segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Hã Biloute?
¨¨ manhã nublada, fresquinha e gostosa na amada brasólis.
¨¨ tataaaa, a sábia, pontuou bem que a gente deveria sempre ter uma semana extra de férias, assim, pra descansar das férias. eu digo amém ponto.
¨¨ maceió é uma cidade dona de um mar sensacional: verde, morninho, com ondas calmas que te chamam em um dengoso "ai, vem". e eu fui. todas as vezes. =). dona também de gente madrugueira que me fez sentir menos et nesse mundo. eu saía para correr às 5 e 30 da matina e dava de cara com o calçadão lotado de gente que já tava ali há muito mais tempo que eu. bonito de se ver!
¨¨ se descansei? si, pero no mucho. se a viagem foi leve? hum, no mucho. mas curti meus momentos, a saudade, o contato com a natureza, o que teve de bom e o que aprendi com o que teve de ruim. não reclamo. acho bonita essa imprevisibilidade que conduz a vida, mesmo quando ela traz surpresas ruins. tudo tem propósito e não sou eu que vou ficar de mimimi. mas acho que aprendi. ufa. =)
¨¨ não sei se vocês sabem, mas sou internacionalmente conhecida por errar o sexo dos bebês que habitam barrigas de pessoas queridas. nêgo pergunta minha opinião pra já contar com o contrário certeiro. nesses 35 anos acertei, pasmem, uma única vez: quando veio a fernanda, filha dos adorados dudu e maria paula (oi mp!! saudades sempre, viu? =)) e só. mas lalous está aí, gerando com carinho mais um sobrinho para a tia di aqui, e algo me diz que vou contrariar as expectativas e acertar em cheio. vai ser menina ponto. nina, lindo nome provável, vai ser recebida com alegria sem fim por todos nós! =)
¨¨ e é isso. uma semana aconchegante e leve a todos. tava com saudades. =). beijosmil!
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Sem medida
Cheguei de viagem mas ainda não cheguei em casa. Dona Elzinha querida
perambula pelas Minas Gerais e eu cumpro feliz a incumbência de cuidar
da casa e da Margot cachorromaisfofodoplaneta. E ontem à noite eu
guardava a louça quando me peguei com os olhos fixados no copo medidor
azul que descansava ali no armário da cozinha. Óleo, água, açúcar,
etc, com marcações precisas de suas quantidades. Bonito isso. Queria
ter um copo desses, mas feito para outras coisas não tão facilmente
mensuráveis.
Tento seguir meu caminho guiada pela máxima "só faça com os outros o
que você gostaria que fizessem com você" e boto fé que o mundo seria
menos cão (pois é cão simsim) se essa reflexão fosse imprescindível.
Por que ninguém é bobo. Sei que todos somos confusos, vivemos trocando
os pés pelas mãos, mas nosso discernimento funciona muito bem obrigada
quando se trata do nosso próprio umbigo. E trazer para a nossa pele os
efeitos do que fazemos com os outros clareia a compreensão e a decisão
entre o "certo" e o "errado" naquele momento. Não estou aqui no
intuito de pagar de perfeitinha... muito longe disso. Também faço
merda ponto, mas sei que faço menos desde que incorporei o trem.
Beleza, minha questão é a seguinte: em que ponto esse modus operandi
deixa de ser salutar? em que medida essa compreensão ampla vira uma
forma de passividade?
Pergunto porque acredito que essa filosofia de "se colocar no lugar do
outro" vicia.  E, estando constantemente transposto, você entende demais o
outro nas suas limitações. Parece bonito, mas não é.
Nêgo te falta com o respeito? Te trata com descaso? Te causa
sofrimento com ações várias? Está tudo bem, já que você sabe que
aquilo é uma limitação do outro. Putz, foi phoda... mas você entende
que o outro agiu assim por que é egoísta ou altruísta, fala demais ou
tem dificuldade em se expressar, está passando por um momento difícil
(e quem não está?) ou acabou de sair dele ou nunca encarou o difícil,
é muito poliana ou é pessimista ao extremo, e por aí vai. Você sabe
que todos nós temos nossas limitações, você inclusive, e deve
entender, conversar numa boa e perdoar tudo com o coração cheio de
amor, né?
É?
O problema é que essas atitudes ditas "louváveis" acabam fazendo com
que os outros acreditem que podem fazer o que for, pois você sempre
vai entender e vai ficar tudo bem. Você é "sensacional", "invejável",
"de boa", "está acima de picuinhas". Você aguenta tudo.
É?
Me parece que compreender demais te deixa conivente, passivo. A
intenção é excelente, sem dúvida. Mas a falta de limite acaba se
tornando terreno fértil para que os outros deitem e rolem diante da
sua permissividade. Então, alguém please me diga: qual é o limite? Em
que momento a gente deve jogar a compreensão no chão e gritar na cara?
Quando?

Provavelmente antes de agora.
E de agora em diante.
Sem mimimi.
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5 comentários:

  1. Izabela, você levantou um ponto bem interessante.

    se formos incompreensíveis não conseguimos conviver com os outros. Ao mesmo tempo, ao "compreender demais" você não consegue conviver consigo mesmo.

    é difícil acertar este ponto de "cortar" que vai sempre no caso-a-caso....

    um ponto que você falou é justamente o "deixar e rolar"; acho que quando ocorre isso, até para o bem da outra pessoa, é necessário que você se posicione. De repente isto pode resultar em um choque, um distanciamento. Mas assim você acaba sendo respeitada, e a pessoa voltará a se relacionar contigo em outro patamar...
    abraços

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  2. muito difícil traçar essa linha, achar esse limite, não é paulo?
    e concordo contigo que o distanciamento nessas horas é uma ferramenta valiosa.
    que bom que a vida traz as tempestades... pra bagunçar tudo, deixar claro aos olhos que as coisas não estão bem e nos dar a chance de colocá-las em lugar melhor. cabe a nós aproveitar essas oportunidades...
    mais uma vez, obrigada pela visita! =)
    abraços!

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  3. Oi Iza,

    muito difícil mesmo!!!

    agora eu acho que o relacionamento mais verdadeiro é aquele provado, testado, tentado. É fácil ter amizade quando você está bem.... aliás é até de se desconfiar se é amigo de verdade ou é interesse.

    quando há discussões e recomeços, estes são os amigos além da superficialidade.... você os vê "na real"... Eu sou da opinião de que não há amor verdadeiro quando você só está apaixonado. Acho que é amor depois de quedas e recomeços, pois você ama como um todo nos defeitos e nas qualidades. A paixão é forte, arrebatadora, mas é cega e tem data para passar...... mas isso é pano para discussão futura!!!!

    abraços!

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  4. Como sempre o equilíbrio...
    E aí a gente vai vivendo e aprendendo. Caindo e levantando e nos tornando pessoas melhores. Nos relacionamentos íntimos é que crescemos mais, sem dúvida. Dá um trabalhão! Mas a recompensa vale a pena! Afinal de contas, não estamos aqui somente a passeio né?
    Amo-te infinitamente, minha irmãzinha. Tô aqui pro que der e vier, cê sabe!

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  5. simsim, lalous! a proximidade afetiva e a convivência abrem portas para o crescimento. muitos conflitos necessários... mas muitas alegrias ÚNICAS, não é vero? Sempre me lembro daquela música "socorro, não estou sentindo nada" e agradeço por sentir tudo. mesmo que muito. =)
    amo-te, queridinha! e tb tô contigo pro caldo grosso ou pra brisa doce!
    beijovaisermeninaqueeuseirs

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