sexta-feira, 15 de abril de 2011

Compensando colorido


Fuscão preto. Esse foi meu primeiro apelido lá no que era pra ser (?) o doce pré primário. Nãonão, não sou da cor do pecado, não curtia o hit caipira, não fui a primeira emo ever e nada na minha aparência lembrava o dito carro. Tá certo que minha mãe dirigia um fusca laranjado ano 72, mas isso era irrelevante. Fui coroada com esse primor de apelido por causa da minha, hum, lancheira. Explico. Dona Elzinha, adorada mãe e detentora de um senso de praticidade inexplicável, não se contentou em ir à papelaria e comprar uma coloridinha quasedescartável de plástico qualquer. Ela queria mais. Ela queria a lancheira que durasse PARA TODO O SEMPRE. E assim o fez, a Dona Elzinha. Pois sim, enquanto as outras pequenas desfilavam com seus lanches guardados em mimos com a cara da hello kitty - a barbie não era ninguém nos meus tempos idos de criança, darlings... uma benção! - eu carregava no ombro o caixote preto com buraco lateral (pra garrafinha) feito do couro mais duro e fosco que já existiu no planeta. Isso : um quadrado preto horrendo e sem frufrus. Antônimo perfeito para qualquer tipo de manifestação de leveza ou feminilidade. Ai, como ali me faltava o colorido! E as outras crianças, doces como todas sempre foram e sempre hão de ser, cantavam "fuscão preto" entre risos toda vez que eu aparecia com minha lancheira. Não sei até que série usei a dita, mas sei que o "fuscão preto" durou intacto até a idade em que lancheiras não faziam mais sentido. Ela era de fato muito resistente, como se "feita de aço". Devo confessar que o apelido e as piadinhas não me incomodavam tanto assim. Aprendi a lidar com o trem e sabia que Larissa e Simone, hermanitas queridas, tinham passado pelo mesmo e falavam do seu tempo de fuscão preto com graça. Então entendi que meu riso chegaria mais cedo ou mais tarde também. Lembro-me da "a boy named sue", cantada pelo grande Cash, que conta a história do pai que antes de abandonar a família dá ao filho homem o nome "Sue", pra que ele aprendesse a ser tough nesse mundo cão, e me pergunto se inconscientemente (ou nemtanto) minha mãe não teria usado a lancheira com essa mesma intenção. Se foi, deu certo. Se não foi, tomo a liberdade de roubar a expressão usada em um texto lá do malvadezas e afirmo que Dona Elzinha brilhou no "buylling materno"! (rs! brincadeirinha, vai...). Anyways, hoje compenso nas roupas e nas palavras o colorido que me faltou na lancheira e não troco por nada as palas de rir com minhas irmãs sempre que falamos sobre o assunto. No fim das contas, ser diferente normalmente dá mais frutos. E caio na mesma perguntinha que já fiz aqui no blog lá nos seus primórdios : Por que a regra é se empenhar pra ser igual quando na verdade nos orgulhamos é do que nos distingue? Fica a pergunta. E dá-lhe fuscão preto.


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Taí:


My daddy left home when I was three, and he didn't leave much to ma and me, just this old guitar and an empty bottle of booze. Now, I don't blame him cause he run and hid but the meanest thing that he ever did was before he left, he went and named me "Sue." Well, he must have thought that is quite a joke and it got a lot of laughs from a' lots of folk, it seems I had to fight my whole life through. Some gal would giggle and I'd get red and some guy'd laugh and I'd bust his head, I tell ya, life ain't easy for a boy named "Sue."


Well, I grew up quick and I grew up mean, my fist got hard and my wits got keen, I'd roam from town to town to hide my shame. But I made a vow to the moon and stars that I'd search the honky-tonks and bars and kill that man who gave me that awful name. Well, it was Gatlinburg in mid-July and I just hit town and my throat was dry, I thought I'd stop and have myself a brew. At an old saloon on a street of mud, there at a table, dealing stud, sat the dirty, mangy dog that named me "Sue."Well, I knew that snake was my own sweet dad from a worn-out picture that my mother'd had, and I knew that scar on his cheek and his evil eye. He was big and bent and gray and old, and I looked at him and my blood ran cold and I said: "My name is 'Sue!' How do you do! Now your gonna die!!"


