Tenho escrito pouco. Minto. Tenho escrito nada. Nada - em letras garrafais e neon piscante - é o que impera há duas semanas. E não por que nada interessante foi vivido, falado ou pensado, mas por que tudo parece já ter sido escrito. Pelo menos é o que me parece. As coisas todas continuam tendo sua relevância, só que sem precisar cair no papel para ganharem concretude. Talvez isso seja bom. Talvez eu tenha cansado de escrever sobre o meu umbiguinho. Talvez abra novos horizontes. Meu avô paterno escrevia rimas sobre as notícias bizarras que lia nos jornais. Nina usa seu talento com as letras para fazer resenhas dos livros que lê. Outros pintam. Outros cantam. Outros tanto. Outros nada. E o nada pode ser bom também. O nada pode ser incrível, uma espécie de abridor de olhos para coisas outras. Ou não. Ou então é só uma fase e dentro muito em breve eu estarei de volta à minha conhecida verborragia rotineira. Ou não. Ou então.
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Rádio Plutão
pensa que hoje é ainda ontem.
shhh. deixa estar. =)
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