quarta-feira, 21 de novembro de 2012


Hã, Biloute?

com graciliano em jeri

¨¨ Dia desses sonhei que estava no mar e que ele me puxava e ia me jogando pro lado. Eu ali, corpo solto, sendo movida pela mão da correnteza por toda a extensão da praia. E era carinhosamente levada e fechava os olhos e ouvia o barulho bom da água e sentia o salgado na boca e não mais me pertencia de tanto ali pertencer.
¨¨ Aí contei o sonho pro maridão e ele disse, concluindo com honras o curso de amineiramento, "uai, é o mar de jeri.". E não é que é? =)
¨¨ Providencial a Carrie do excelente "Homeland" ter o nome de Carrie. Porque né, estranha ponto. Aliás, o Brody também deveria ser Carrie. E aquela segunda figura do grampo ilegal também. E o assessor do príncipe também. Ok, vou parar por aqui. (E á, qq coisa, culpem a luti, que me viciou nesse trem. (oi lu!))
¨¨ Issana escreveu "ad aeternum" no seu texto e lembrei-me de uma história boba que dói curiosa. Passei minha infância inteira ouvindo minha mãe usar essa expressão. Entendia seu sentido mas não conseguia entender por que dona Elzinha, mulher tão brilhante e inteligente, dizia ""A" de eterno" sendo que eterno começa com "E". Minha cabeça de criança ficava ali grilada, doida pra soltar um " é ""E" de eterno", mãe! tá errado!", mas não dizia nada porque minha mãe era conhecida como "O General" não era à toa. rs. E só há uns anos, estudando direito, dei de cara com a expressão. Ahhh... Dona Elzinha tava era gastando no latim. rs. Ói p'c vê que fino. =).
¨¨ Pequi e Ana, companhia adorável, viu? Obrigada e beijos nos dois.
¨¨ Esqueci o que mais tinha pra escrever. oops. Fica pro próximo. Beijos a todos. =)
.........................................................................
Dueto alinhado sobre a chuva
na voz da Issana...

"Ao cinema, companheiros!

A vida do águas-clarense  é, como já falei tantas vezes por aqui, determinada pelo trânsito. Ontem, essa determinação chegou ao paroxismo, pois o céu despencou, o bueiro entupiu, o carro bateu e Brasília se tornou uma verdadeira barragem arregaçada, isso no singelo horário entre as 18 e as 19 horas, numa segunda-feira de expediente normal.

O caos, enfim.

Fui de carona com o Cláudio, que já abriu a porta do carro falando algo como  “é o apocalipse e só tem uma pista em frente ao zoológico”. Quando entramos na Avenida das Nações propriamente dita, caramba, a coisa já começava a engarrafar em frente ao Porcão.

Quem está há 2 anos em Águas já é bastante rodadinho e sabe, portanto, o que isso significa: HORAS (e não minutos) dentro de um carro cercado de estresse por todos os lados. Daí, tomamos a única medida possível: fomos ao cinema.

Não sei se foi pela ausência total de expectativas (afinal, QUALQUER COISA  é melhor que a impotência de dar minúsculas aceleradinhas de 10 metros, ad aeternum), mas tudo então passou a fluir de forma bem mais tranquila: o Cláudio achou uma vaga per-fei-ta, tomei um caldo verde no Ferreira,  vendo a chuva castigar o Lago e, depois, assistimos a SkyFall, bem abraçadinhos.

Bem, eu não sei se há mensagem edificante nisso tudo, mas não posso deixar de comentar: às vezes, a gente fica dando murro em ponta-de-faca, querendo mudar a realidade, e se esquece de que, meu amigo, seu carro não vai ganhar asas e você não vai se materializar em Águas Claras, diante de um cenário trevoso como o de ontem. O jeito, então, é ACEITAR A REALIDADE e MUDAR a própria ATITUDE, buscando alternativas menos sofridas e desgastantes.

(Hoje eu estou tão autoajuda... O pior é que acredito MESMO no que estou dizendo, pois já vivi na pele o desespero da falta de aceitação e a beleza de simplesmente fazer limonada de limão.

Tá, “fazer limonada de limão” foi o fundo do poço do lugar-comum, de forma que vou me retirando, antes que me decida a dizer que depois da tempestade, vem a bonança.) "
Issana (aqui)

e na minha...

Chove

Quarta em tempos de temporais diários na capital. Por volta das 16 a chuva forte começa a cair. É batata. Transforma as rua em rios e as tesourinhas em cachoeiras. Encharca os reles mortais que a enfrentam. Anela cabelos chapados, trazendo-os de volta à sua natureza (RÁ!). Lava carros. Leva placas. A chuva é uma criança chiliquenta que grita por atenção e tem sucesso no grito. Ela dá pala e você cede. Ou não. Também pode ser que a chuva seja um ser querido que te traz um chá de cheiros e sons e te pede pra desacelerar. Pede pra olhar a água, pra mudar os planos, pra sair mais tarde do trabalho, pra deixar a corrida de lado sem bico emburrado, pra botar na boca uma bala de café e reler um ou outro email bom (daqueles de sequências e partícipes muitos). Pede pra relaxar. Vai saber qual é a cara da chuva. Tanto faz. Mimada ou chegada, a chuva é deliciosamente anárquica. Ela vem pra construir um tempo novo dentro da rotina. Respeito. Porque aprendi a respeitar. E por que me apetecem pequenas anarquias.
.................................................................................
Rádio Plutão
toda verde e vermelha. passa o tempo, gente vem, gente vai, crise vem, crise vai, e amélie não passa. =). alimento pro peito simsim.


..........................................................................................

2 comentários:

  1. Ai, que liiiindo seu texto... Lindo de verdade!!! Ameeeiiiiiii!!!!

    Bjs mil procê, cheios de pontos-de-exclamação,
    Issana

    ResponderExcluir
  2. que bom que gostou, issana. a gente vai aprendendo a fazer as pazes com as chuvas, os sobresaltos, os sustos, não é vero??

    beijomeu procê!

    =)

    ResponderExcluir