Well, I hit him hard right between the eyes and he went down, but to my surprise, He came up with a knife and cut off a piece of my ear. But I busted a chair right across his teeth and we crashed through the wall and into the street kicking and a' gouging in the mud and the blood and the beer. I tell ya, I've fought tougher men but I really can't remember when, He kicked like a mule and he bit like a crocodile. I heard him laugh and then I heard him cuss, He went for his gun and I pulled mine first, He stood there lookin' at me and I saw him smile.


And he said: "Son, this world is rough and if a man's gonna make it, he's gotta be tough and I knew I wouldn't be there to help ya along. So I give ya that name and I said goodbyeI knew you'd have to get tough or die and it's the name that helped to make you strong." He said: "Now you just fought one hell of a fight and I know you hate me, and you got the right to kill me now, and I wouldn't blame you if you do. But ya ought to thank me, before I die, for the gravel in ya guts and the spit in ya eye 'cause I'm the son-of-a-bitch that named you "Sue".


I got all choked up and I threw down my gun and I called him my pa, and he called me his son, and I came away with a different point of view. And I think about him, now and then, every time I try and every time I win, and if I ever have a son, I think I'm gonna name himBill or George! Anything but Sue! I still hate that name!


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Cosenzada 2011


Simsim, contagem regressiva para a Cosenzada 2011 e chovem emails ansiosos na caixa de entrada do nosso gigante grupo. Uns informativos, outros nem tanto, mas todos com o bom humor característico dessa grande família. Trago aqui um escrito pelo Tio Gilvan, vulgo corrosivo, que é definitivamente o mais sério dos 11 irmãos (rs!). A mim só cabe dar pala de rir e repetir o quanto me orgulho de ser uma Cosenza...


"Cosenzada,


A Comissão Organizadora da Cosenzada 2011 reuniu-se ontem para debater sobre providências finais do encontro. Atendendo a pedidos, foi montado um apartamento com: Mariana Cosenza, Mariana Dantas (irmã do Pablo), Izabela e Lara. Isto foi feito após analise de diversos aspectos. Pensem bem. Somado o tempo de permanência no Planeta Terra das 4, dá um total de mais de 1 SÉCULO......


Se pediram para ser juntadas em um único apartamento, é porque estão momentaneamente sem parceiros. Tirando a Lara, que pediu que não se brincasse com isto, porque o namorido é muito bravo (chifrudo bravo é um perigo!!!!!), as demais, ao que nos conste, estão realmente (por opção claro!!!) sozinhas.


Assim sendo, a Comissão aprovou o pleito, porém decidiu, proibir terminantemente a entrega de qualquer produto no apartamento em que elas vão ficar. Esta medida visa preservar a integridade física dos possíveis entregadores.


Assim, se elas ficarem com fome à noite e pedirem uma pizza, o entregador deve deixar o produto na recepção do hotel!!!!!!


Será confeccionada uma placa a ser afixada na porta do apartamento delas. Aceitamos sugestões para a denominação do aposento.


Até agora já temos: Gaiola das Loucas, Coroas sem Cabeça, Mantenha distância.


Contribuam com sugestões......


Saudações


Gilvan"


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2 comentários:

  1. hihihihih... esse foi o mais divertido... tenho certeza... bom saber que a ausencia de cores coloriu sua vida depois... :)

    acho q seu tio não é bom de matemática, estou certo que essa soma ai não chega a um SECULO como ele ressaltou...

    ps: foi bom ter lido esse em casa... dar gargalhadas no trabalho nao costuma ser uma boa politica... hihihihih

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  2. pequipequi...
    bonita a sua certeza em um número diminuto pra soma das idades das primas e dessa moçoila que vos fala. coisa de amigo de fé! rs!
    e simsim... infelizmente, trabalho rima com riso contido. ah, se eu pudesse usar meus poderes pra mudar esse tipo de coisa...mas não me foi permitido. ainda. =)
    beijotodacor, querido!

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