta de sobrevivente da batalha permanece desconhecida do grande público.

Um dia eu vou fazer sentido.

Os bárbaros não queriam destruir Roma, meu Deus do céu. Eles queriam ser romanos. E isso muda tudo.

Um dia eu vou reconhecer meus pares, pagar em dia, cruzar os cheques e manter os canhotos arrumados em ordem cronológica e presos em elásticos em bloquinhos de dez, na gaveta do escritório. Um dia vou incluir fibras na minha dieta e marcar meus exames.

Começou o horário de verão. Esses calhordas roubam uma hora da minha vida e meu único protesto é não mudar a hora do relógio da cozinha. Eu sou uma guerrilheira de merda.

Um dia eu vou chamar o faz-tudo antes e não depois do caos instaurado.
Um dia eu vou abrir uma firma, pagar impostos, manter a papelada em dia. (...)
Um dia eu não mais temerei.

A inviabilidade da minha vida sempre me surpreende. E o que me mata é que eu sei melhor que ninguém quão implacável é a natureza.

Um dia eu seguirei em frente sem parar tanto, sem olhar para trás. (...)
Um dia vão me perguntar "por quê?", e eu terei a coragem de responder "por que eu quis assim".(...)
Passadinha a limpo, estalando de nova, encapada em papel contact verde, como o dicionário que alguém me deu um dia, alva, limpa, imaculada, engomada, vou me sentar com as costas retas nas cadeiras da vida e comerei o bolo com o prato afastado do corpo para não amassar a roupa, não sujar, não derrubar uma migalhinha sequer. Quando eu me passar a limpo, nem eu mesma vou me reconhecer."

Fal Azevedo ("minúsculos assassinatos e alguns copos de leite")
falzuca querida, tá chegando... =)
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Trechos esparsos sobre o amor

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Ele existe. É simples. Mas existe algo nessa simplicidade que não entendo. Pra mim não parece ser verdade. Esqueço. Aí ele aparece e me surpreendo. Surpresa de tantas quantas forem as vezes que ele aparecer. Sempre o vejo pela primeira vez. Torpores, frios, calores. Fico desconcertada, monossilábica, sem lugar. Ele existe, está ali e eu não sei o que fazer com isso. O seu existir, de tão intenso, me escapa.

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Quando a aula de libras acabou ele me disse que tinha inventado o sinal do meu nome. Um "i" em cima do lado do peito onde fica o coração e dois dedos desenhando um "z" no ar. Nem sei colocar adjetivo nesse presente.

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Deus colocou a gente no mundo e quando deu uma segunda passada de olho não teve um pingo de dúvida. Disse um " ei, vocês duas, tratem de segurar uma na mão da outra, senão nem EU vou dar conta de tanto estrago. " E a gente segue assim. E agradece todo dia.

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Quando ele disse " eu só tô fazendo isso por que sou um cuzão" eu simplesmente sorri leve e me calei em consentimento. Deveria ter feito como me ensinou meu querido ex chefe e ter dito "não seja tão modesto!" Piada sobre frescurinha alheia é sempre um tempero bom.

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Eu sentada ali na frente ao "carefour" de caraíva, com os pezinhos descalços na areia e passa um gringo assoviando a música que você tinha cantado pra mim na semana anterior, pelo fio do telefone. Atravessei o continente em pensamento só pra te dar um beijo. E voltei mais feliz pra ver o pôr-do-sol no bar do pará.

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Depois de ter me nocauteado, de ter trazido meu vermelho à tona, de ter abarrotado meu mundo com poesia, ele simplesmente sumiu. Sumiu. Sofri feito um cachorro. Tomei um porre. E levou um tempo até que eu conseguisse tirar aquele gosto azedo da boca. Eu era um azedume ambulante.

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Eu olhava pra minha mão e ela me perguntava, gritando baixinho, se aquela era de fato a vida que eu queria. Mas eu não respondia. Até que tive que tirar a aliança pra fazer aquele exame e quasesemperceber fiquei mais um dia outro sem ela. Quando fui colocá-la de volta, parecia que não servia mais. É que já não servia. E ainda ficou mais um tempo assim, no dedo sem servir. Pouco.
 
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Ele disse que estava lendo Caio Fernando, se lembrou de mim e teve que me mandar aquele poema lindo do Shakespeare. Fiquei me perguntando se eu merecia receber aquele tipo de gentileza. Mas respondi rapidinho. Mereço sim! Se não merecesse, não receberia. Eu sou uma metida mesmo.

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