Sem ponto
Falzuca monotemática, obcecada pela finitude e eu imersa no emaranhado dos meios, dos (des)contínuos processos, dos acordes em arpejo. Menos por curiosidade e mais por questão de sobrevivência, meus olhos têm aberto holofotes para o entre das coisas. E aí tenho achado prazer. Tanto pela descoberta de entendimentos novos, ritmos outros, quanto por, na prática, me colocar mais entregue ao caminhar do que ao fim programado. Sinto que tira peso e julgamento dos processos incômodos e traz frescor e tempero aos macios. Mas não é algo automático. "Ticar" etapas cumpridas para chegar na meta pretendida é tão automático para quase tudo que é um exercício ir rompendo com esse modus operandi. Exercício às vezes confuso, às vezes cansativo, mas que tem feito sentido. Pra mim. Quem diria que nadar contra minha própria maré me traria o gosto de me deixar levar livre na correnteza.
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