quinta-feira, 24 de maio de 2012

24 de maio. O dia em que você nasceu.
hoje, meu lindo, o blog é só seu.
te amo
=)
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Trechos esparsos sobre o amor (os seus)
Quase tudo que acontece quando com ele é digno de trecho. Mas não escrevo. Não sei se por respeito aos pingos do tempo ou se por simples digestão. Ou talvez seja medo bobo de, escrevendo, assumir pra mim mesma o tamanho que ele tem. É que eu entendo melhor o que sinto na concretude escrita da palavra. E não sei se é hora de entender.


Noite passada um espanto bom me tomava toda vez que eu falava o nome dele. Nome de sonoridade única. Na verdade, ele me parece todo meio único. No jeito, no cheiro, no gosto, na espontaneidade, na energia, no vigor. Ele me deixa à vontade, me enche de vontade e me faz querer ficar. Noite passada eu fiquei. E ele bebeu das minhas costas. Bonito isso, fazer do meu corpo copo pro vinho. E fazer do meu corpo corpo pra tanto. Ele faz.


Ele ligou me convidando para som, cerveja e caldo. E eu, exausta, já estava com o "não" na ponta da língua quando ele disse em tom eufórico que precisava comemorar o que de bom tinha acontecido. Mudei de idéia no mesmo segundo e fui. Para as alegrias genuínas e os sofrimentos urgentes minha resposta é sempre "sim". Sempre. 


Os domingos parecem ser dias especialmente nossos, mesmo sendo domingos. No último, em mesa de almoço longo e tardio, ele falou do descanso que o rosto sente quando fica um tempo sem os óculos. Me aproximei em sorriso e beijei sem pressa cada um dos seus olhos. Foi como um transe. Achei que fosse me esvair em afeto.


Domingo. Meio-dia, café bom, broa de milho, manteiga e joão do vale. Em um movimento maisquenatural a gente levantou e começou a dançar. E dançou forró e carimbó e aquela meio salsa. Fluidez. E eu, que sempre achei que o meu papel único era o da condução, aprendo com ele a delícia entregue do me deixar levar. Ele sabe me levar. E eu deixo. Ele me conduz bem nos passos da dança. E me conduz bem também no todo da vida.
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Presente do Indicativo
(escrito em 17 de julho de 2011)


Amo seus cílios dentro dos óculos. Amo você como céu. Amo os acordares, os cafés, a lua que tanto nos acha. Amo o pé dançado, o pé no chão. Amo. Amo sabendo do meu lado que é mimimi e duro demais ao mesmo tempo e do seu lado impulsivo, destrutivo. Amo mesmo sem saber por que você se estressa tanto, se cobra tanto, se apressa tanto. Amo a proteção do seu peito. Amo te cobrir de palavras, meus pequeninos mimos. Amo seus pés. Amo saber que você pode sair fora a qualquer hora - essa liberdade - e se fica é por que o desejo é genuíno. Amo ter isso também pra mim: esse poder sair, essa liberdade, o escolher ficar. Amo que você me põe em palavras escritas. Amo. Amo o nosso aprender juntos. Amo nossos beijos. E o verbo assim, repetido em frases tantas, pode parecer grande demais, trazer medo. Mas o que importa mesmo não é o que amo e sim "como" amo. E eu amo simples. Amo na simplicidade poética da pequenez das coisas.


Te amo como quem bebe água fresca.

Te amo como quem descasca uma fruta na varanda.

Amor simples. Pleno.
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Rádio Plutão
canta com você. =)


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6 comentários:

  1. Não tenho nada a ver com isso, mas "te amo como quem bebe água fresca" me fez suspirar.

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    1. bonito isso, eva. suspiros bons são bem-vindos, não é mesmo?
      obrigada pela visita e volte sempre!
      =)

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  2. Amor que honra que delícia de presente, adoro esses trechos todos. Amo você.
    Milhões de beijos

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  3. E parabéns pelo blog, taurino como esta leitora que te visita, Beijinhos!

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    1. nina!! e não é que o aniversário do blog passou batido?
      ah... os taurinos e sua força. força de olho e força de força mesmo. =)
      obrigada pela lembrança e por fazer parte.
      beijo!

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